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·15 de maio de 2025
Diniz destaca entrega dos jogadores, fala sobre reforços e elogia Coutinho: 'Indispensável'

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Após estrear pela Sul-Americana, Fernando Diniz foi oficialmente apresentado nesta quinta-feira (15) e concedeu uma entrevista coletiva, na qual falou sobre fatores que motivaram a sua ida ao Vasco, mercado de transferências e virtudes que enxerga na equipe.
Embora a derrota para o Lanús no primeiro compromisso, o técnico elogiou o primeiro tempo feito na Argentina. Diniz ressalta a entrega dos jogadores durante a temporada e aponta pontos a serem corrigidos para colocar o Vasco nos trilhos.
"Futebol, para mim, é onde imprimo os meus conceitos da vida. Tem que ter vida no futebol. Então é muita repetição de treinamento, comprometimento dos jogadores. E uma coisa que me fez vir para o Vasco é que percebo que é um time que trabalha, eu nunca vi má vontade nos jogos do Vasco quando eu assistia. Faltavam outras coisas. E para dar certo, a capacidade de trabalhar e de entrega é um dos fatores fundamentais para que meu trabalho consiga acontecer", avaliou Diniz.
"E eu vejo muito isso aqui, acredito que o primeiro tempo do jogo do Vasco contra o Lanús, de todas as minhas estreias, foi a melhor, o primeiro tempo. Não pelo resultado, que perder é sempre horroroso. Mas no primeiro tempo, de ver conceito de jogo, a boa vontade dos jogadores, a imensa capacidade deles de se esforçarem para entender e ter coragem para aplicar. Jogar lá com o Lanús nunca é fácil e eu acredito que a gente fez um jogo muito coerente. Então o primeiro tempo foi um sinal muito positivo para o Vasco da Gama", completou.
Durante a coletiva, Diniz não poupou elogios a um jogador específico em baixa na Colina: Philippe Coutinho. Para o treinador, o meia é imprescindível no elenco cruzmaltino.
"Acho que é indispensável. Para mim, é uma alegria e uma honra trabalhar com um jogador do quilate dele. Da geração do Neymar é um dos caras mais talentosos que produzimos no Brasil. A carreira poderia ter sido mais brilhante para o jogador que ele é. Conto muito com ele. Nesse jogo, fez boa partida, precisa se soltar. Acredito que ele vai evoluir muito. Sempre um presente para o futebol brasileiro", ressaltou o comandante.
"Outra coisa: é um jogador de uma simplicidade e humildade difícil de enxergar. Já o conheci na Europa, aqui em poucos dias percebe que e um jogador desprovido de vaidade, não faz uso de nada. Parece que está começando hoje, ele acrescenta muito para o Vasco", finalizou.
De forma geral, o treinador também avaliou positivamente as peças do plantel. Diniz falou sobre a necessidade de contratações, mas deixou claro que não indicou nomes para a direção vascaína e que não pretende receber um pacote de reforços.
"Não indiquei absolutamente ninguém, zero. Vamos começar a conversa de maneira mais específica a partir de hoje. Não adianta falar que vamos contratar um monte de jogadores, seria incoerente quando eu digo que tem um bom elenco. Tem um bom elenco. Tem jogador aqui que pode render mais. Pontualmente, temos que acertar nas contratações. Não gosto de contratar muita gente. A chance de acertar em contratação não é fácil, ainda mais com o orçamento que o Vasco tem. Tem que ter bastante cuidado, ser muito criterioso", revelou.
Além das questões táticas, Diniz apontou a necessidade de mudança na questão mental do time. Para o técnico, a queda de rendimento no segundo tempo esteve atrelada ao desânimo após ficar em desvantagem.
"Acredito que temos que atacar todas as frentes. Contra o Lanús, o segundo tempo foi determinante, já falei isso para os jogadores. Fiz eles refletirem. A ideia muito clara que tenho é que o gol com oito minutos foi crucial, a gente não começou segundo tempo mal, começou igual o primeiro. Quando tomou gol, o time perdeu energia, gerou desconfiança. A gente já tinha mostrado que podia ganhar. Quando tomou o gol, parece que desistimos de ganhar", apontou.
"Jogar como jogamos o primeiro tempo lá não é fácil, tem mais aspectos positivos do que negativos. O que temos que fazer? Time não pode desmontar quando toma o gol, futebol é como a vida. Poderia criar mais ânimo, vamos virar o jogo. Se tivesse virado o jogo, seria muito mais legal. A gente vai aprender com esse momento adverso, temos que trabalhar muito essa parte. Esses momentos de descida no futebol temos que saber melhorar, vão nos ensinar muitas coisas para fazer um time forte", complementou.
Na sua segunda passagem pelo time carioca, Fernando Diniz relembrou a sua a sua relação com o clube. O técnico comandou o Vasco por 12 jogos, em 2021, antes de assumir o Fluminense.
"Eu quis muito vir ao Vasco, todo mundo sabe, as coisas até vazam muito aqui, que eu quis muito vir para cá. Eu tenho muito a acrescentar, essa é a base fundante do meu trabalho, a relação que estabeleço com jogadores. Quanto à torcida, é o maior trunfo do Vasco. É uma torcida diferente. A gente precisa fazer com que o time corresponda ao anseio da torcida para criar uma conexão. Uma das minhas funções é essa, que o time consiga se conectar à torcida. É uma torcida muito diferente", disse Diniz
"Estive aqui dois meses, mesmo numa Série B. Lembro que quando joguei aqui contra, década de 90, jogar em São Januário era a coisa mais linda, torcida cantando, tocavam as músicas. Então a torcida é diferente. Na Série B, parece que fiquei aqui dois anos, tanto pela intensidade da torcida quanto das pessoas. A gente se gosta. Para mim foi muito fácil querer voltar para cá, eu espero que as coisas possam andar bem", relembrou.