Efeito Neymar? Irreconhecível, São Paulo cai de virada para o Santos e perde invencibilidade na temporada | OneFootball

Lucas comemora gol solitário: não deu (Rubens Chiri/SPFC)

RAFAEL EMILIANO@rafaelemilianoo

De um lado, uma equipe invicta na temporada. Do outro, uma que não vencia há quatro rodadas.

Bem, o São Paulo chegou à noite deste sábado (1) na Vila Belmiro esbanjando um favoritismo visível. Mas o Santos parece ter encontrado o adversário com o qual seu jogo casou. E o Tricolor conheceu seu primeiro revés no ano: caiu por 3 a 1, de virada, pela sexta rodada da fase de classificação do Campeonato Paulista.

O cenário prometia ser semelhante ao do último final de semana, na excelente vitória sobre outro rival, o Corinthians. Tempestade, gramado pesado (e que já vinha prejudicado pela festa de apresentação de Neymar)... Por três vezes o horário de início da partida foi alterado. E quando, enfim, ela começou, a noite parecia que ia dar a lógica: era um São Paulo com muita intensidade ante um adversário apostando em uma postura mais truculenta.

Mas desde já o gramado mostrou que seria um empecilho. Aos 7, Luciano saiu livre na cara do gol e chutou... a poça. Fraca, a bola sequer chegou á linha de fundo.

O tempo foi passando e a superioridade são-paulina foi virando água (perdão do trocadilho). Afetado, o time tricolor sentiu o campo pesado e a forte marcação dos mandantes, que aos poucos ia ganhando terreno, apostando, sobretudo, na fragilidade apresentada pelo Tricolor nas laterais. Chuveirinhos a rodo. E alguma emoção.

Isso até aos 34, quando a estrela do Morumbi brilhou. Após cobrança de escanteio de Enzo Díaz, Calleri recebeu na lateral da área e conseguiu tocar para Lucas girar sobre a marcação, chutar e ver a bola entrar nas redes santistas passando sob as pernas do goleiro.

A superioridade no placar dava a impressão que desmobilizaria o jogo santista, mas o efeito foi contrário na volta do intervalo. Não, os mandantes não cresceram de produção. Mas as falhas de marcação do São Paulo proporcionaram um lance de oportunismo castigado pelo empate. Aos 41, também em cobrança de lateral, Guilherme testou, Rafael defendeu bem, mas o rebote voltou a cair nos pés do jogador deles, após vacilos de Sabino e Enzo Díaz, que empurrou com a meta vazia.

A volta do intervalo reservou as insistências. Do Santos em explorar o espaço entrelinhas deixado pelo São Paulo. E do São Paulo em não corrigir o problema. Aos 7, após tabela entre jogadores com total liberdade em uma saída de jogo despretensiosa, Gabriel Bontempo finalizou e virou.

Zubeldía tentava corrigir a questão do meio-campo falho. Mas complicou ainda mais as coisas, tirou Pablo Maia e colocou Ferreirinha. Tentativa de saída de jogo? Ok... Mas o fato é que isso deu ainda mais espaço ao Santos. E aos 25, em mais uma jogada pelo meio-campo com total liberdade, o mandante definiu s coisas, novamente com Guilherme.

Com a desvantagem no marcador, o São Paulo foi às cordas. E já em vantagem na marcação, o Santos apenas voltou à pressão da etapa inicial para anular por completo a proposta de jogo, prejudicada pelo gramado e a cabeça tumultuada pelo placar adverso.

Depois de conhecer o primeiro tropeço do ano, o Tricolor estaciona nos 10 pontos, mas continua na liderança do Grupo C, um à frente do Novorizontino. O clube segue com um jogo a menos em relação aos rivais de chave.

O São Paulo volta a campo para buscar a reabilitação às 19h30 (de Brasília) da quarta-feira (5), quando recebe o Mirassol, no Morumbi.