Desfalcado, Real Madrid vira 'italiano' com Zidane | OneFootball

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·26 de fevereiro de 2021

Desfalcado, Real Madrid vira 'italiano' com Zidane

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Zinedine Zidane e o Real Madrid têm uma característica muito similar, que levou o treinador a ser ídolo também comandando o time. Os dois costumam achar uma boa saída quando estão sob pressão. E é assim que tem sido, com diversas baixas no elenco.

Apesar de nunca ter tido sua posição em risco de fato, Zidane vivia um momento complicado no Real Madrid até o começo de fevereiro. No entanto, mesmo com vários desfalques que poderiam piorar ainda mais a situação, o treinador reinventou o seu time, que hoje tem um estilo muito próximo ao do futebol italiano.


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Entre o final de janeiro e o começo de fevereiro, o Real levou alguns baques: foi eliminado da Supercopa na semifinal, pelo Athletic Bilbao, e da Copa do Rei, na segundo rodada, pelo modesto Alcoyano, da Segunda B, que equivale à terceira divisão espanhola. Sem muito brilho, o time de Zidane ainda sofria com lesões e precisou achar uma saída para a má-fase.

Muitas vezes escalando "o que dava", Zidane viu seu Real dar conta do recado e, agora, está com uma boa sequência de cinco vitórias seguidas, juntando todas as competições, e há apenas três pontos do Atlético de Madrid, líder da La Liga. E, assim, os merengues se aproximam cada vez mais de sua melhor sequência na temporada, vivida em dezembro, quando emplacaram seis vitórias consecutivas.

Os dois momentos, porém, se contrastam nos números. Se antes a média era de 2,1 gols a favor por jogo e 0,33 contra, agora é de 1,6 e 0,2, respectivamente. E, então, vemos um Real que marca menos, mas também sofre menos, tendo chegado a quatro jogos sem ser vazado.

Mas, antes de isso ser uma coisa ruim, é preciso comparar estes mesmos números com os gerais do período entre setembro e janeiro. Hoje, são apenas 0,2 gols sofridos, muito menos do que os 1,1 de antes - os chutes em gol também caíram de 9,3 para 5,8.

As críticas na frente, porém, continuam, e não sem base, o time mudou pouco no setor - a média é 14,3 chutes e 1,7 gols por jogo até janeiro para 15,4 e 1,6 em um fevereiro. Tanto é que, mesmo lesionado, Karim Benzema foi o único atacante a marcar neste mês de fevereiro - os outros gols foram de Varane (dois), Mendy (dois), Kroos e Casemiro.

A prioridade na defesa - que foi polêmica no jogo de ida das oitavas de final contra a Atalanta, quando o Real jogou boa parte da partida com um homem a mais e marcou apenas um gol -, porém, é justamente o que alavancou o time de Zidane, que só melhorou ao optar por essa "italianização" em seu esquema.