Terra de Zizou
·11 de fevereiro de 2020
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Em meio a uma turbulência interna, o Rennes, atual campeão da Copa da França, joga sua vida na competição nesta terça-feira (11). Os Rubro-Negros vão até Montbéliard, onde enfrentam o Belfort, da 4ª divisão, a partir das 16h55, na aberturas das quartas de final. Apesar de estarem em 3º lugar no Campeonato Francês, o clube viveu um turbilhão de emoções nos últimos dias com a demissão de Olivier Létang da função de presidente executivo.
No mundo das notas oficiais, muitos discursos evasivos. François-Henri Pinault, acionista do Rennes, disse que o clube deu novos passos com Létang, citando a melhor campanha internacional da história na Liga Europa de 2018/2019 e o título da Copa da França na mesma temporada, mas não entrou em detalhes da razão da queda. Létang seguiu a mesma linha. “Vivemos 27 meses intensos, durante os quais o Stade Rennais bateu inúmeros recordes dentro e fora do campo. O Stade Rennais nunca se saiu tão bem no esporte e na economia”, disse.
A apuração do Ouest France foi além. Eram notórios os atritos entre Létang e o técnico Julien Stéphan, da mesma forma que os acionistas questionavam a “onipresença” do ex-presidente executivo em todas as camadas do clube. Além disso, o site pontuou discordâncias quanto ao resultado de contratações do Rennes. Muito dinheiro gasto, pouca entrega em campo foi a conclusão.
No meio desse turbilhão, os Rubro-Negros ficaram no 0 a 0 com o Brest na 24ª rodada da Ligue 1, resultado ruim que lhe afastou da briga por uma vaga na fase de grupos da próxima Liga dos Campeões e que trouxe o Lille para a disputa pela etapa prévia do torneio continental.
Na ‘Copa das Zebras’, o Belfort vem cumprindo bem o seu papel. Apenas em 9º lugar no Grupo A da 4ª divisão, o time amador tem como grandes feitos ter eliminado o Nancy, da 2ª, e mais recentemente o Montpellier, equipe da elite nacional. É o melhor desempenho da história do clube. O sinal de alerta já foi aceso para Stéphan e companhia. “Sem medo, mas muito respeito. Eles são capazes de aumentar seu nível de jogo em uma partida. Contra Montpellier, eles mantiveram 120 minutos e não quebraram fisicamente. É uma equipe com muitos recursos. Teremos que fazer a combinação perfeita”, projetou o técnico do Rennes.
Para o decisivo jogo, um dos mais importantes de sua história, o ASMB saiu de casa. O estádio Roger-Serzian, com capacidade para 5.500 pessoas, ficou de lado para o tradicional Auguste-Bonal, casa do Sochaux e que recebe 20 mil torcedores. Os dois estádios são próximos, apenas 20 quilômetros de diferença, o que não deve atrapalhar o deslocamento dos fãs do Belfort para a histórica partida desta terça-feira.