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·17 de outubro de 2025

Defesa de Andrés vê “espetacularização” e pede à Justiça rejeição da denúncia do MP

Imagem do artigo:Defesa de Andrés vê “espetacularização” e pede à Justiça rejeição da denúncia do MP

Os advogados da defesa de Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians, protocolaram na Justiça um pedido de rejeição integral da denúncia apresentada pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP), que o acusa de apropriação indébita, lavagem de dinheiro e crime tributário.

Segundo o documento, ao qual a Gazeta Esportiva teve acesso, a defesa de Andrés entende que o promotor responsável pelo caso, Cassio Roberto Conserino, agiu de forma “parcial” por ser torcedor do Timão. O ex-presidente citou a expressão “farra com dinheiro dos associados”, utilizada pelo promotor para se referir aos gastos com cartão corporativo do clube, como um exemplo disso.


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Os advogados também alegam “espetacularização midiática das investigações”, defendendo que andamento dos processos foi vazado à imprensa antes da defesa ter acesso, o que, na visão deles, expôs o acusado.

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(Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians)

Possível afastamento definitivo

Os órgãos internos do Corinthians acompanham atentamente ao caso de Andrés Sanchez. Com a denúncia já apresentada pelo MP, resta saber se a Justiça irá acatá-la, tornando o ex-presidente réu. A responsável por levar ou não o caso adiante será a juíza Márcia Mayumi Okada Oshiro, a mesma que aceitou a denúncia de Augusto Melo e outros três ex-dirigentes do Timão por furto qualificado, associação criminosa e lavagem de dinheiro no caso VaideBet.

Caso Andrés se torne réu, o Corinthiansestuda afastá-lo de suas atribuições no Conselho Deliberativo e no Cori de forma definitiva, pelo menos até o término do julgamento. O ex-presidente já se afastou da vida política do clube, mas, como o pedido foi formalizado por ele mesmo, de maneira voluntária, Sanchez poderia voltar a qualquer momento.

Portanto, conforme apurou a reportagem, o presidente da Comissão de Ética, Leonardo Pantaleão, prepara um ofício caso a Justiça acate a denúncia do MP. O documento seria enviado ao Conselho Deliberativo, que poderia determinar o afastamento de Andrés até que o caso seja concluído.

Entenda o caso

O Ministério Público de São Paulo denunciou Andrés Sanchez por três crimes: apropriação indébita agravada continuada, lavagem de dinheiro e falsidade de documento tributário.

O órgão também cobra do ex-presidente corintiano o ressarcimento, com correção monetária, dos gastos com cartões corporativos do clube de agosto de 2018 a dezembro de 2020. Ele teria que devolver R$ 480 mil ao clube, sendo a maior parte desse valor pago pelo ex-presidente corintiano e uma menor parcela paga por Roberto Gavioli, gerente financeiro da época, também denunciado pelo MP.

Sanchez e Gavioli também teriam de pagar mais 75% dos R$ 480 mil, ou seja, R$ 360 mil cada um, por danos morais e materiais ao Corinthians.

Em dezembro de 2020, de acordo com o MP-SP após análise das faturas de cartão de crédito, Andrés gastou cerca de R$ 9 mil em Tibau do Sul, município no Rio Grande do Norte onde está a famosa praia de Pipa. Também houve mais de R$ 6 mil em gastos no arquipélago de Fernando de Noronha em janeiro do mesmo ano.

Mas, de acordo com Cássio Roberto Conserino, as despesas pagas com os cartões corporativos do Corinthians nessas viagens para o Nordeste foram de R$ 33.793,92.

Houve também despesas de mais de R$ 5 mil com a compra de dois relógios na joalheria de luxo HStern, mas, embora o cartão usado tenha sido o do Corinthians, a nota fiscal dos produtos saiu em nome do ex-presidente André Sanches. Gastos em lojas de roupas, como Brooksfield, também chamaram atenção da promotoria.

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