MundoBola Flamengo
·28 de novembro de 2025
Dívida do Corinthians com governo tem enorme aumento em 2025

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A dívida do Corinthians com a União Federal registrou um salto expressivo nos últimos 12 meses, ultrapassando a marca dos R$ 580 milhões, segundo dados apurados pela "ESPN".
A Procuradoria Geral da Fazenda Nacional confirmou o valor na Lista de Devedores, indicando que o clube tem hoje R$ 580.137.712,81 inscritos na Dívida Ativa. O montante representa um acréscimo superior a R$ 400 milhões em relação ao período equivalente de 2023.
No mesmo mês do ano passado, o total devido pelo Corinthians estava em R$ 181.702.097,08, o que evidencia a disparada recente dos débitos. Desse valor acumulado atualmente, R$ 479,3 milhões correspondem a tributos não pagos, enquanto R$ 85,2 milhões dizem respeito a pendências previdenciárias. Há ainda outros R$ 15,6 milhões relacionados ao FGTS, igualmente em aberto.
A União acionou o clube na Justiça para cobrar parte desses valores, e alguns processos já acumulam cobranças próximas a R$ 30 milhões. Essas ações tramitam em instâncias federais e integram o conjunto de pendências que o Corinthians ainda não regularizou ou parcelou. Em todos esses casos, tratam-se exclusivamente de créditos públicos que não foram quitados ou negociados pela instituição.
Quando comparado a outros clubes paulistas, o número impressiona. O Palmeiras, por exemplo, aparece com cerca de R$ 10,6 milhões em débitos semelhantes, enquanto o São Paulo registra algo próximo de R$ 3,2 milhões. Já o Santos acumula pouco mais de R$ 1,3 milhão.
Esses valores, porém, não representam a totalidade da dívida do clube com o governo, mas apenas a parte vencida e que não passou por acordos de parcelamento. A inclusão desses débitos na Dívida Ativa indica que não houve quitação nem negociação formal. Em situações assim, o contribuinte, no caso, o clube, fica sujeito a restrição de crédito, bloqueios judiciais e até perda de patrimônio em leilões.
A legislação permite que, diante da persistência das dívidas, bens do clube sejam utilizados para quitar parcialmente os débitos. Isso inclui desde valores em contas até patrimônios físicos. O Corinthians, com isso, enfrenta um cenário fiscal delicado, que exige negociações urgentes para evitar o agravamento das penalidades e preservar sua capacidade operacional nos próximos anos.
Além das dívidas federais já inscritas, o clube enfrenta uma série de outros compromissos financeiros de grande impacto. Com a Caixa Econômica Federal, referente ao financiamento da Neo Química Arena, o Corinthians tem um débito estimado em aproximadamente R$ 675 milhões. Esse valor envolve amortização, juros acumulados e correções contratuais do financiamento do estádio.
No âmbito da Justiça cível, o clube ainda tentou renegociar, no regime do RCE (Regime Centralizado de Execuções), um conjunto de pendências que somam cerca de R$ 367 milhões. Essas obrigações envolvem disputas judiciais, acordos descumpridos e cobranças diversas, ampliando o total da dívida geral da instituição.
Somando todos os compromissos, a dívida total corintiana ultrapassa R$ 2,7 bilhões. Em resposta à "ESPN", o Corinthians afirmou que trabalha para reestruturar parte desses débitos por meio de uma transação tributária, além de declarar que ainda não recebeu citação oficial referente às novas cobranças judiciais feitas pela União.









































