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Calciopédia
·12 de fevereiro de 2025
Em jogo duro, a Juventus bateu o PSV e largou na frente dos playoffs da Champions League
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·12 de fevereiro de 2025
A mesma edição da Liga dos Campeões ficará lembrada por ser palco dos primeiros três confrontos entre a Juventus e o PSV Eindhoven, dos Países Baixos. Nesta terça, 11 de fevereiro, em duelo válido pela fase de playoffs da competição, os holandeses visavam buscar a revanche em Turim, já que na estreia dos dois times pelo torneio continental, a Velha Senhora ganhou por 3 a 1. Apesar disso, o cenário de setembro se repetiu: 2 a 1 para os mandantes e um passo importante para a classificação às oitavas de final.
Os times se encontraram em posições muito diferentes do cenário apresentado em setembro: a Juve, apesar de ter vencido a terceira partida seguida pela primeira vez nesta temporada, lida com muitas incertezas dentro do seu vestiário e, após a derrota para o Napoli, briga neste momento para se manter entre os quatro primeiros colocados da Serie A. Já os visitantes, atuais campeões nacionais, disputam a o título da Eredivisie ponto a ponto com o Ajax e haviam vencido o líder europeu Liverpool na última rodada da fase de liga da Champions League.
O jogo de ida dos playoffs, em Turim, foi bem mais equilibrado do que o primeiro confronto entre as equipes. Com seu sistema defensivo bastante alterado, Motta foi a campo com Kelly e Veiga como titulares, ao lado de Gatti e Weah, e deu mais minutagem a Douglas Luiz e McKennie, protagonista bianconero até aqui na competição. Com seus cinco gols em três jogos, Kolo Muani deixou, mais uma vez, Vlahovic no banco. O PSV tinha como novidade Perisic, velho rival de Inter, e Schouten, antigo jogador do treinador bianconero no Bologna.
Até os 20 minutos de jogo, apesar de alguns sustos, a Juventus dominava. Com um início muito elétrico de Weah pela direita e muita posse no meio de campo, os italianos pareciam muito ligados no gramado. Já aos 4, o norte-americano arrancou e cruzou forte para a área, obrigando Benítez, goleiro do PSV, a operar sua primeira defesa.
Apesar disso, Saibari, que havia marcado em setembro, respondeu ao ímpeto inicial juventino finalizando próximo ao gol, após a bola sobrar para ele na entrada da área. O marroquino era o mais ativo pelo lado holandês, junto de De Jong, que, sem força, ameaçou Di Gregorio, de cabeça, aos 15. Um minuto depois, foi a vez de González arriscar de fora da área e ver, novamente, o goleiro adversário intervir.
McKennie brilhou novamente e iniciou o triunfo da Juve sobre o PSV (Getty)
De cabeça, Nico voltou a assustar Benítez, mas sem muito perigo. Após algumas trocas, com Di Gregorio sendo bastante ativo no jogo, a Juve reduziu a pressão e não conseguia mais se impor como antes. Foi então que, aos 34 minutos, Gatti arrancou pela direita, conduziu a bola até a área adversária e cruzou, mais uma vez, parando no goleiro argentino. Porém, o zagueiro bianconero insistiu na jogada e, no rebote, encontrou McKennie na entrada da área: o norte-americano mandou um balaço para as redes, abrindo o placar do confronto. Muito questionado, mesmo com boas atuações europeias, o “Texas Boy” vem se transformando em um curinga para Motta, especialmente na Liga dos Campeões. Esse golaço foi o terceiro do polivalente atleta na competição.
O primeiro tempo terminou sem muitas emoções, para além do gol bianconero. Para a segunda etapa, a única mudança foi italiana: Mbangula substituiu Yildiz, que não conseguiu repetir a atuação ao estilo Del Piero na primeira rodada do torneio. Os holandeses não realizaram substituições.
