Ederson é sincero sobre saída do Manchester City | OneFootball

De volta à Seleção Brasileira após um período marcado por lesões, o goleiro Ederson Moraes falou abertamente sobre o novo momento da carreira.

Agora jogador do Fenerbahçe, da Turquia, o ex-camisa 31 do Manchester City explicou os motivos que o levaram a deixar o clube inglês e celebrou o reencontro com a Amarelinha sob o comando de Carlo Ancelotti.

“Todos os ciclos se encerram. Jogadores vão e vêm, e o clube sempre fica. Foram oito anos maravilhosos com a camisa do City e conquistei 18 títulos, mas eu precisava dessa mudança e de novos ares”, declarou Ederson, em entrevista coletiva na Granja Comary. “Às vezes é bom ter novos desafios na carreira. Isso traz energias positivas. Estou respirando novamente futebol, sentindo a atmosfera dos jogos na Turquia, que é coisa de louco. Estou muito feliz com esse desafio.”

O goleiro revelou que a decisão de sair do City vinha sendo amadurecida há algum tempo. “Numa temporada anterior a essa eu já tinha tentado sair, acabou que não deu certo. Isso influenciou um pouco no meu rendimento, tive cinco lesões e não estive no mais alto nível. Conversei com a família e com o clube, e todos entenderam. Não adianta estar em um time gigante se você não está feliz. Essa mudança era necessária”, explicou.

Antes de acertar com o Fenerbahçe, Ederson buscou informações com conhecidos sobre o futebol turco. “Tive uma breve conversa com o Taffarel, que falou muito bem da cidade, do povo e da cultura. Também conversei com brasileiros que jogaram lá e todos elogiaram o clube. Isso ajudou bastante na decisão”, contou.

Aos 32 anos, o goleiro soma 89 convocações e 29 partidas pela Seleção. Ele volta a defender o Brasil depois de um ano afastado. Sua última partida foi o empate com o Uruguai, pelas Eliminatórias. O retorno, afirmou, vem acompanhado de ansiedade e motivação. “Passar tanto tempo longe gera expectativa e alegria. Estou muito contente com mais uma oportunidade e espero corresponder às expectativas nos treinamentos e nos jogos”, disse.

Sob o comando de Carlo Ancelotti, Ederson tem se mostrado empolgado com o novo ambiente na Seleção. “Ver um treinador tão vitorioso comandando a equipe agrega muito. Ele traz mentalidade vencedora para dentro de nós. Vi de perto o nível de exigência nos treinos, e é o mais alto possível”, destacou.

O goleiro também comentou sobre o estilo de trabalho do italiano. “Ancelotti faz jogos curtos, exige raciocínio rápido, poucos toques na bola. Ele frisa que a equipe precisa ter a posse e ser agressiva. No momento de defender, todos têm que estar juntos e compactos. Esses pequenos detalhes fazem grandes seleções vencedoras”, observou.

De olho na Copa do Mundo de 2026, Ederson reconhece que a disputa por um lugar entre os convocados será intensa. “Nenhum jogador tem vaga garantida, o único que tem é o Ancelotti”, brincou. “Mas a expectativa é grande. Temos um grupo muito bom, com atletas de qualidade, e acredito que ele vai ter dor de cabeça para escolher os 23.”

O Brasil encara Senegal no sábado (15), no Emirates Stadium, em Londres, e Tunísia na terça-feira (18), em Lille, nos últimos amistosos do ano, partidas que marcam o início de um novo ciclo para Ederson, agora em novos ares, mas com o mesmo objetivo: seguir no topo.