Gazeta Esportiva.com
·08 de maio de 2023
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Em Milão, o derby é um jogo que “muda uma temporada”, explica à AFP o zagueiro francês Pierre Kalulu, do Milan. O atleta e sua equipe vão enfrentar a Inter de Milão nesta quarta-feira, em San Siro, às 16h (de Brasília), pelo jogo de ida da semifinal da Champions League.
Kalulu, que foi revelado no Lyon e está no Milan desde 2020, disse que no clássico local é tudo maximizado, principalmente a “atmosfera do estádio e os fatores externos ao redor do duelo”.
“Para mim é como Lyon-Saint Etienne ou Olympique-PSG, mas multiplicado por dois. Existe uma pressão no dia a dia. No início, quando eu cheguei aqui, não me afetava tanto porque eu não cresci em Milão, mas depois de um tempo você já sente todo clima. Sente que é o maior jogo, que muda uma temporada diretamente. Pode salvar um ano ou matar parte dele. Isso deixa tudo mais bonito, e ainda tudo isso na Liga dos Campeões, nem me atrevo a pensar como pode ser”, disse.
O Milan tem sete títulos na Champions, contra três da Inter de Milão. O zagueiro focou no objetivo do clube levantar mais uma taça e declarou que o elenco quer “ir o mais alto possível”.
“A história de um clube conta muito. Se estivéssemos em um clube normal, com esta semifinal estariam dizendo que está tudo bem. Mas aqui, com o peso da história, pelo nível do clube e dos torcedores, todo mundo pensa em ganhar. Depois de ter vencido Tottenham e Napoli, dissemos a nós mesmos que temos que ir o mais alto possível”, completou.
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É decepcionante não ir jogar na Inglaterra ou na Espanha as semifinais da Champions e ter que jogar contra um time da sua cidade? “Nas quartas (contra o Napoli) foi mais triste não jogar contra uma equipe não italiana, mas neste nível, nas semifinais, não se pode escolher. É um clássico e será incrível. As pessoas falam disso o tempo todo”
A Inter chega mais confiante por ter vencido os últimos clássicos? “Era um momento no qual tínhamos mais dificuldades, era mais fácil para eles nos vencerem, não estávamos no nosso nível. Mas sabemos do que somos capazes nesta competição. Na Liga dos Campeões é tudo diferente”
Aos 22 anos, como você vê a sua evolução com uma concorrência cada vez maior, com o retorno principalmente de Simon Kjaer? “É uma temporada na qual joguei muito, depois me lesionei (na panturrilha) durante a data Fifa (em março, com a seleção Sub-21 da França) e isso significou uma pequena pausa. Estes são os primeiros dias que não tenho dores. Estou bem, no momento certo. Cabe a mim dar tudo para recuperar minha posição, mas a concorrência é normal no futebol. A cada desfalque, outro jogador está pronto, mas isso faz todos evoluírem e deixa a equipe mais forte”
Algumas vezes você foi comparado com Lilian Thuram, que foi lateral direito antes de se tornar zagueiro. Você está acostumado às duas posições, tem preferência por alguma? “No Milan eu jogo muito como zagueiro. Na seleção (francesa Sub-21), o treinador (Sylvain) Ripoll prefere me escalar como lateral. Para mim, isso permite evoluir nas duas posições, estar preparado para qualquer eventualidade. Sendo sincero, o que faz você amar uma posição tem mais a ver com quem você joga”