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·22 de maio de 2025

Defesa de Bruno Henrique pede anulação do processo na Justiça do DF

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Ao mesmo tempo em que solicitou o arquivamento da investigação policial, a defesa do atacante Bruno Henrique, do Flamengo, protocolou um Habeas Corpus em segunda instância no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), o qual solicita a anulação do processo contra o jogador e a transferência do caso para a Justiça Federal.


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Os advogados também entraram com liminar pela suspensão de todos os atos processuais enquanto o pedido principal é analisado. Segundo o documento obtido pelo ge, a investigação não poderia ser feita pela Justiça Estadual por causa de alguns pontos:

  1. A defesa argumenta que apostas esportivas são regulamentadas pela União, com base em legislações federais de 2018 e 2023;
  1. O caso foi iniciado pela Polícia Federal após um alerta de uma associação internacional de monitoramento de apostas, sediada na Bélgica. Essa denúncia foi encaminhada à CONMEBOL e à FIFA, entidades com sede no Paraguai e na Suíça, e posteriormente repassada à CBF. As suspeitas foram levantadas por casas de apostas com sede na República de Malta (Europa) e em Curaçao (América do Sul), o que reforça o caráter internacional da investigação.
  1. A Polícia Federal assumiu a condução do inquérito com base em tratados internacionais que combatem a corrupção no esporte, com autorização expressa do Ministério da Justiça.
  1. A denúncia não se limita ao DF, onde ocorreu o jogo investigado. Apostas suspeitas foram registradas em cidades de Minas Gerais, enquanto Bruno Henrique reside e atua no Rio de Janeiro. Além disso, as plataformas de apostas estão sediadas no exterior.

A defesa também aponta “constrangimento ilegal” pela atuação da Justiça Estadual, alegando que não havia competência para autorizar medidas como busca e apreensão. Os advogados criticam ainda o que classificam como uma operação “truculenta e midiática”, que teria exposto indevidamente o jogador e sua família.

O pedido da defesa inclui:

  • A transferência do processo para a Justiça Federal do Distrito Federal;
  • A anulação de todas as decisões proferidas até o momento pela Justiça Estadual;
  • A exclusão das provas obtidas nessas decisões.

Bruno Henrique foi indiciado pela Polícia Federal em abril. Ele é investigado sob suspeita de ter forçado um cartão amarelo em uma partida contra o Santos, pelo Campeonato Brasileiro de 2023, com o objetivo de beneficiar apostadores.

Entre as provas reunidas pela PF estão mensagens encontradas no celular do jogador, apreendido durante a operação. Em uma delas, seu irmão, Wander, pergunta quando ele levaria o terceiro cartão amarelo, ao que o atacante responde: “Contra o Santos”

Bruno Henrique tem contrato com o Flamengo até dezembro de 2026. Caso o jogador seja considerado culpado e seja suspenso, ficando impossibilitado de jogar, o clube poderá suspender seu vínculo. Após a suspensão, ele cumpriria o restante do tempo. A ação dos advogados é também uma maneira de estender ainda mais o processo e ganhar tempo para o jogador.

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