Jogada10
·27 de maio de 2023
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Adversário do Vasco neste sábado, o Fortaleza vive anos de prosperidade. Afinal, na contramão do time carioca, o Leão do Pici evoluiu bastante dentro e fora de campo e conquistou sete títulos desde 2019. De quebra, acumula três classificações consecutivas para a Libertadores. Para alcançar estes feitos, contou com a ajuda decisiva de quatro ex-jogadores cruz-maltinos, que, no entanto, tiveram trajetórias bem diferentes em São Januário. Agora, encaram o ex-clube em partida no Castelão, às 16h, pelo Brasileirão.
O mais emblemático da lista é Yago Pikachu. Contratado junto ao Paysandu em 2015, o lateral-direito se firmou na equipe e atuou até mesmo como atacante, por conta de sua veia ofensiva. Ficou cinco anos no Vasco, com expressivos 248 jogos e 39 gols. Além dele, o goleiro Fernando Miguel também viveu momentos intensos no Rio. Reserva na primeira temporada, ele assumiu a meta em 2019, foi rebaixado em 2020, mas teve boas atuações. Tanto que se manteve como titular no Atlético-GO na Série A e, depois, do Fortaleza, onde já fez 52 partidas.
“Quando eu cheguei no profissional, com 18 anos, o Pikachu e o Fernando Miguel eram ídolos e exemplos. Poder jogar contra eles vai ser uma emoção, porque são dois caras que me ajudaram muito”, disse o atacante vascaíno Gabriel Pec, nesta semana.
Em cinco anos, Yago Pikachu viveu bons e maus momentos com a camisa do Vassco – Rafael Ribeiro/Vasco
De fato, esta é apenas a primeira vez que Pikachu encara Pec como rival. Afinal, o Vasco passou os últimos dois anos na Série B. Inclusive, o jogador de 30 anos já avisou que vai comemorar o gol, caso ocorra a “lei do ex”. Com a disputa de três competições simultâneas, o técnico Juan Pablo Vojvoda estabeleceu um rodízio e pode usar um time alternativo. Assim, Pikachu tem chances de começar no banco de reservas.
“É especial porque foram cinco anos lá. Não é fácil você passar cinco anos em uma equipe hoje, principalmente jogando no Brasil. O respeito e gratidão vão permanecer, independentemente do resultado. Então vai ser especial, sim, porque eu vou encontrar alguns jogadores com quem lá eu trabalhei, alguns funcionários, principalmente da comissão técnica permanente do clube”, ressaltou.
Aliás, o próprio comandante argentino era a prioridade da SAF cruz-maltina e recebeu proposta para assumir a reformulação da equipe. Porém, preferiu ficar no Fortaleza. Semanas depois, Maurício Barbieri foi contratado para o cargo. Hoje, vive sob pressão, com seis jogos sem vitória.
Com menos destaque, Lucas Crispim e Thiago Galhardo também já vestiram a camisa do Vasco. O primeiro passou rapidamente por São Januário em 2014, emprestado pelo Santos, e não teve muito espaço. Já o meia-atacante fez 52 jogos, entre 2018 e 2019. Quando era titular, se envolveu em uma polêmica com o técnico Alberto Valentim, foi afastado e rescindiu o contrato. Na sequência, foi muito bem no Ceará e no Internacional, garantindo à época uma transferência para o Celta de Vigo, da Espanha.
Crispim, apesar de usar o número 10, se adaptou à função de lateral-esquerdo e foi titular do time cearense na vitória por 3 a 2 sobre o San Lorenzo, na última quarta-feira, pela Sul-Americana. Já Galhardo fez 30 partidas em 2023 e é o artilheiro do time, com 13 gols.
Dos quatro ex-vascaínos, apenas o goleiro Fernando Miguel é desfalque. Enquanto se recupera de lesão, ele vem sendo substituído por João Ricardo. No Brasileirão, o Fortaleza perdeu sua invencibilidade na rodada passada, ao ser derrotado por 2 a 1 pelo América-MG. Com isso, ocupa o 11º lugar, com dez pontos. São quatro a mais que o Vasco, que entrou na zona de rebaixamento.
Fernando Miguel – 122 jogos e 129 gols sofridos (2018-2020) Yago Pikachu – 248 jogos, 39 gols e 16 assistências (2016-2020) Lucas Crispim – 13 jogos, 2 gols e 0 assistência (2014) Thiago Galhardo – 52 jogos, 9 gols e 3 assistências (2018-2019)