Fala Galo
·18 de julho de 2025
Cronologia da queda: o rebaixamento do Galo sub-20 em detalhes

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·18 de julho de 2025
Na última quinta-feira (17), o Atlético sofreu o inédito rebaixamento para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro sub-20. Mesmo que as categorias de base sejam foco de atenção tanto da gestão do clube, quanto da torcida, o fraco desempenho resultou na queda, com uma rodada de antecedência.
Uma vez que a base é tida como a “salvação” de um clube com graves problemas financeiros, surgiu a dúvida: o rebaixamento foi uma ocasionalidade, ou o clube já dava indícios de queda em temporadas anteriores? Para responder isso, o Fala Galo montou uma série de matérias especiais, com a ordem cronológica dos acontecimentos na pasta, desde o “choque de gestão” promovido há quatro anos, por Sérgio Coelho.
Uma conquista especial abriu o 2021 do Atlético. A categoria sub-20 se sagrou campeã brasileira, após bater o Athletico. A campanha foi épica, com o Galinho eliminando Corinthians e Palmeiras no mata-mata, antes de despachar o xará paranaense. O diretor de base, nesta época, era o saudoso Júnior Chávare.
Naquele que é tido, até hoje, como um dos grandes elencos da história recente da categoria no clube, surgiram nomes como Rubens e Gabriel Delfim. O problema é que grande parte do time não conseguiu se firmar entre os profissionais do Galo. O zagueiro Micael é um bom exemplo: após passagem apagada no time principal, foi vendido para o futebol norte-americano. Depois, retornou ao Brasil, para defender o Palmeiras, em transação de mais de R$ 25 milhões.
Nem mesmo o título brasileiro salvou o Galinho de um grande choque de gestão. Sérgio Coelho, eleito há poucas semanas como o novo presidente do Atlético, desligou Júnior Chávare da diretoria de base. Segundo o ge, o mandatário acreditava em outro modelo de administração, com captação de jogadores de forma mais precoce, antes dos 14 anos. Essa filosofia ia de encontro com as ideias de Chávare, que optava por contratar atletas pré-formados, que já haviam feito a iniciação no futebol em outros clubes.
Apesar da discordância no modelo de captação, é preciso dar méritos ao saudoso dirigente. Foi na “era Chávare” onde o clube viveu seus últimos momentos de protagonismo no sub-20, com o título brasileiro, uma semifinal de Copa do Brasil e o vice-campeonato da Supercopa. Não há, também, crítica à ousada atitude tomada por Sérgio Coelho, mesmo que as camadas jovens estivessem em bom momento competitivo.
O Galo confirmou a contratação de Erasmo Damiani para assumir a gerência da base, menos de duas semanas após a saída de Júnior Chávare. O profissional chegou a Vespasiano com as credenciais de ter trabalhado na Seleção Brasileira, Athletico e Internacional. Foi contratado como o “plano A” do novo diretor de futebol do Atlético, Rodrigo Caetano (recém contratado após a demissão de Alexandre Mattos).
Mesmo com a mudança administrativa, o clube deu um voto de confiança ao treinador Marcos Valadares, no sub-20.
No próximo episódio da série, vamos detalhar a “era Damiani” no Galinho, e entender se a base já dava indícios de queda nos anos anteriores. Também vamos destrinchar o desempenho competitivo da base do Atlético no período, e quais jogadores conseguiram se destacar.
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