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·13 de novembro de 2024
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Pela quarta vez nos últimos seis anos, o Ypiranga flertou com o acesso inédito para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro, mas deixou o sonho bater na trave. Neste ano, o time gaúcho voltou a ficar no quase e brigou pela vaga na Série B até a última rodada. Há três em Erechim, Windson participou das últimas campanhas do clube e falou sobre a frustração de novamente não alcançar o objetivo, embora enalteça a campanha.
"Nosso grande objetivo da temporada era subir para a Série B e novamente batemos na trave. Ficou um sentimento frustrante porque tínhamos noção das dificuldades, mas sabíamos que estava ao nosso alcance. Infelizmente não veio neste ano, de novo, mas será algo que acontecerá naturalmente. O Ypiranga é um clube que se preparou muito nas últimas temporadas para subir de divisão, faltou pouco, mas acontecerá", avaliou o defensor em conversa exclusiva com oGol.
Nesta temporada, o Ypiranga liderou a Série C nas primeiras rodadas até a paralisação do futebol gaúcho devido às enchentes que afetaram o estado. Mesmo com o obstáculo a mais, o Canarinho permaneceu na zona de classificação até a última rodada e avançou para a fase final. No entanto, o time iniciou com tropeço no quadrangular final, se recuperou na reta final e chegou na última rodada dependendo apenas de uma vitória para carimbar o acesso.
"Fizemos um bom jogo contra a Ferroviária, até conseguimos sair na frente, mas a equipe deles estava melhor preparada e mereceu a vitória. Não podemos tirar o mérito do time adversário. Infelizmente pesou contra nós os tropeços dentro de casa, poderíamos ter chegado em uma situação melhor na última rodada", avaliou o zagueiro.
Apesar da decepção na Série C, Windson ainda sonha com uma reta final de temporada com conquistas. No ano do seu centenário, o Ypiranga segue vivo na Copa Gaúcha e disputa uma vaga na decisão contra o Juventude. No primeiro duelo, o Canarinho segurou o empate em 0 a 0, em Caxias do Sul, e, agora, decide a classificação no Colosso da Lagoa.
Com 59 partidas disputadas pelo Canarinho, sendo 22 neste ano, e um gol marcado, justamente na campanha da Copa Gaúcha, Windson vive a expectativa do primeiro título pelo time de Erechim.
"No início da temporada tínhamos como objetivo chegar o mais longe possível no Gauchão e na Copa do Brasil, buscar o acesso e conquistar a copinha. Infelizmente no estadual e no Brasileirão não conseguimos o desempenho que esperávamos. Agora, temos a chance de fechar o ano do centenário do clube com um título. Estamos 100% focados nestes jogos contra o Juventude. O que passou, passou, e agora temos uma nova oportunidade", destacou.
Nascido em Jaguarão, no interior do Rio Grande do Sul, Windson construiu o início da sua carreira no futebol gaúcho. Aos 14 anos, o jovem zagueiro iniciou sua trajetória no futebol nas categorias de base do Fragata, de Pelotas, clube focado na formação de atletas e presidido pelo ex-volante da seleção brasileira Emerson.
Após passagem pela base de GE Brasil, Pelotas e Igrejinha, Windson ganhou destaque em um amistoso de pré-temporada e recebeu a oportunidade de ingressar no time B do Internacional. Aos 21 anos, o defensor desembarcou no Celeiro de Ases e ajudou o Colorado a conquistar o título inédito do Brasileirão de Aspirantes diante do Santos.
Na temporada seguinte, Windson quase repetiu a dose e também marcou presença na campanha do vice-campeonato de Aspirantes. O desempenho do jovem despertou o interesse de clubes das divisões de acesso do Brasileirão e o zagueiro foi cedido ao Cuiabá para a disputa da Série B.
No seu primeiro ano pelo profissional, o defensor participou da trajetória do Dourado nas conquistas da Copa Verde e do Campeonato Mato-Grossense. Nas temporadas seguintes, Windson somou passagens por Novo Hamburgo, Ferroviária e Boa Esporte até ser contratado pelo Ypiranga em 2022.
No seu terceiro ano pelo time de Erechim, o zagueiro destina todas as suas atenções para os duelos decisivos da Copa RS e espera pelo fim da temporada para pensar em 2025. Ambientado ao clube e à cidade, Windson elogiou o engajamento da região.
"Eu tenho muito carinho pela forma como a cidade me acolheu. Erechim tem uma relação muito próxima com o esporte de forma geral. Assim como o Ypiranga, o Atlântico, no futsal, também leva muita gente aos jogos. A comunidade abraça os clubes do município e acredito que isso aconteceria com qualquer esporte que tivesse lá", destacou.
"Acredito que o acesso para a Série B também seria uma forma de retribuir à cidade, pois seria muito bom para todos. Seria uma oportunidade da cidade crescer ainda mais junto com o clube", completou Windson.