Di Stefano, agora palco de Real Madrid x Barcelona, foi um dos poucos parecidos a Messi | OneFootball

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·09 de abril de 2021

Di Stefano, agora palco de Real Madrid x Barcelona, foi um dos poucos parecidos a Messi

Imagem do artigo:Di Stefano, agora palco de Real Madrid x Barcelona, foi um dos poucos parecidos a Messi

Enquanto o futuro de Messi, entre o permanecer ou deixar o Barcelona, não é definido, cada nova ocasião especial guarda o temor e a expectativa levantadas pela pergunta: será esta a última vez?

Isso já aconteceu no que possivelmente poderá ter sido sua despedida pelo Barça na Champions League, com a eliminação para o PSG nas oitavas de final, e acontece agora às vésperas de o argentino enfrentar o Real Madrid. Será este o último ‘Clásico’ de Messi? Caso seja, em meio a todas as questões mais comuns a esta partida – a rivalidade ou a disputa pelo título – desta vez há um ineditismo: a possibilidade de vermos Messi pisando no gramado do Alfredo Di Stefano.


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O estádio que leva o nome do maior jogador da história do Real Madrid não é o principal utilizado pelo clube. Normalmente, é lá que joga o time B merengue, o Castilla, mas com o Santiago Bernabéu, o palco titular, em obras, o Di Stefano passou a ser a casa principal do Madrid.

Como jogador Alfredo Di Stefano definiu praticamente tudo que o Real Madrid é hoje, mas não era antes dele. Se antes de sua chegada os merengues não eram conhecidos pelo DNA vitorioso, ele foi criado a partir da chegada do argentino, naquilo que provocou a primeira enorme crise institucional com o Barcelona – que havia chegado antes a um acordo com o clube que detinha oficialmente o passe do atleta, o River Plate, sendo que o problema foi que o time da capital se acertou com o Millonarios, onde Di Stefano atuava pela liga pirata da Colômbia. No final das contas, e depois de uma baita confusão, Di Stefano foi para o Real Madrid. E foi o Real Madrid.

(Foto: Getty Images)

Esta parte do roteiro de Di Stefano em nada tem a ver com o de Messi, exceção ao fato de ambos terem nascido na Argentina. O vínculo entre o jovem de Rosário com o clube catalão foi firmado em um guardanapo que abriu as portas para a era mais vitoriosa do Barcelona. Mas é na forma de jogar que, guardadas as devidas proporções do tempo e as transformações tecnológicas e físicas do esporte, Messi e Di Stefano se unem.

Se depois de ser reinventado como “Falso Nove” por Pep Guardiola, a partir de 2008, Messi passou a atuar em quase todos os setores de criação sem deixar de chegar ao ataque, para definir e ser artilheiro, era assim que Di Stefano se comportava no histórico Real Madrid que emplacou cinco títulos consecutivos de Copa dos Campeões da Europa (atual Champions League). Alfredo voltava para criar e tabelar e avançava para marcar. Fez 18 gols sobre o Barcelona, colocando-se por décadas adentro como grande artilheiro nos clássicos entre Real e Barça... até Messi o superar.

Hoje o argentino tem 26 gols sobre os madridistas e pode ser que neste sábado (11), justamente dentro do estádio Di Stefano, aumente esta conta. Serão os seus últimos sobre o arquirrival? Aí é uma história que só o tempo irá responder. Fica, ao menos, a curiosidade de vermos Messi pisando no estádio batizado em homenagem a alguém que, ainda que em outro e tempo e pelo time rival, foi bem parecido a ele, Messi, dentro de campo.