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·23 de julho de 2025

Críticas ao District? Eis 9 respostas para calar os céticos

Imagem do artigo:Críticas ao District? Eis 9 respostas para calar os céticos

Opinião de João Hartley

Sobre aquilo que tenho lido sobre o “Benfica district”:


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  1. “Megalómano, eleitoralista e desconectado da realidade financeira, desportiva e identitária do Benfica”.

O Benfica District não é megalómano – é visionário. É o passo necessário de um clube que, para competir no futebol europeu moderno, precisa de gerar 500 a 600 milhões de euros/ano de receitas, sob pena de se tornar irrelevante a médio prazo. Clubes como o Real Madrid, Bayern ou PSG não vivem apenas de transferências ou bilheteiras; vivem de uma estrutura comercial e patrimonial gigantesca. Isto não é desconexão com a realidade – é justamente uma resposta à realidade atual da indústria do futebol.

Além disso, chamar ao projeto “eleitoralista” quando este tem licenciamento previsto para 2025 e conclusão para 2030 é intelectualmente desonesto.

Se fosse apenas eleitoralista, apresentava-se algo com impacto imediato. Este projeto, pelo contrário, não traz votos fáceis — traz trabalho, investimento e visão.

  1. “Fachada LED em vez de reforçar uma equipa competitiva”

A fachada LED e outras melhorias no estádio não são um luxo, são necessidades estruturais para manter o Estádio da Luz atrativo para novas gerações, patrocinadores e eventos internacionais. Ignorar a componente tecnológica e experiencial hoje em dia é condenar o clube à estagnação.

Acho que todos estamos de acordo que o investimento na equipa tem tido alguns tiros ao lado. Mas uma coisa não invalida a outra.

  1. “Não investe em scouting, formação, modalidades”

A acusação é infundada. O Benfica continua a ser o clube que mais aposta na formação em Portugal.

No scouting, o clube tem estado bastante ativo globalmente e tem identificados vários jogadores juvenis e juniores que vão acabar a sua formação na melhor academia do mundo.

  1. “Urbanização total do Benfica. Disneyficação. Catálogo de renderizações.”

O Benfica precisa de ativos reais e diversificados. Um clube com ambição europeia não pode depender só da bola que bate no poste ou entra. O Benfica District trará receita recorrente, valorização patrimonial e atração de investimento externo, permitindo maior independência financeira e menor dependência de vendas anuais de jogadores.

Não se trata de “Disney”, mas de assegurar que o Benfica existe e compete ao mais alto nível em 2050. A memória de Cosme Damião é mais honrada num Benfica forte e competitivo do que num clube anacrónico que vive do passado.

  1. “Sem consulta aos sócios, licenciamento pós-eleições, início em 2027”

A Direção tem legitimidade estatutária (nestes estatutos e nos próximos) para definir e apresentar projetos estruturantes. Já apresentou a visão publicamente, está aberta a explicações e está vinculada à transparência. O licenciamento só se inicia após as eleições – o que mostra precisamente que não está a fugir ao escrutínio, mas a fazer as coisas pelos canais legais e temporais adequados. O início em 2027 é natural — é um projeto de grande dimensão, não uma obra de fachada.

  1. “Sem explicar o financiamento”

O modelo de financiamento ainda está a ser definido, como é normal em qualquer projeto desta escala. Mas as opções estão em cima da mesa: naming rights, exploração comercial, parcerias estratégicas. Não há decisão final porque o licenciamento e estudo económico ainda estão em curso. Transparência não significa precipitação.

  1. “Modelo elitista, corporativo, impessoal”

Pelo contrário: o Benfica District pretende atrair mais famílias, jovens, turistas e empresas para o universo benfiquista. Um clube popular não significa um clube parado no tempo. Significa um clube aberto ao futuro, capaz de gerar receitas próprias para não depender de fundos obscuros nem de interesses externos. A alma benfiquista não está nas paredes – está na força coletiva de se reinventar sem perder identidade.

  1. “Clube sem títulos, sem alma, sem ídolos”

Esta é uma visão derrotista e injusta. O Benfica tem reestruturado o plantel, apostado em jovens da casa, tem milhares de novos sócios, lotações esgotadas, recordes de merchandising e presença constante nas fases finais da UEFA. Pode e deve fazer mais, mas está longe de estar “sem alma”. Está a construir algo duradouro – e com coragem.

  1. “É para aqui que caminhamos?”

Sim, é para aqui que devemos caminhar — se queremos um Benfica moderno, financeiramente sustentável, competitivo internacionalmente e preparado para o futuro.

Preferimos um clube com receitas de 200 milhões/ano a vender uma estrela por época para equilibrar contas, ou um clube com 600 milhões de receitas, com independência, talento retido e títulos sustentados? O Benfica District não é só betão — é um plano de sobrevivência competitiva.

Resumindo e concluindo, preferimos promessas populistas e curtas ou projetos ambiciosos e duradouros?

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