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André Gonçalves·22 de janeiro de 2019
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André Gonçalves·22 de janeiro de 2019
Os campeonatos estaduais começaram no Brasil e o formato peculiar da temporada futebolística nem sempre é fácil de explicar aos europeus.
Em traços muito simples, o futebol brasileiro divide-se em dois grandes momentos: o futebol regional/local e o campeonato nacional. A temporada começa em Janeiro, com os campeonatos estaduais em que as equipas lutam pelo título regional, defrontando apenas equipas do seu estado. Os formatos das competições variam de estado para estado, mas quase todos decidem o campeão no formato playoff, ou como os brasileiros dizem: mata-mata.
Terminado o estadual, as equipas concentram-se nos campeonatos nacionais, que normalmente começam no final de Abril. Naturalmente, o mais mediático é a Série A do Brasileirão, onde quase todos os emblemas históricos do futebol brasileiro disputam o título de campeão e as qualificações para as competições continentais. A exemplo do que sucede nas principais ligas europeias, a prova é disputada em sistema de pontos corridos.
Embora a dimensão dos dois países seja muito distinta, vale a pena fazer o exercício de imaginar como seriam os “estaduais” em Portugal. Provas de formato curto, divididas por distritos, que coloquem frente-a-frente equipas da Liga NOS, Segunda Liga, Campeonato de Portugal e dos Distritais.
A Onefootball tomou a liberdade de formar as divisões respeitando os seguintes critérios: mínimo de oito equipas e inclusão de clubes na prova estadual de acordo com as atuais classificações nas respetivas competições.
Naturalmente, a demografia assume um papel determinante na constituição dos nossos estaduais, com distritos muito populosos como Porto, Lisboa ou Braga a formarem competições com muitos clubes, enquanto distritos pouco populosos, como Bragança, Portalegre ou Évora teriam dificuldade para ter torneios minimamente competitivos.
Limianos (CP), Vianense (D), Cerveira (D), Valenciano (D), Atlético dos Arcos (D), Ponte da Barca (D), Monção (D), Neves FC (D).
Vitória SC (I), SC Braga (I), Moreirense (I), Famalicão (II), Vizela (CP), Fafe (CP), Merelinense (CP), Torcatense (CP), Maria da Fonte (CP), AD Oliveirense (CP), Caçadores das Taipas (CP), Vilaverdense (CP), Gil Vicente (CP), Berço SC (D), Santa Eulália (D), Pevidém SC (D).
Chaves (I), Montalegre (CP), Pedras Salgadas (CP), Vila Real (D), Régua (D), Vilar de Perdizes (D), GD Cerva (D), Santa Marta (D).
Mirandela (CP), Mirandês (CP), Bragança (D), Carção (D), Carrazeda de Ansiães (D), Águia Vimioso (D), Minas Argozelo (D), Rebordelo (D).
FC Porto (I), Rio Ave (I), Boavista (I), Aves (I), Paços de Ferreira (II), Penafiel (II), Leixões (II), Varzim (II), Trofense (CP), São Martinho (CP), Felgueiras (CP), Gondomar (CP), Amarante (CP), Paredes (CP), Coimbrões (CP), Pedras Rubras (CP), Leça (CP), Canelas 2010 (D).
Feirense (I), Arouca (II), Oliveirense (II), Lourosa (CP), Sp. Espinho (CP), Sanjoanense (CP), Águeda (CP), Gafanha (CP), Cesarense (CP), Anadia (CP), Beira-Mar (D), Bustelo (D).
Tondela (I), Académico (II), Lusitano Vildemoinhos (CP), Cinfães (CP), Penalva de Castelo (CP), Oliveira de Frades (D), Molelos (D), Nelas (D).
Sporting de Mêda (CP), Ginásio (D), Aguiar da Beira (D), Manteigas (D), Vila Cortez (D), Celoricense (D), CD Gouveia (D), Trancoso (D).
Académica – OAF (II), AD Nogueirense (CP), Oliveira do Hospital (CP), Clube Condeixa (D), Naval (D), Pampilhosense (D), Sourense (D), Vigor da Mocidade (D).
Sporting da Covilhã (II), Benfica e Castelo Branco (CP), ARC Oleiros (CP), Sertanense (CP), Alcaíns (CP), Vitória Sernache (D), Pedrógão (D), Águias do Moradal (D).
União de Leiria (CP), Caldas (CP), Peniche (CP), Marinhense (D), GRAP (D), Portomosense (D), Sporting de Pombal (D), GD Pelariga (D).
Fátima (CP), Mação (CP), Coruchense (D), União Santarém (D), União Almeirim (D), Amiense (D), Cartaxo (D), Atlético Ouriense (D).
Mosteirense (D), Eléctrico (D), Crato (D), Fronteirense (D), Portalegrense (D), Gavionenses (D), Castelo de Vide (D), Gafetense (D).
Benfica (I), Sporting (I), Belenenses-SAD (I), Estoril (II), Mafra (II), Vilafranquense (CP), Sintrense (CP), Torreense (CP), Loures (CP), Santa Iria (CP), Alverca (CP), Real SC (CP), Oriental (CP), Casa Pia (CP), 1º de Dezembro (CP), Sacavenense (CP), Pêro Pinheiro (D), Atlético da Malveira (D).
Vitória FC (I), Cova da Piedade (II), Amora (CP), Montijo (CP), Pinhalnovense (CP), Fabril (D), Barreirense (D), Vasco da Gama Sines (D).
Redondense (CP), Atlético Reguengos (D), Lusitano Évora (D), Estrela Vendas Novas (D), Monte Trigo (D), Sporting Viana (D), U. Montemor (D), Juventude Évora (D).
Moura (CP), Vasco da Gama Vidigueira (CP), Aljustrelense (D), Piense (D), Penedo Gordo (D), Aldenovense (D), Praia Milfontes (D), Odemirense (D).
Portimonense (I), Farense (II), Olhanense (CP), Louletano (CP), Ferreiras (CP), Armacenenses (CP), Moncarapachense (D), Imortal (D).
Marítimo (I), Nacional (I), União da Madeira (CP), Câmara de Lobos (D), Caniçal (D), Camacha (D), Pontassolense (D), Portosantense (D).
Santa Clara (I), Praiense (CP), Sporting Ideal (CP), Angrense (CP), Fontinhas (CA), Lusitânia dos Açores (CA), Rabo Peixe (CA), Marítimo da Graciosa (CA).
Dada a dimensão geográfica e demográfica de Portugal, seria ilógico que uma competição semelhante aos estaduais brasileiros espelhasse a organização territorial do país.
À semelhança do que acontecia há alguns anos com a extinta Segunda Divisão B, seria mais provável que a divisão do país futebolístico se consumasse em três ou quatro áreas apenas. Contudo, para este exercício, decidimos mantermo-nos fiéis à atual divisão territorial por distritos.
Sem grandes surpresas, os “estaduais” de Lisboa, Porto e Braga prometeriam “ferver”. Benfica e Sporting seriam os principais candidatos a vencer o título em Lisboa. Ainda assim, Belenenses-SAD ou Estoril poderiam protagonizar uma surpresa.
No Porto, os dragões são claros favoritos. Contudo, a prova contaria com várias equipas de peso dispostas a contrariar o favoritismo azul-e-branco, com destaque para Rio Ave, Boavista, Paços de Ferreira, Aves ou até Leixões.
Em Braga há dois galos para um poleiro: Vitória e Sporting de Braga. Os dois maiores emblemas do Minho partilham o favoritismo perante a concorrência de Moreirense, Famalicão ou Gil Vicente.
Este artigo foi escrito em português de Portugal
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