Do futebol universitário da NCAA à MLS: tudo sobre o SuperDraft 2026 nos Estados Unidos

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Território MLS

·19 de dezembro de 2025

Do futebol universitário da NCAA à MLS: tudo sobre o SuperDraft 2026 nos Estados Unidos

O SuperDraft 2026 da MLS está completo. Para quem não conhece o sistema, o draft é um processo amplamente conhecido no esporte norte-americano, especialmente na NBA e na NFL. Ao longo dos anos, jogadores de projeção internacional passaram por esse sistema, como Stephen Curry, Kareem Abdul-Jabbar, Michael Jordan e Tom Brady.

Embora seja mais associado ao basquete e ao futebol americano, o draft também faz parte do futebol há anos. Em 2013, o FC Dallas selecionou o jovem Walker Zimmerman, da pequena universidade Furman, na Carolina do Norte, na sétima escolha do Draft atrás de jogadores que não tiveram o mesmo impacto na liga ou no futebol dos Estados Unidos. Em uma carreira mais do que bem-sucedida, Walker acabou não saindo dos Estados Unidos, e se firmou como um dos melhores zagueiros nascidos no país.

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E até hoje, com um modelo expandido na MLS, o processo é uma das portas de entrada para atletas oriundos do futebol universitário.

Walker Zimmermann com a camisa do Nashville, após assinar como Jogador Designado da equipe do Tennessee (Reprodução/ Instagram Walker Zimmermann)

Neste ano, as coisas não poderiam ter sido diferentes. O draft da temporada de 2026 foi realizado nesta quinta-feira, com 90 jogadores selecionados, em contraste com 2013, quando apenas 38 foram selecionados em 2 rounds.

Como funciona o processo do draft da MLS

O formato do draft da MLS segue uma lógica semelhante à de outras ligas norte-americanas. Em cada rodada, os clubes fazem suas escolhas começando pelas equipes de pior desempenho na temporada anterior e terminando com as de melhor campanha.

O objetivo é equilibrar a competição, oferecendo vantagem inicial aos times que tiveram menos sucesso.

A ordem do draft é definida da seguinte forma:

Primeiro: clubes que não se classificaram para os playoffs, ordenados do menor para o maior número de pontos na temporada regular.
Depois: clubes eliminados nos playoffs, organizados por fase de eliminação e por pontuação obtida.
Por último: o campeão da MLS Cup, que tradicionalmente faz a última escolha.

Cada clube tem direito a três seleções, mas as trocas são permitidas. Essas negociações podem envolver vagas de jogador internacional — limitadas a oito por equipe — ou allocation money, um mecanismo da MLS que permite maior flexibilidade salarial na montagem do elenco.

Quem pode ser selecionado no draft

No MLS SuperDraft 2026, estavam elegíveis:

Jogadores universitários a partir do segundo ano (sophomores);
Atletas do programa Generation Adidas;
Jogadores que deixaram a universidade nos últimos 12 meses para atuar profissionalmente nos EUA;
Outros atletas disponibilizados pela liga, como seniors universitários e internacionais pré-contratados.

Nenhum jogador pode ser draftado mais de uma vez. Caso algum seja escolhido no SuperDraft 2026 e opte por retornar à universidade ou já tenha assinado contrato profissional, perde a elegibilidade futura.

Quantos jogadores cada clube selecionou no SuperDraft 2026

Colorado Rapids – 8
Orlando City – 5
D.C. United – 4
FC Dallas – 4
Real Salt Lake – 4
Houston Dynamo FC – 4
New York City FC – 4
Sporting Kansas City – 3
Portland Timbers – 3
Inter Miami CF – 3
Vancouver Whitecaps FC – 3
Minnesota United FC – 3
New England Revolution – 3
Atlanta United – 3
LA Galaxy – 3
Charlotte FC – 3
San Diego FC – 3
Seattle Sounders FC – 2
CF Montréal – 2
Austin FC – 2
Columbus Crew – 2
Nashville SC – 2
Toronto FC – 1
San Jose Earthquakes – 1
FC Cincinnati – 1

Top 10 do MLS SuperDraft 2026

Nikola Markovic – NC State – D.C. United
Ricky Louis – Georgia Southern – FC Dallas
Nicholas Simmonds – Virginia – FC Dallas
Kwaku Agyabeng – Clemson – Sporting Kansas City
Harvey Sarajian – Wake Forest – Orlando City
Mamadou Billo Diop – Colorado Rapids 2 – Colorado Rapids
Zack Lillington – UC Davis – St. Louis CITY
Richie Aman – Washington – D.C. United
Nolan Miller – Michigan – Orlando City
Mitchell Baker – Georgetown – Colorado Rapids

A lista completa está disponível no site oficial da MLS.

Jogadores que saíram do futebol universitário e marcaram época

Apesar de ter menor prestígio em comparação com outros esportes, o draft continua sendo um caminho relevante para a descoberta de talentos na MLS. Além de Walker Zimmerman, outros nomes que vieram do college soccer deixaram impacto significativo incluem:

Clint Dempsey

Formado pela Furman University, foi draftado em 2004. Teve uma carreira sólida na Europa, com passagens por Fulham e Tottenham, além de protagonismo no Seattle Sounders. Soma mais de 130 jogos pela seleção dos EUA.

Oguchi Onyewu

Revelado pela Clemson University, construiu uma extensa carreira no futebol europeu e foi um dos principais zagueiros da seleção americana por mais de uma década, participando das Copas de 2006 e 2010.

Jack Harrison

Atuou pela Wake Forest em 2015 e foi draftado pelo New York City FC em 2016. Após duas boas temporadas na MLS, transferiu-se para o Leeds United, onde consolidou sua carreira na Europa.

Max Arfsten

Revelado pela UC Davis, foi escolhido no SuperDraft de 2023 pelo Columbus Crew. Em pouco tempo, tornou-se peça-chave do elenco e passou a figurar nas convocações da seleção americana, com chances reais de disputar sua primeira Copa do Mundo.

Tim Ream

Formado pela Saint Louis University, foi draftado pelo New York Red Bulls em 2010. Após duas temporadas na MLS, seguiu para o futebol inglês, onde atuou pelo Bolton Wanderers e pelo Fulham, além de uma longa trajetória na seleção.