Logo na saída de bola, o PSV já demonstrou sua nova postura e finalizou muito por cima da baliza de Di Gregorio. A partir desse tiro de meta, os holandeses subiram bastante a marcação, dificultando a saída de bola bianconera, ainda bastante desentrosada. Como resposta, quase Mbangula marcou outro golaço, porém, Flamingo, defensor visitante, ex-Sassuolo, efetuou um bloqueio fundamental na hora do chute do ponta. A conclusão do belga saiu de um passe de Weah, que, mais uma vez, deixou o brasileiro Mauro Júnior na saudade. O camisa 22 da Juve também arriscou de longe na sequência, mas o arremate parou nas mãos de Benítez.
Pouco após esse momento de pressão juventina, aos 56 minutos, Perisic, ex-jogador da Inter, recebeu um cruzamento na entrada da área, fez o que quis com Kelly e finalizou no canto de Di Gregorio – um chutaço sem chances para o goleiro italiano, empatando a partida. Na sequência do gol, que foi brevemente revisado pelo VAR e validado mesmo com um toque na mão de Lang no início da jogada, González, outro que não conseguiu repetir a atuação da estreia, deu lugar a Conceição.
A Juventus, assim como em jogos anteriores, sentiu muito o empate adversário. Muitos passes afobados e decisões ruins marcaram este momento da partida. Veiga, tentando compensar os erros defensivos, avançou com perigo aos 62 minutos, driblou todo mundo e, sem jeito, tocou para Kolo Muani, que acabou no chão, sem falta na jogada. Koopmeiners e Thuram entraram nos lugares de McKennie e do capitão Locatelli. Pouco depois, o atacante francês deu lugar a Vlahovic. Peter Bosz, treinador do PSV, respondeu às trocas bianconeras mandando Til e Bakayoko para os lugares de Saibari e Lang.
Yildiz foi substituído no intervalo por Mbangula, que faria o gol da vitória bianconera (Arquivo/Juventus FC)
E, aos 81 minutos, lembrando os melhores momentos da Juventus na temporada, Conceição partiu em velocidade pela direita e tentou cruzar para a área. A bola parou na defesa de Benítez mais uma vez. Porém, no rebote, Mbangula marcou seu primeiro gol na competição e garantiu a vitória em Turim.
O PSV, que parecia conformado com o empate, tentou a todo custo voltar ao confronto. Perisic continuou insistindo, e os holandeses cresceram nos minutos finais. Aos 90, o croata driblou a zaga juventina, mas pecou no cruzamento, cortado por Gatti. Um minuto depois, De Jong desviou para Til, que ficou cara a cara com Di Gregorio, mas Veiga fez um “golaço” ao mandar a bola para escanteio, numa intervenção muito comemorada pelos italianos. A partir desse lance de perigo, o jogo se resumiu à Juve mantendo a posse no campo de ataque.
No último lance da partida, os visitantes tiveram uma falta no meio-campo, que não chegou a ninguém e parou nas mãos do goleiro italiano. Logo em seguida, o árbitro alemão Daniel Siebert apitou o final dos primeiros 90 minutos dos playoffs. A Juventus, como mencionado anteriormente, alcançou sua terceira vitória consecutiva na temporada, considerando todas as competições, reagindo após a dura derrota para o Benfica.
Apesar de mínima, a vantagem para o confronto da próxima semana, no Philips Stadion, em Eindhoven, é muito importante para os bianconeri – que visam alcançar as oitavas, fase que não superam desde 2019. Em busca de uma resposta positiva na temporada, os italianos chegam como favoritos depois do bom jogo de ida. As notícias positivas, mais uma vez, giram em torno da capacidade de decisão de McKennie e da efetividade no ataque, um problema recorrente para Motta. Mas há um lado negativo: com exceção de Gatti e Locatelli, a defesa juventina está extremamente exposta com as novidades Kelly e Veiga, já que Weah, sem a bola, atua como um ala bem mais avançado e, na marcação, não se posiciona de forma tão eficaz.
Os bianconeri não terão descanso nos próximos dias. Antes do jogo de volta com o PSV, receberão, já neste domingo, 16, a Inter para o Derby d’Italia, pela 25ª rodada da Serie A. Um confronto importantíssimo na briga por uma vaga na próxima edição da Champions League. A Velha Senhora terá, portanto, um olho no peixe e outro no gato.