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·30 de outubro de 2024

Dunshee diz que Rodrigo Caetano foi um risco no Flamengo para defender ‘conselhinho’

Imagem do artigo:Dunshee diz que Rodrigo Caetano foi um risco no Flamengo para defender ‘conselhinho’

Candidato à presidência do Flamengo, Rodrigo Dunshee defendeu o questionado “conselinho” de futebol. O representante da situação no pleito concedeu entrevista e, ainda que já tenha comentado plano de diretor para gerir o futebol, citou Rodrigo Caetano como exemplo do que entende como perigo de profissionalizar 100% do departamento e manifestou desejo de manter o conselho.

“Pela experiência do passado, profissionalizar 100% do departamento de futebol também é arriscado. Dar poder demais a um diretor, como foi no caso do Rodrigo Caetano, não é legal. É um risco. Então, a gente acha que tem que ter um olhar da diretoria. Esse conselho não funciona muito como as pessoas funcionam. Ele funciona nas contratações de treinador, jogador e durante o ano é mais debate. É importante um olhar sobre essas contratações para a gente ver se o que está vindo está de acordo. Fazer umas perguntas para não ficar muito solto. Queremos manter o conselho do futebol”, disse Rodrigo Dunshee em entrevista a jornalista Raisa Simplicio.


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Rodrigo Caetano, hoje coordenador de seleções da CBF, foi diretor executivo de futebol do Flamengo entre 2014 e o início de 2018. Grande parte desse período com o presidente Bandeira de Mello acumulando a função de VP de futebol, o que deu mais liberdade para o dirigente. Ele enfrentou críticas pelas contrações, tanto por critério quanto por valores, e pelos resultados esportivos aquém do esperado.

Esses provavelmente são alguns dos riscos que Dunshee acredita que o clube corre ao confiar a gestão do futebol a apenas um profissional. Sendo assim, mesmo afirmando que pretende diminuir a influência do vice de futebol e ter um diretor no comando da pasta, discurso presente em todas as campanhas, o candidato quer manter a diretoria próxima ao departamento.

Vale destacar que a gestão Landim recebe críticas justamente por não querer profissionalizar todo o futebol. Além da responsabilidades serem do vice de futebol, um cargo estatutário e ocupado por Marcos Braz nos últimos seis anos, a atuação de um conselho formado por dirigentes amadores é questionada entre torcedores.

O Conselho de Futebol do Flamengo não define nome de atletas, treinadores ou valores a serem gastos em contratações, função exclusiva dos profissionais do clube. O grupo atua para avaliar propostas e estratégias do clube aliadas ao orçamento. Caso seja necessário readequar a previsão para contratar reforços, como aconteceu neste ano, a decisão precisa passar pelo Conselho.

Modelo que recebe questionamentos, pois o clube contratou 11 treinadores em seis anos, ainda sofre com carências no elenco que vão além das lesões e está no segundo ano de resultados esportivos abaixo da expectativa. Não à toa o debate sobre a profissionalizar todo o futebol rubro-negro está em alta.

A eleição do Flamengo

A eleição do Flamengo em 2024 desponta como uma das mais disputadas dos últimos anos. Com três candidatos registrados, e dois que brigam para terem as chapas aceitas, o clube já vive momentos de disputas políticas intensas.

Wallim Vasconcellos entrou com recurso após ter a chapa impugnada pela Comissão Eleitoral. Ele acusa o órgão de estar influenciando o processo eleitoral a favor de Bap, mesma reclamação e motivo para a chapa de Dunshee entrar com recurso contra CPE.

A eleição que definirá o próximo presidente do Flamengo no triênio 2025/2026/2027 acontece no dia 9 de dezembro, segunda-feira, das 8h às 21h, na Gávea. Além de Dunshee e Bap, Maurício Gomes de Mattos concorrer à presidência. Wallim e Pedro Paulo tentam ter as candidaturas aceitas.

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