Darío Herrera apita Palmeiras x Flamengo: árbitro da final tem lista de confusões e polêmicas | OneFootball

Escolhido pela Conmebol para comandar Palmeiras x Flamengo, Darío Herrera chega à final da Libertadores com um currículo amplo no continente e uma carreira marcada por jogos de alta temperatura. Aos 39 anos, o argentino tem experiência em partidas pesadas e acumula decisões que renderam debates nos últimos anos.

Herrera apita competições internacionais desde 2015 e já comandou duelos importantes envolvendo clubes brasileiros e seleções sul-americanas. Embora tenha passado sem maiores ruídos em alguns jogos recentes do Flamengo, o árbitro soma episódios de forte contestação em contextos diversos, de expulsões criticadas a paralisações longas por revisões no VAR.

A presença dele na final entre Palmeiras e Flamengo reacende discussões sobre seu estilo rígido e sobre a forma como conduz partidas em momentos de pressão. O histórico recente aponta que Herrera costuma deixar sua marca, positiva ou negativa, em jogos decisivos.

Polêmicas e episódios marcantes na carreira de Darío Herrera

Em setembro de 2024, Herrera anotou pênalti após a bola desviar no braço de Bastos. A jogada chamou atenção pela curta distância entre o cabeceio e o toque, elemento que levou parte do público a questionar se havia espaço para qualquer tentativa de evitar o contato. Apesar das reclamações, a decisão foi validada pelo VAR e o pênalti foi convertido.

No Nilton Santos, o árbitro levou mais de 10 minutos para anular um gol da LDU. O inusitado ficou por conta do assistente Ezequiel Brailovsky indo ao monitor para auxiliar na checagem, situação rara, mas permitida pela regra.

Também em 2023, Herrera viveu uma das noites mais tensas de sua carreira no Superclássico argentino. O juiz marcou um pênalti para o River Plate já nos acréscimos, decisão que desencadeou uma confusão generalizada entre jogadores dos dois clubes.

O jogo terminou com sete expulsões: três para cada lado e mais uma para o técnico do Boca. O episódio marcou um dos Superclássicos mais tensos da década. Nico de la Cruz, hoje no Mengão, estava em campo pelo River Plate.

Ainda em solo argentino, outro episódio ganhou força após uma derrota do Godoy Cruz para o Banfield. Os jogadores do clube divulgaram uma nota oficial conjunta criticando a postura de Herrera ao longo da partida.

O elenco acusou o árbitro de comentários irônicos e falta de respeito, citando frases como "pede agora que estão perdendo". A denúncia gerou repercussão nacional e foi contestada pela arbitragem, mas reforçou a imagem de um juiz que frequentemente sai dos jogos com algum ruído.

Foto: Divulgação

Na semifinal da Libertadores no Maracanã, o argentino expulsou Samuel Xavier ainda no primeiro tempo. A decisão foi vista como rigorosa e dominou o debate pós-jogo.

Em 2022, pelas Eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo, Herrera comandou o empate por 2 a 2 entre Chile e Colômbia em Santiago. O lance mais discutido veio após um pisão de James Rodríguez em Alexis Sánchez.

Para grande parte da imprensa chilena, o movimento merecia cartão vermelho. Herrera preferiu a advertência com amarelo, mantendo James em campo e gerando forte debate pós-jogo.

Um dos episódios mais emblemáticos da carreira de Herrera aconteceu em 2015. Ele era o árbitro do Superclássico da Copa Libertadores entre Boca Juniors e River Plate que acabou suspenso depois que jogadores do River foram atingidos por gás de pimenta no túnel do Bombonera.

A partida só foi interrompida definitivamente cerca de uma hora após o início da confusão, colocando o argentino sob forte pressão e abrindo uma longa discussão sobre como a arbitragem deveria proceder em situações de segurança extrema.

Arbitragem de Palmeiras x Flamengo na final da Libertadores

Na decisão da Libertadores, Herrera terá ao seu lado uma equipe majoritariamente argentina. Cristian Gonzalo Navarro e José Miguel Savorani serão os assistentes, Maximiliano Nicolás Ramírez será o quarto árbitro e Héctor Alberto Paletta comandará o VAR.

O suporte técnico será completado por Santiago Fernández Gandini, Jorge Ignacio Baliño, Christian Ferreyra e Martín Sebastián Soppi.