Coluna do Fla
·04 de outubro de 2025
Deixa a bola rolar! Flamengo protesta contra ‘jogos picotados’ no Brasileirão

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·04 de outubro de 2025
Quando William, do Cruzeiro, recebeu o cartão vermelho contra o Flamengo, aos 38 minutos do segundo tempo, o ‘jogo acabou’. Isso porque, os times mineiros fizeram cera, e a arbitragem abusou de marcar as chamadas ‘faltinhas’ e não compensou nos acréscimos. Revoltado com a prática que tem se tornado comum no Brasileirão, o Mengão soltou uma nota com o título “deixa a bola rolar”.
“Os últimos jogos do Flamengo têm exposto um dado curioso e alarmante: a queda constante de bola rolando e um ritmo lento imposto, na maioria das vezes, pela interferência excessiva e desnecessária da arbitragem.
O excesso de paralisações compromete o fluxo do jogo e a qualidade do espetáculo. Rigidez com um ou dois metros na cobrança de laterais, faltas inexistentes, complacência com a cera, demora em reiniciar a partida em diversas ocasiões e atitudes que atrapalham a fluidez dos confrontos são recorrentes.
Os últimos quatro jogos do Flamengo, por exemplo, registraram menos de 55 minutos de futebol. Contra o Juventude, recorde negativo da temporada, este número ficou abaixo de 50 minutos!
A recomendação internacional é de pelo menos 60 minutos de bola rolando, o que não tem acontecido nas partidas do Flamengo.
O futebol brasileiro precisa se aproximar das melhores práticas internacionais, permitindo um jogo melhor para o torcedor”.
O juiz Ramon Abatti Abel marcou 35 faltas no jogo do Flamengo contra o Cruzeiro, sendo 19 do time mineiro e 16 do Rubro-Negro. Além disso, foram distribuídos oito cartões amarelos (três para o Mengão). Antes dos 25 minutos de partida, quatro jogadores já haviam sofrido advertência.
Após a partida, o técnico Filipe Luís, o zagueiro Léo Ortiz e o meia Saúl criticaram a arbitragem do duelo. Além disso, o treinador contou que, quando saiu a escala de quem comandaria o duelo, a lamentação aconteceu previamente, e a preocupação se confirmou.
— Bom, sempre que eu, como treinador, sempre que sentei nessa cadeira aqui, optei por não falar dos árbitros… mas é difícil. É difícil, sinceramente. Porque você tem sentimento na beira do campo, você está vendo o árbitro apitar. Quando saiu o nome dele nós já sabíamos que seria complicado —, falou o treinador.
— O perfil do juiz que apita o jogo do Flamengo, quando sai a lista, você já sabe que vai ser complicado. Então, o que eu posso falar? Começa o jogo, as decisões não são iguais. Como vocês mesmos falaram, os critérios não são iguais. Cartões primeiro e depois não dá cartão, depois dá o cartão em uma jogada que ele não deu antes. É, eu não sei —, disse Filipe Luís.
Portanto, no próximo domingo (05), o Flamengo enfrenta o Bahia, pelo Brasileirão. A partida será comandada pelo árbitro pernambucano Rodrigo Lima. Assim sendo, a bola rola a partir das 18h30 (horário de Brasília), na Arena Fonte Nova, em Salvador, com cobertura do Coluna do Fla.