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·03 de junho de 2025

Democracia no futebol: por que o torcedor do Galo ainda não tem voz real?

Imagem do artigo:Democracia no futebol: por que o torcedor do Galo ainda não tem voz real?

Por: Gustavo Lopes Pires de Souza

Em tempos de Sociedade Anônima do Futebol, com cifras bilionárias e decisões concentradas em conselhos de investidores, é hora de o atleticano se perguntar: quem manda no Galo?


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Enquanto clubes como Internacional, Corinthians e Bahia passaram por experiências mais democráticas, com eleições diretas, assembleias participativas e transparência sobre os rumos do clube, o Atlético Mineiro continua preso a um modelo opaco e distante da sua gente.

O Conselho Deliberativo: um castelo fechado

O Conselho Deliberativo do Galo, na prática, continua sendo um órgão fechado, herdeiro de um tempo em que o futebol era gerido como clube de campo. Poucos conselheiros, pouca renovação, pouca abertura. Nenhum sócio torcedor vota. Nenhum torcedor comum participa.

A pergunta que não cala: por que a torcida mais apaixonada do Brasil não tem o direito de decidir os rumos do seu clube?

SAF: transparência ou distanciamento?

Com a SAF, surgiu a promessa de modernização, eficiência e profissionalismo. Mas o que se viu foi ainda mais blindagem institucional. O torcedor hoje não sabe:

  • quem decide as contratações,
  • quem gere os recursos da Arena MRV,
  • ou qual o planejamento estratégico de longo prazo.

É como se o atleticano tivesse que torcer e pagar, mas calado.

O contraste com outros clubes

No Internacional, por exemplo, os sócios elegem diretamente o presidente. No Bahia, o modelo SAF firmado com o Grupo City preserva amplas garantias de governança e participação de torcedores na associação civil. No Corinthians, há eleições acirradas, com campanhas, propostas e debates públicos.

E no Galo? O torcedor ainda se contenta com frases de efeito e promessas de bastidor.

O que queremos?

O que o torcedor atleticano quer não é gestão amadora, mas participação informada e respeitosa:

  • Eleições abertas para sócios-torcedores,
  • Prestação de contas clara,
  • Representação da torcida em conselhos consultivos,
  • Direito de veto em decisões que envolvam patrimônio histórico e identidade do clube.

Galo é do povo. Mas o povo manda em quê?

O Atlético sempre foi chamado de “Clube do Povo”. Mas hoje, o povo torce, canta, paga, consome, mas não decide nada. É hora de mudar isso. Democracia no futebol não é utopia: é responsabilidade com quem sustenta o clube no grito, no bolso e na alma.

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