Em meio a polêmicas, CBF discute profissionalização da arbitragem | OneFootball

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A pressão sobre a arbitragem brasileira, intensificada por erros recentes no Campeonato Brasileiro, levou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) a anunciar novas medidas para enfrentar o problema.

O presidente da entidade, Samir Xaud, afirmou nesta quarta-feira (29) que a profissionalização dos árbitros e o uso ampliado de tecnologia estão entre os principais temas em pauta, e que um grupo de trabalho foi criado para propor soluções estruturais.

A decisão surge após uma sequência de lances polêmicos, como o pênalti não marcado para o São Paulo no clássico contra o Palmeiras e o pênalti assinalado para o Bragantino diante do Grêmio, em partidas em que os árbitros foram posteriormente afastados.

O novo grupo de discussão será coordenado pelo presidente da Federação Amapaense de Futebol, Raimundo Góes Netto, e contará com a participação do chefe da Comissão Nacional de Arbitragem, Rodrigo Cintra.

“Ficamos apreensivos com alguns erros, mas estamos trabalhando para melhorar. A criação desse grupo é justamente para tornar o processo mais democrático, envolvendo federações e clubes. O que queremos é aprimorar o futebol brasileiro e o nosso produto”, declarou Xaud, após participar de um evento na Arena do Grêmio, onde entregou a taça da Supercopa do Brasil de 1990 ao clube gaúcho.

O dirigente também abordou a expectativa de modernização da arbitragem com a implementação do impedimento semiautomático, prevista apenas para 2026. Segundo ele, o tema exige “tempo e estudo”, mas faz parte de um planejamento de longo prazo.

“A profissionalização é uma discussão que segue em pauta, sim. É uma questão mais profunda e delicada, que demanda análise técnica. Mas está sendo tratada com seriedade dentro da CBF”, completou o presidente.

Desde o início de sua gestão, Xaud afirma ter retomado investimentos na capacitação e valorização dos árbitros, com programas de educação continuada, treinamentos e atualização tecnológica.

O grupo de trabalho deverá debater, além da profissionalização, temas como formação e gestão da arbitragem, uso de tecnologias e padrões de desempenho. Um relatório com propostas concretas deve ser apresentado à CBF em até 60 dias.

Durante o evento, o dirigente ainda citou outros projetos em andamento, como o fair play financeiro a ser apresentado no dia 26 de novembro, e reafirmou otimismo em relação à Seleção Brasileira, dizendo acreditar que o país “chegará à final da Copa do Mundo de 2026”.