Gazeta Esportiva.com
·26 de dezembro de 2025
De olho na próxima temporada, relembre as falhas do Palmeiras em 2025

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·26 de dezembro de 2025

Neste fechamento de dezembro, o Palmeiras olha para o retrovisor e enxerga uma temporada de sentimentos conflitantes. Se a competitividade levou o time de Abel Ferreira a disputar todas as taças, a falta de precisão e o desequilíbrio emocional transformaram o ano em uma dolorosa sequência de “batidas na trave”. Para uma torcida acostumada com o topo, 2025 termina com um gosto amargo de oportunidade desperdiçada.
O maior incômodo do ano não reside apenas no que se deixou de ganhar, mas para quem se perdeu. O retrospecto contra o Corinthians tornou-se um verdadeiro fantasma: em sete confrontos, o Alviverde saiu vitorioso em apenas uma ocasião. Ver o maior rival celebrar os títulos do Paulistão e da Copa do Brasil, após eliminar o Verdão pelo caminho, deixou uma cicatriz profunda. Mais do que tática, a queda evidenciou uma perda de domínio psicológico nos clássicos, algo que parecia inabalável em anos anteriores.
O rótulo de “vice” perseguiu o clube nas competições de fôlego. No Brasileirão e na Libertadores, o Palmeiras esbarrou em um Flamengo mais letal nos momentos decisivos. Já no cenário internacional, o sonho do Mundial de Clubes voltou a ser interrompido por um velho conhecido: o Chelsea. Nas quartas de final, a barreira europeia provou ser, mais uma vez, um degrau acima do nível de execução apresentado pelo time brasileiro.
Mesmo com a chegada de uma dezena de caras novas, o futebol vistoso passou longe do Allianz Parque. A crítica da arquibancada foi implacável com a pobreza criativa da equipe. Na ausência de um “plano B” por baixo, o Palmeiras de Abel Ferreira abusou sistematicamente dos cruzamentos na área. O “chuveirinho” tornou-se o recurso de desespero para um elenco que recebeu investimentos vultosos, mas que não conseguiu traduzir os reforços em evolução coletiva ou variação tática.
O saldo de 2025 mostra que, no futebol de elite, contratar em quantidade não substitui a precisão em preencher carências específicas do esquema. O Palmeiras sobrou em transpiração e aporte financeiro, mas faltou o “ajuste fino” para converter o volume de jogo em troféus. Para 2026, a reconstrução exige mais do que novos nomes, passa por recuperar a solidez defensiva e, acima de tudo, resgatar a soberania nos gramados paulistas que já foi sua marca registrada.









































