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·30 de outubro de 2025

Desmobilização é a palavra que define o 2025 do Botafogo

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Sócio majoritário da SAF do Botafogo, John Textor, em uma de suas últimas elocubrações, colocou que o elenco do Glorioso não teve o mesmo apetite de 2024 para buscar os títulos nesta temporada. No ano passado, o Alvinegro conquistou a Libertadores da América e o Campeonato Brasileiro. A parte anímica, desta forma, virou pauta no universo preto e branco nas últimas rodadas e um grande desafio para o técnico Davide Ancelotti. De meados de setembro, na despedida da Copa do Brasil, até o último fim de semana, no empate com o Santos em 2 a 2, no Colosso do Subúrbio, o time alvinegro parece um conjunto de carimbadores de nota de ofício. Um dia, alguém se destaca um pouco mais. Porém, no compromisso seguinte, não mantém a regularidade e volta a cair na burocratização. O clima de desmobilização e a oscilação tiraram o Fogão de uma posição confortável e o colocaram na sétima colocação do Brasileirão, fora do G6 pela primeira vez em muito tempo.

Textor talvez tenha acertado em cheio no diagnóstico. Porém, a linha de pensamento do Godfather engloba algo preocupante. Uma instituição do tamanho do Botafogo não pode se escorar em apenas um ano extraordinário. A melhor forma de preservar a história é tentar engrandecê-la. Durante décadas, o Brasileirão de 1995 foi a maior conquista do clube de General Severiano, enquanto alguns rivais passaram à frente. Em 2024, o Glorioso tratou de ir buscá-los. No entanto, ao registrar esta “queda” de motivação do plantel, o big boss, ainda que sem intenção, retira o Mais Tradicional de um seleto grupo de gigantes. Afinal, quem defende a Estrela Solitária jamais pode esmorecer. O mesmo vale para quem está no comando e conta com a palavra final. Principalmente em um contexto de exigência e investimento robusto.


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Mudou e piorou

O big boss norte-americano cita ainda uma “falta de energia” para justificar as mudanças no plantel do Mais Tradicional. Do time titular multicampeão, saíram John (goleiro), Gregore (volante), Almada (meia), Luiz Henrique (atacante) e Igor Jesus (centroavante), ou seja, quase toda a linha de frente. Dos suplentes, o Alvinegro se desfez de nomes como Gatito (goleiro), Danilo Barbosa (volante), Tchê Tchê (volante), Eduardo (meia), Romero (meia), Júnior Santos (atacante) e Tiquinho (centroavante). A busca por renovar o grupo com novas motivações saiu pela culatra. No gol, Neto nem sequer completou cinco partidas antes da grave lesão, mesmo motivo pelo qual o Botafogo perdeu o zagueiro Pantaleão e o meia Montoro, as melhores contratações do ano. Danilo é outro acerto do scout, mas não tem a intensidade necessária para desempenhar o papel de “5”. Newton não está pronto. Tucu demorou três meses para, enfim, estrear. Santi também engrenou tarde. Cabral, Chris, Rwan, Elias e Mastriani estão no pacote dos erros que custaram caro.

Será que Davide Ancelotti terá cacife para superar tantas situações adversas que se colocaram no caminho e liderar o conjunto alvinegro até a classificação para a Copa Libertadores? Se a resposta for positiva, será, de fato, uma grata surpresa. A tabela é favorável ao Alvinegro. Mas, mesmo com a vaga, o jovem comandante italiano precisará de argumentos quase irrefutáveis para convencer a maior parte do botafoguismo. A reta final do Brasileirão do Glorioso, com notícias nada alvissareiras no front, parece um longo e tortuoso filme de cenas repetidas.

*Esta coluna não reflete, necessariamente, a opinião do Jogada10.

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