AVANTE MEU TRICOLOR
·23 de setembro de 2025
DE NOVO? Nome de Rui Costa volta a circular no Grêmio e São Paulo pode ficar sem executivo de futebol em 2026

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·23 de setembro de 2025
Em meio à crise interna pela escolha de seu sucessor na presidência do São Paulo, nas eleições que devem acontecer no final do ano que vem, Julio Casares pode sofrer um grande baque e ter que reformular boa parte de sua diretoria de futebol para o último ano do seu segundo mandato como presidente do clube.
Isso porque, conforme o AVANTE MEU TRICOLOR revelou, além do diretor Carlos Belmonte, que vem confidenciando a seus aliados políticos que pode deixar o posto por ter sido preterido na escolha do mandatário para ser seu candidato, quem também deve deixar o Morumbi é o executivo de futebol Rui Costa.
De acordo com informações publicadas inicialmente pelo jornalista Alexsander Vieira e confirmadas ao AMT, Costa é cogitado para assumir como o homem forte do futebol do Grêmio a partir de 2026.
Não é para menos que o nome do executivo seja ventilado pelos lados de Porto Alegre (RS). Costa foi sócio do clube gaúcho, braço direito de Fábio Koff, mitológico dirigente deles, e iniciou sua trajetória como dirigente de futebol no tricolor de lá. Passou por categorias de base e ocupou o mesmo posto exercido hoje no São Paulo entre 2012 e 2016.
A saída, contudo, não foi das mais calmas. Criticado pelo excessivo número de contratações e apontado como o culpado pela então sequência de derrotas gremistas, chegou a ser ameaçado por torcedores e viu o filho de Koff vazar áudios onde até o ofendia.
Os laços com os Pampas, contudo, nunca foram rompidos. E Costa, dez anos depois, vê seu nome ser apontado como a figura ideal para comandar o futebol gremista tanto por nomes da situação, quanto da oposição. Sim, o Grêmio passará um processo político que promete ser duramente conturbado. E o nome do atual funcionário são-paulino parece ser um dos pouco tópicos em comum que agrada gregos e troianos gaúchos.
A bem da verdade, o nome de Costa ser ventilado no time onde começou não é algo necessariamente novo. Em junho, um famoso cronista, gremista declarado, chegou a cravar que a contratação do executivo tricolor estava assegurada por parte de um dos vários postulantes à presidência deles.
A ‘bomba’ obrigou o hoje são-paulino a aproveitar a então folga no calendário do futebol brasileiro para o Mundial de Clubes para desmentir a informação em vários veículos de imprensa porto-alegrenses. Discreto e de poucas palavras públicas em terras bandeirantes, Costa nunca deixou de atender publicamente os periodistas sulistas.
“Respondo da forma mais transparente que eu posso e sei que tenho que ser cuidadoso com a resposta, mas tenho contrato com o São Paulo até dezembro de 2026. Esse contrato já foi renovado uma vez. E tenho um projeto profissional consolidado em São Paulo, que é uma cidade que me acolheu e eu aprendi a amar. Em um clube que vai além de um prazo de contrato, porque poderei ficar cinco anos no São Paulo, o que é muito tempo. E eu não recebi nenhuma proposta profissional de ninguém”, disse o executivo são-paulino, em entrevista à rádio ‘Gaúcha Zero Hora’.
“Se eu tivesse recebido, eu daria a mesma resposta que já dei em outros clubes. Quando estive na Chapecoense e ficamos no oitavo lugar, eu recebi cinco ofertas e uma delas mexeu muito comigo. Eu levei ao presidente, ele me autorizou a negociar, acertamos, mas aquilo que havia sido combinado não foi cumprido. E eu permaneci em Chapecó (SC) sem ganhar um real a mais. Falo com tranquilidade que não recebi proposta de nenhum candidato para ser executivo do Grêmio. É o mais sincero que eu posso ser”, completou.
Não necessariamente com as mesmas palavras, mas muito mais sucinto, ele repetiu as palavras ao AMT algum tempo depois dessa entrevista.
Costa chegou ao São Paulo em janeiro de 2021, substituindo o ídolo Raí no posto. Depois de deixar o Grêmio, passou por Chapecoense e Atlético-MG.
De fato, um sentimento pelas cores são-paulinas devem mesmo ter sido criadas, já que, ficando até o final do ano, ele iguala o período que passou como executivo do Grêmio, até então onde mais tempo passou trabalhando. Se cumprir o contrato, não tem jeito, o Tricolor será onde mais passou tempo ocupando o posto de ser o responsável por fazer as negociações e contratações.
Nos quatro anos até aqui de Morumbi, Costa viu poucas vezes seu nome ser apontado como alvo de críticas e insatisfações. Uma delas foi neste ano, nas negociações pela permanência do zagueiro Ruan, cujo novo empréstimo pelos italianos do Sassuolo foi rejeitado, pelo fato do empresário do jogador ser seu cunhado. Mas obviamente se viu o óbvio: não havia má-fé alguma por parte dele.
Nomes como Jandrei, Nikão e Patrick, por exemplo, foram indicações dele. Mas antes que você comece a xingar, importante salientar que a proximidade com o Grêmio permitiu a vinda de Rafinha, Alisson e Ferreirinha.
A extrema discrição de Costa, blindado por Casares e os nomes políticos que trabalham no futebol são-paulino, faz com que seu nome às vezes sequer seja lembrado entre sócios influentes e conselheiros. Até por isso, quase nunca é lembrado nos momentos difíceis. E, além disso, criou um vínculo de cumplicidade com o gerente de futebol Muricy Ramalho, ídolo são-paulino, ganhando certa autonomia para trabalhar ao lado do supervisor Michel Gazola e do gerente José Carlos dos Santos. Uma tranquilidade que nunca aproveitou no Grêmio.