Cristina Martín-Prieto recebe o prémio do zerozero: «Queria deixar a minha marca» | OneFootball

Terminada mais uma edição Liga BPI, chegou a hora do zerozero distinguir a melhor jogadora da competição em 2024/25. Cristina Martín-Prieto, internacional espanhola e avançada do Benfica, foi a vencedora do prémio, sucedendo a Olívia Smith.

Cristina Martín-Prieto foi a melhor marcadora da Liga BPI, com 19 golos em 22 jornadas e somou, ainda, três assistências. Num panorama global, com a camisola encarnada, contam-se 30 golos e cinco assistências em 37 jogos.

Ainda antes da disputa da final da Taça de Portugal, o zerozero visitou o Seixal para entregar o prémio à avançada. Apesar do orgulho, Martín-Prieto não esconde que ambiciona mais.

zerozero: Como se sente ao receber este prémio?

Cristina Martín-Prieto: É fruto do trabalho. São prémios individuais, mas é um trabalho do e para o coletivo, do quão bem correu a temporada e do quão bom que foi este ano. Fico muito agradecida.

zz: Teve um impacto muito grande logo na primeira temporada no Benfica. Estava à espera de encaixar tão bem no campeonato português e no clube?

CMP: Não, na verdade não. Eu tento sempre melhorar os meus registos, ano após ano. Queria deixar a minha marca, mas não esperava que corresse tão bem. Não esperava e estou muito contente, muito feliz.

zz: Que balanço faz também deste primeiro ano do Benfica? Chegar aqui a um campeonato novo, o que é que a cativou neste projeto?

CMP: O conhecimento foi crescendo à medida que avançava na competição porque, não vou mentir, não tinha muito conhecimento da Liga. Sabia que está a crescer, mas eu nunca tinha saído de Espanha. Seguia-a muito pouco. Via quando estavam na Liga dos Campeões e apenas isso.

Gostei muito deste primeiro ano, foi uma agradável surpresa. Eu cresci à medida que a competição ia avançando e é muito bom. As coisas estão a ser muito bem feitas. Passos curtos, mas tudo na direção certa.

zz: O campeonato espanhol acaba por ser um dos melhores da Europa. Ficou surpreendida pela positiva com o que encontrou?

CMP: Eu sabia para onde vinha e que havia grandes jogadoras. Eu sempre gostei de jogar com as melhores e, na verdade, estou muito feliz.  Algumas companheiras surpreenderam-me porque não tinha tanto conhecimento sobre elas, mas surpreenderam pela positiva.

zz: O bom momento de forma no Benfica abriu-lhe a porta da seleção espanhola. Com as primeiras chamadas, os primeiros golos... É um sonho realizado?

CMP: Sim. É o sonho de uma menina que com quatro anos disse aos seus pais que queria ser jogadora de futebol. A convocatória chegou quando vim para o Benfica e estou muito feliz porque chegou numa altura em que estou num grande clube que me permitiu realizar esse sonho. Só tenho a agradecer por isso.

zz: Teve sucesso individual e sucesso coletivo, com títulos conquistados, mas a Liga dos Campeões não correu tão bem. É um objetivo para a próxima temporada?

CMP: Sim. Queremos sempre melhorar. Este ano, caímos antes do tempo na Liga dos Campeões, mas não nos deixamos consumir. Temos de trabalhar. É mais um objetivo, mais uma conquista. Vamos por isso e, no ano que vem, olhamos cara a cara para a Liga dos Campeões.