Clube Atlético Mineiro
·12 de setembro de 2025
Cruzeiro x Atlético: coletiva de imprensa com Sampaoli

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·12 de setembro de 2025
Pergunta: Queria que você falasse um pouco sobre as observações durante os treinos na semana. Você fez alterações na equipe, o Fausto Vera entre os zagueiros, Gabriel Menino e Igor Gomes, que não vinham sendo utilizados como titulares nos outros jogos… Como foi sua avaliação nessa preparação?
Sampaoli: “A ideia era jogar com muitos jogadores por dentro para liberar os pontas, jogamos com Igor e Scarpa numa altura mais elevada, e o Hulk. Tínhamos a alternativa de laterais/extremos altos como Arana e Cuello de cada lado. Bem, a ausência de Alan Franco, que habitualmente joga, não era possibilidade, pois chegou em cima da hora. Então, tínhamos que definir um acompanhante de Alexsander (Gabriel Menino)”.
“Eu creio que o mais importante que se passou na partida é que entramos numa histeria/intranquilidade que não permitiu jogar. Se jogou pouco, se brigou demasiadamente. E nisso, o rival foi melhor”.
Pergunta: O Atlético precisava de dois gols de diferença para, ao menos, levar aos pênaltis. Não vi o Atlético tendo tantas chances claras de gol. Faltou tempo para o entendimento do seu trabalho? Como você vê essa situação?
Sampaoli: “Eu creio que o que passou foi o primeiro gol, de bola parada, nos complicou muito. A partir daí, a equipe teve posse de bola alta, que não foi totalmente relacionada às criações de gols. O rival jogou com o resultado a favor e com o nosso desespero. Se a gente tivesse a possibilidade de jogar mais tempo a partida, em vez de disputas, talvez teríamos mais chances”.
Pergunta: O Atlético levou outro gol de bola parada. Você e sua comissão já identificaram esse problema que já é recorrente?
Sampaoli: “Pensamos que seja um problema e estamos trabalhando. Tratamos de fazer uma defesa mista para ter essa possibilidade. Claro, evidentemente, o rival voltou a conseguir dois gols de bola parada. Foi a única coisa que se passou no jogo, nada muito além disso. Tivemos a posse de bola, mas sem agressividade. Temos que trabalhar bem essa bola parada, pois a equipe tem um inconveniente bastante sério para controlar esse aspecto”.
Pergunta: Você optou pelo Cuello pelo lado direito. Queria saber o motivo, pois o Cuello faz bons jogos sempre pelo lado esquerdo…
Sampaoli: “O plano de jogo tinha a ver com dois jogadores que conseguem se posicionar ao longo das pontas com a perna boa, e nesse lugar estava o Arana na esquerda… Bem, são eleições. Eu creio que no decorrer da partida, desde o coletivo e a organização, tem a ver com o que comentei antes. A equipe deveria ter jogado por mais tempo a partida, entrou em uma histeria (no sentido de intranquilidade) que nos prejudicou, de não ter tantas chances. Não creio que isso passou por um erro individual, mas por termos enfrentado um estilo de jogo que o rival maneja de forma melhor”.
Pergunta: São três jogos sofrendo gols iguais – Grêmio e os dois clássicos. Bola cruzada, o adversário cabeceia e a bola sobra para outro jogador fazer o gol. Como corrigir isso e o que você tira de positivo do jogo de hoje?
Sampaoli: “Estamos começando o trabalho. Estamos tratando de estimular os jogadores na questão da concentração, atenção. São bolas paradas, de segunda bola, que tem a ver mais com a atenção do que com o posicionamento inicial. Bem, já digo, tivemos em pouco tempo de trabalho, muitas sessões de treino e vamos seguir trabalhando”.
Pergunta: Qual sua opinião sobre o elenco? Qual principal problema você identifica nessa chegada? Qual aspecto você acha que o time está mais devendo?
Sampaoli: “Creio que, animicamente e futebolisticamente, a equipe não está… Praticamente o ano todo, teve muitos altos e baixos no ano, não esteve como em outros tempos. Nessa última etapa do ano, terá de melhorar muito individualmente e coletivamente para conseguir algum tipo de triunfo que dê a equipe o que ela necessita. Creio que, nós, como treinadores, vamos tentar organizar uma estrutura, mas necessitamos recuperar o rendimento individual dos jogadores que fazem diferença no último terço, onde falta claridade, inclusive pela situação que vive. É o trabalho que temos, recuperar os jogadores, que tem muita capacidade, mas que vivem uma fase que não consegue levar a cabo sua capacidade”.
Foto: Pedro Souza/Galo
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