Disputado por México e EUA, Ricardo Pepi teve uma estreia fabulosa pela seleção americana, aos 18 anos | OneFootball

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·09 de setembro de 2021

Disputado por México e EUA, Ricardo Pepi teve uma estreia fabulosa pela seleção americana, aos 18 anos

Imagem do artigo:Disputado por México e EUA, Ricardo Pepi teve uma estreia fabulosa pela seleção americana, aos 18 anos

Ricardo Pepi foi protagonista de uma disputa recente entre Estados Unidos e México. O atacante de 18 anos tem origens mexicanas, nasceu no Texas e cresceu bem na fronteira entre os dois países. Diante de seu sucesso com o FC Dallas, o prodígio recebeu convites para defender as duas seleções, mas acabou mesmo optando pela equipe americana. E sua estreia no nível principal não poderia ser mais impactante: Pepi marcou um gol e deu duas assistências na vitória por 4 a 1 sobre Honduras, de virada, que manteve o US Team na zona de classificação à Copa do Mundo neste encerramento da Data Fifa.

Pepi conviveu com as duas culturas ao longo de sua infância. O atacante vivia em El Paso, mas cruzava a fronteira regularmente para visitar a família mexicana em Ciudad Juárez. Dentro de campo, porém, sua carreira se desenvolveu mesmo no “soccer”. O prodígio logo se juntou às categorias de base do FC Dallas e passou pela estrutura formativa do clube, inclusive atuando na filial. Já em 2019, com apenas 16 anos, o centroavante ganhou a chance de estrear pela equipe principal do FC Dallas e se tornou o atleta mais jovem a defender a franquia.


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Neste mesmo momento, Pepi indicava sua preferência pelos Estados Unidos entre as seleções. Ele chegou a treinar com a seleção sub-17 do México, mas faria o mesmo com o US Team e acabaria convocado para o Mundial da categoria de 2019. Naquele momento, todavia, o novato era apenas uma promessa. A disputa entre as duas seleções por seus serviços aumentou nos últimos meses, diante de seu sucesso no FC Dallas. Na temporada passada, Pepi anotou alguns gols esporádicos, mas acabou como herói na vitória sobre o Portland Timbers nos playoffs, com um tento nos acréscimos do segundo tempo que empataria o duelo e seria essencial para a classificação nos pênaltis. Já em 2021, o garoto figura entre os artilheiros da MLS.

Pepi soma 11 gols em 21 aparições na atual edição da Major League Soccer. E o detalhe é que ele começou como reserva do FC Dallas, até ganhar a posição e não sair mais. O centroavante chegou a anotar uma tripleta contra o Los Angeles Galaxy, tornando-se o mais novo na história da liga a balançar as redes três vezes num mesmo jogo, e vinha emendando boas atuações. Assim, virou um nome quente para a Data Fifa. O México ainda tinha esperanças de convencê-lo, mas o adolescente preferiu mesmo continuar a vestir a camisa da seleção americana no nível principal.

“Cresci em uma parte singular dos EUA. Morar em El Paso e ter minha família em Ciudad Juárez significava que todas as semanas eu cruzaria a fronteira para visitar amigos e familiares. Cresci sempre imerso em minha herança mexicana. Amo tudo sobre minha cultura, meu povo, minha comida e tenho muito orgulho de ser mexicano-americano. É algo que nunca vai ser tirado de mim, não importa em qual seleção eu jogue”, escreveu, em seu anúncio de que optaria pelo US Team.

“Ao mesmo tempo, nasci e fui criado nos Estados Unidos. Esse país deu um lar à minha família e possibilidades infinitas de alcançar meus sonhos. Ele me apoiou, me levantou e me mostrou que, quando você trabalha duro, será recompensado. Tenho muito orgulho de ser chamado para ajudar o USMNT a se classificar para a Copa do Mundo de 2022. Isso significa o mundo para mim. Qual a melhor maneira de ajudar o time para um dia conquistarmos o Mundial? Eu me sinto muito bem recebido e mal posso esperar para mostrar que mereço estar aqui”, completou.

O anúncio de Pepi aconteceu logo após o All-Star Game, que neste ano reuniu os melhores jogadores da MLS contra os da Liga MX. Foi exatamente dele o gol que deu a vitória nos pênaltis à liga americana. E, na seleção, o centroavante não demorou a ganhar uma chance. Reserva nos empates contra El Salvador e Canadá nas Eliminatórias, o prodígio estrearia diante de Honduras, e logo como titular – após Josh Sargent e Jordan Siebatcheu serem usados nos compromissos anteriores. A confiança do técnico Gregg Berhalter foi recompensada, com uma noite decisiva de Pepi.

Honduras dominou o primeiro tempo e foi para o intervalo em vantagem, graças a um gol de Brayan Moya. Todavia, a reviravolta americana aconteceu na etapa complementar. Pepi comandou sua equipe. Primeiro, o centroavante deu a assistência para Antonee Robinson empatar. Depois, ele mesmo se encarregou de conferir a cabeçada que decretou a virada. Pepi também deu o passe para Brenden Aaronson anotar o terceiro. Por fim, nos acréscimos, Sebastian Lletget fechou a contagem aproveitando um rebote do chute de Pepi. Não precisa de muito para dizer quem foi o melhor em campo.

O resultado foi importante não apenas por deixar os Estados Unidos na zona de classificação, mas também pela dificuldade de se encarar Honduras em San Pedro Sula. Nas duas últimas edições das Eliminatórias, os americanos haviam tropeçado em solo hondurenho. Enquanto isso, Pepi se coloca como um nome para ficar de olho no futuro. O atual elenco do US Team chama atenção pela juventude. Christian Pulisic é o protagonista com 22 anos, enquanto a maioria de seus companheiros no setor ofensivo é ainda mais nova. Pepi engrossa essa lista, e logo demonstrando que não sentiu o peso da responsabilidade.

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