AVANTE MEU TRICOLOR
·09 de outubro de 2025
Dirigentes do São Paulo, árbitros e Vitor Roque são denunciados pelo STJD e podem pegar pena dura após clássico polêmico

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·09 de outubro de 2025
O polêmico clássico entre São Paulo e Palmeiras no último domingo (5) pelo Brasileirão ainda tem muitos desdobramentos. Desta vez, o STJD formalizou uma denúncia conjunta por uma série de fatos ligados ao Choque-Rei disputado no Morumbi.
Entre os indiciados, estão dois dirigentes do Tricolor, o diretor de futebol Carlos Belmonte e o executivo Rui Costa. Ambos foram enquadrados por xingar a equipe de arbitragem do clássico, como relatado na súmula por Ramon Abatti Abel.
“Informo que no final do jogo, no túnel de acesso aos vestiários, próximo à porta do vestiário da arbitragem, se encontrava o sr. Carlos Belmonte, diretor de futebol da equipe do São Paulo FC, que de maneira ofensiva proferiu as seguintes palavras: ‘filma ele, a vergonha dele aí, o VAR não veio’”, relatou o juiz já afastado.
“Informo ainda que ao seu lado se encontrava o sr. Rui Costas (sic), diretor executivo de futebol do São Paulo FC, que de maneira ofensiva proferiu as seguintes palavras: ‘vai tomar no cu, uma vergonha’. Informo que ambos foram identificados pelo delegado da partida”, completou Abatti Abel.
A procuradoria apontou que Rui Costa e Belmonte “proferiram expressões ofensivas e desrespeitosas” à arbitragem. A dupla do Tricolor pode ser punida de 15 a 180 dias, segundo informado primeiramente pelo portal UOL. Além dos são-paulinos, árbitros e o atacante Vitor Roque, do Palmeiras, também foram denunciados pelo tribunal.
O árbitro Ramon Abatti Abel e o VAR Ilbert Estevam da Silva foram enquadrados por “deixar de observar as regras da modalidade”, como prevê o artigo 259 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). Eles também podem pegar gancho de 15 a 120 dias.
“Não se trata de hipótese de meros equívocos inseridos no campo de discricionariedade técnica da arbitragem, mas sim um conjunto de erros notórios e grosseiros, conforme reconhecido a partir da reação da própria Comissão de Arbitragem da CBF, que afetam diretamente o pleno desenvolvimento do espetáculo esportivo, o resultado de partidas e, ao fim, a própria higidez dos campeonatos”, disse o STJD.
Por fim, Vitor Roque, que fez postagem homofóbica após a partida, foi enquadrado no artigo 243-G, que trata de discriminação, e prevê pena de cinco a dez partidas.
O atacante rival postou uma imagem sugerindo um tigre devorando um cervo, uma alusão ao seu apelido, ‘Tigrinho’, e como pejorativamente homossexuais são chamados no meio do futebol. Menos de uma hora depois da infeliz postagem, o jogador apagou a postagem.
“Ao associar o símbolo do adversário à figura de um ‘veado’ em tom de escárnio e menosprezo, ultrapassa os limites da rivalidade esportiva, configurando ato desdenhoso e ultrajante relacionado a preconceito em razão de sexo e orientação sexual”, apontou a denúncia da procuradoria.