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·03 de novembro de 2025
Dorival ganha homenagem da TV Gazeta pelo 1.000º jogo e faz balanço da carreira

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·03 de novembro de 2025

Dorival Júnior foi homenageado pela TV Gazeta neste domingo. O atual treinador do Corinthians recebeu uma placa especial pela marca de mil jogos e falou sobre a sua trajetória no futebol, próximos objetivos e até possível aposentadoria.
O feito foi atingido na partida contra o Atlético-MG, no último dia 18 de outubro, pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Timão venceu por 1 a 0 na Neo Química Arena. Em entrevista exclusiva à Gazeta Esportiva, Dorival celebrou a marca.
“Fico muito feliz [pela marca]. Primeiro agradeço pelo carinho da homenagem, não é fácil. Todos nós vivemos em uma profissão cujo prazo de validade é curto. Eu fico muito feliz de estar completando um número como esse, com o aproveitamento que tivemos, mais de 60%, conhecendo todas as regiões do país por todos os clubes que passei. Para mim é prazeroso, um momento que valorizo muito. Agradeço a todos que fizeram parte disso, aos diretores e torcedores que confiaram no meu trabalho e, acima de tudo, aos atletas que me ajudaram a construir essa história”, disse o treinador.

(Foto: André da Silva Costa/Gazeta Press)
Aos 63 anos, Dorival valoriza suas conquistas e os resultados obtidos ao longo de sua carreira. Ele, porém, não está satisfeito, mesmo após atingir o ápice: comandar a Seleção Brasileira. O técnico avalia sua trajetória como positiva, mas se diz motivado por mais e em busca de crescimento.
“Tranquilo, motivado, sempre buscando um crescimento. Foram 14 conquistas e cinco vices. Acho que não é para qualquer um esses números, ainda mais em um país como o nosso, onde o imediatismo nos tira possibilidades reais de montarmos, corrigirmos e buscarmos os resultados. Normalmente, você passa apenas por uma dessas etapas no futebol brasileiro”, afirmou.
O comandante também relatou ter vivido diferentes experiências no futebol e se vê preparado para “qualquer situação”. Ele ainda falou sobre sua relação com jovens das categorias de base dos clubes por onde passou.
“Até 2010 eu montei equipes, cheguei em clubes que tínhamos apenas quatro atletas no início do ano e de repente tínhamos um time competitivo, disputando e conquistando campeonatos regionais. Depois peguei algumas equipes em zona de rebaixamento, foi um pouco diferente, trabalhos difíceis. Não deixamos de alcançar grandes resultados, isso tem um valor muito grande. Me preparei de uma forma para que eu pudesse enfrentar qualquer situação, tendo ou não contratações, na maioria das vezes não tive, em condições de fazer aquilo que eu gostaria. Eu passei a valorizar muito mais as categorias de base do que propriamente os reforços, isso foi muito satisfatório”, contou.
“Na última Copa do Mundo, vi atletas que iniciaram ou passaram em algum momento pela minha trajetória, isso também é motivo de satisfação, você ver que o trabalho caminha não só com resultados, mas com uma marca que valoriza muito o que foi a minha carreira: dar oportunidade a atletas que estão buscando um caminho para as suas carreiras”, completou.
Aposentadoria é algo que ainda está distante dos planos de Dorival Júnior. Ele acredita que ainda é cedo para deixar a beira do gramado e pretende esticar um pouco mais sua carreira.
“Não, ainda é cedo. Logo que parei, em 2000, fiz três anos como auxiliar. Fui auxiliar do Luiz Carlos Ferreira por dois anos e meio, depois fiquei meio ano como auxiliar do Muricy Ramalho. Na metade de 2003, assumi o Figueirense e dei início à minha carreira profissional. Fiquei de quatro a cinco anos parado, alguns espaços dentro da carreira, mas se eu colocar no papel tudo o que aconteceu, só tenho a agradecer. Vou continuar me preparando para que eu possa estender um pouco mais essa carreira e dar o melhor pelos clubes que eu estiver à frente”, declarou.
Ao todo, Dorival comandou 21 clubes do Brasil. Da atual Série A, por exemplo, ele já chegou a treinar 14 das 20 equipes.
O treinador também conta com uma extensa lista de troféus. Já foram 14 conquistas. Entre os principais títulos, estão os Paulistas de 2010 e 2016, as Copas do Brasil de 2010, 2022 e 2023, além da Copa Libertadores de 2022 pelo Flamengo.
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