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OneFootball·19 de fevereiro de 2021

Criptomoedas podem ser o futuro das transferências no futebol

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PUBLIEDITORIAL: “Jadon Sancho finalizou sua transferência do Borussia Dortmund para o Manchester United pelo preço de 1932BTC. O atacante inglês deve chegar ao noroeste da Inglaterra nesta tarde”.

Pode parecer algo de outro mundo, mas a não ser que você tenha vivido em uma caverna nos últimos meses, criptomoedas chegaram para ficar. Será que estamos olhando para um futuro onde o mundo do futebol vai adotar as moedas digitais?


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As possibilidades de uso estão a cada dia aumentando: transferências começaram a ser facilitadas com criptomoedas, tal qual acordos de patrocínio de clubes e iniciativas dos torcedores, somente para ficar em poucos exemplos.

Mas será que os clubes vão começar a negociar suas maiores transferências sem usar dinheiro físico? Talvez, e aqui uma série de porquês.


Há apenas sete anos, criptomoedas era apenas uma maneira muito excêntrica de pagar por bens e serviços na internet. Mandar dinheiro através de blockchain era uma atividade desempenhada por apenas um em cada seis milhões de usuários. Avance até fevereiro de 2021 e você verá que 67 milhões de pessoas fazem pagamentos com moedas digitais ao redor do mundo.

Com o mundo sendo um lugar em constante evolução, as criptomoedas têm saído das sombras e ganhado espaço na vida do dia a dia.

Pensando em fazer uma viagem internacional, ou comprar um hamburger, ou talvez um novo carro? Bem, agora você pode comprar tudo isso com criptomoedas. Bitcoin, para ser exato, e esta é apenas uma das principais moedas que estão entrando cada vez mais em nossas rotinas.

Se você não tem certeza de que o futebol é aberto o suficiente para dar um passo ao desconhecido, então você poderá se surpreender: duas transferências já foram fechadas em criptomoedas.


Há uma boa razão pela qual os clubes estejam olhando cada vez mais para os pagamentos digitais, fatores que deixam qualquer dirigente feliz: pagamento instantâneo e nada de perda de valor em conversões monetárias.

Criptomoedas são 100% digitais. Colocando em termos, é um arquivo de computador guardado em uma carteira digital, acessada via smartphone, tablet ou computador.

As transações são completadas de forma parcial ou integral, são totalmente rastreáveis através de blockchain (uma lista onde todas as transações são armazenadas) e você não pode gastar mais do que você tem – já é possível ouvir os suspiros de alegria do time de fair play financeiro da Uefa.

As transferências em criptomoedas podem ser levar até dez minutos de carteira para carteira. Antes de a caneta assinar o contrato, o clube vendedor pode ter o valor em sua conta, pronto para ser reinvestido pelo presidente.

Mas já tivemos alguma situação real de transferência de atletas que foi paga com o uso de criptomoedas? Sim, no início de 2018, quando o clube amador Harunustaspor, da Turquia, completou a compra de Omer Faruk Kiroglu, de 22 anos, usando Bitcoin como parte do pagamento.

Os valores foram baixos para o mundo do futebol, mas o modelo de pagamento híbrido (parte em dinheiro, parte em criptomoeda) fez a transferências ganhar os holofotes. Foram apenas 377 libras de um acordo de 850 libras, mas a mensagem tinha sido passada: criptomoedas haviam chegado ao futebol.

Três anos depois e outra transferência foi fechada em criptomoeda: o time espanhol, da terceira divisão, DUX Internacional contratou o ex-Real Madrid B David Barral.

Nem o clube, nem o jogador revelaram os detalhes do acordo, então o valor da transferência e a fatia paga com criptomoeda são segredos. Apesar de a terceira divisão parecer amador, é algo profissional. O próximo passo foi dado.


“Muito legal, mas ainda não é a Premier League, não?”. É uma pergunta justa e talvez algo que tenha passado pela sua cabeça. Mas, talvez, essa não seja uma realidade tão distante.

Watford foi o primeiro clube a dar as boas vindas ao Bitcoin. O antigo time da Premier League teve o emblema da moeda digital em suas mangas, como patrocinador e parceiro corporativo. A parceria permite que os fãs comprem produtos oficias do clube usando a criptomoeda.

Scott Duxbury, chairman do Watford, explicou porquê o clube decidiu dar esse passo no início da temporada 2019/20.

“Estampar o logo do Bitcoin em uma camisa da Premier League é algo que desafia as normas tradicionais”, disse Duxbury, que acrescentou: “Nós estamos animados com a parceria e o potencial de conversas a nível global em que isso pode colocar o clube”.

Em fevereiro de 2021, Southampton e o sire de apostas em criptomoedas Sportsbet.io anunciaram uma parceria para um matchday. Os fãs dos Saints puderam ser imersos em uma experiência de estádio, mesmo durante o lockdown devido ao coronavírus, através de headsets de realidade virtual.

Crystal Palace, Everton e Leicester City têm laços com plataformas de criptomoedas, tal qual os times de Bundesliga, Union Berlin e Wolfsburg. As ações a partir dos grandes clubes dos principais campeonatos estão começando a aparecer.


Se você pensou que criptomoeda era algo exclusivo dos nerds da internet, então 2021 pode abrir seus olhos.

Enquanto as transferências de grandes jogadores ainda está um pouco à frente, a seriedade com a qual o mundo do futebol passou a tratar as moedas digitais demonstra que isso é inevitável, tal qual os alemães e as vitórias nos pênaltis.


PUBLIEDITORIAL: este artigo é parte de uma série de quatro textos criada em parceria com Sportsbet.io