Deus me Dibre
·28 de setembro de 2021
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FOTO: BRUNO HADDAD / CRUZEIRO E.C.
No fim de junho o Cruzeiro anunciou a chegada do novo diretor de futebol, Rodrigo Pastana, que substituiu André Mazzuco, acertado com o Santos. Com a iminência de ser punido pela FIFA com o transfer-ban devido ao não pagamento de aproximadamente R$ 13 milhões pela compra dos direitos econômicos do atacante Riascos (R$ 6 milhões ao Mazatlán, antigo Monarcas Morélia, do México) e do meia Arrascaeta(R$ 7 milhões ao Defensor, do Uruguai), o executivo agiu rápido no mercado e anunciou a contratação de sete jogadores.
No período entre o fim de junho e o início de julho, chegaram os zagueiros Rhodolfo e Léo Santos, os laterais Norberto e Jean Victor e os atacantes Wellington Nem, Keké e Dudu, o último sequer foi anunciado pelo clube e apenas registrado no BID. Após quase três meses da chegada desses nomes, o time não apresentou melhora significativa na tabela de classificação.
O clube ocupava a 13ª colocação na 8ª rodada que marcou a estreia dos contratados. Dezoito rodadas depois, apenas Wellington Nem se tornou uma peça importante na equipe de Luxemburgo e o time figura em 14ª, com 31 pontos. Constantes ausências por problemas físicos e baixo rendimento técnico marcaram a participação das outras novidades no elenco.
Norberto, Jean Victor e Léo Santos foram os primeiros a estrear, na partida contra o Guarani, pela 8ª rodada, ainda sob o comando do ex-técnico Mozart, que comandou a Raposa durante 13 rodadas. Norberto teve uma sequência de 12 jogos pelo time até sofrer uma lesão muscular na parte posterior da coxa direita durante o jogo contra o Confiança, pela 20ª rodada. Desde então não entra em campo, somando pouco mais de um mês de ausência. Não marcou gols nem deu assistências. Viveu altos e baixos durante os jogos e não conseguiu se firmar como titular absoluto.
Jean Victor voltou a figurar entre os relacionados na derrota para o CSA, no último domingo, após desfalcar o time por oito partidas. O lateral não entra em campo desde o empate contra o Sampaio Corrêa, pela 18ª rodada, devido a um desgaste muscular. Em nove jogos pelo Cruzeiro, não marcou gol nem deu assistências. O caso mais emblemático é do zagueiro Léo Santos. Contratado junto ao Ituano, estreou fazendo gol no empate diante do Guarani, no Mineirão, fez quatro jogos em sequência e perdeu espaço. Depois de atuar contra o Avaí, na 12ª rodada, entrou em campo contra o Londrina (15ª) e só voltou a atuar contra o CSA, no último domingo, 11 jogos depois. A preferência de Luxemburgo pela dupla Ramon e Eduardo Brock reduziram a minutagem do zagueiro, que não apresentou um rendimento ruim nos jogos que disputou.
Das sete contratações feita por Pastana, apenas Wellington Nem se tornou peça importante no time de Luxemburgo. Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro
O experiente zagueiro Rhodolfo, de 35 anos, foi contratado com a obrigação de ajustar o problema crônico sofrido pela defesa da Raposa, até então a pior do campeonato. Contudo, o histórico de lesões e o longo tempo de inatividade levantavam dúvidas sobre sua sequência na Série B. Estreou no empate por 3 a 3 contra o Botafogo na 11ª rodada e fez quatro jogos na sequência até ter detectado um edema na panturrilha após o empate em 0 a 0 contra o Vila Nova-GO, na 14ª rodada, seu último jogo pelo clube. Voltou a ser relacionado contra Vitória (17ª rodada) e Confiança (20ª rodada) e, por desgaste muscular, novamente se ausentou. Retornou ao banco de reservas contra Vasco e CSA, mas não foi utilizado por Luxemburgo. Fez até o momento quatro jogos pelo Cruzeiro.
Wellington Nem se firmou como uma contratação que realmente trouxe benefícios ao time. Apesar da desconfiança do longo tempo de inatividade e apenas dois jogos feitos durante 2020 e 2021, o atacante entrou com personalidade na equipe e virou peça fundamental de Luxemburgo. Foram 15 jogos disputados e duas assistências. Porém, é ausência desde o confronto contra o Vasco, na penúltima rodada, devido a uma lesão muscular na coxa direita.
Contratado sem anúncio oficial, Dudu foi registrado no BID após disputar o Campeonato Paulista A3 pelo Primavera e foi classificado pela diretoria como “uma oportunidade de mercado” e não haviam planos para ser utilizado na atual temporada. Contudo, ganhou sua primeira oportunidade ainda com o ex-técnico Mozart, na derrota diante do Remo. Com Luxemburgo, atuou mais cinco vezes, sem nunca conseguir mostrar os motivos que fizeram o clube apostar no seu futebol. Contra o CSA ficou apenas no banco. Em seis jogos não marcou gols nem deu assistência.
Por fim, Keké terá a oportunidade de mostrar que foi uma contratação acertada nessa reta final. O atacante não entra em campo desde 29 de maio, quando participou do empate do Tombense com o Paysandu (1 a 1), em Tombos , pela primeira rodada do Grupo A da Série C. Antes disso, marcou seis gols em 10 partidas no Campeonato Mineiro. Passou por uma cirurgia no pé direito e foi tratado nas dependências do clube. Foi relacionado pela primeira vez para o confronto contra o Guarani, na próxima quarta-feira, em Campinas.