Dívida do Vasco com Felipe Loureiro gera suspeitas de sócios sobre valores e gestão do clube | OneFootball

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Um grupo de sócios do Vasco levantou questionamentos acerca da dívida do clube com Felipe Loureiro. Eles apontam “variações significativas nos valores” relacionados ao crédito do ex-jogador, que mantém uma ação judicial contra o clube carioca desde 2013, período que coincide com a entrada de Pedrinho na presidência do clube.

Diante disso, os sócios encaminharam um ofício no final de maio direcionado ao presidente do Vasco, ao CEO Carlos Amodeo, bem como aos conselhos fiscais do clube e da Sociedade Anônima do Futebol (SAF). No documento, eles solicitam esclarecimentos sobre as divergências nos montantes apresentados.

Por sua vez, o clube Cruz-Maltino esclareceu que a redução no valor da dívida decorre de um acordo firmado durante o processo de mediação com os credores, explicando assim as variações apontadas.

O ex-atleta Felipe Loureiro entrou com a ação judicial contra o clube após sua última passagem pelo Vasco, que ocorreu entre 2010 e 2012. Durante esse período, ele disputou 110 partidas, marcou 13 gols e conquistou o título da Copa do Brasil em 2011. Ao longo dos anos anteriores à gestão de Pedrinho, o ex-jogador recebeu aproximadamente R$ 4,7 milhões referentes a essa dívida, pagos em parcelas.

ORDEM DOS FATOS

A dívida de Felipe Loureiro com o Vasco tem origem em sua passagem pelo clube entre 2010 e 2012. Em 2013, o ex-jogador ajuizou uma ação trabalhista e firmou um acordo com o clube no valor de R$ 3 milhões. Contudo, em 2014, o Vasco não cumpriu os temos do acordo, o que resultou em penalidades para o clube. No ano seguinte, em 2015, foi proposto um novo acordo, que acabou sendo descumprido em 2018. Devido ao não pagamento, o valor da dívida praticamente dobrou.

Em 2022, Felipe retornou a cobrança judicial, entrando com uma execução para receber o saldo devedor, que chegou a R$ 2.427.993,17. Entretanto, uma recente mudança no entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre os critérios de atualização monetária impactou diretamente esse valor. Após análise do contador da Justiça do Trabalho, o montante correto devido pelo Vasco foi recalculado para R$ 519.298,32.

O histórico de descumprimentos de acordos financeiros foi uma prática recorrente em gestões anteriores do clube, contribuindo de forma significativa para o crescimento do passivo do Vasco ao longo doa anos.