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Calciopédia

·24 de outubro de 2024

Em noite de protestos, a Roma venceu o Dynamo Kyiv pela Liga Europa, mas não convenceu

Imagem do artigo:Em noite de protestos, a Roma venceu o Dynamo Kyiv pela Liga Europa, mas não convenceu

Na terceira rodada da Liga Europa, a Roma precisava desesperadamente dos três pontos no estádio Olímpico. Com um dos elencos mais capacitados da competição, a equipe da capital italiana ainda não havia vencido no torneio e tinha que reagir contra o Dynamo Kyiv. Numa noite em que a torcida giallorossa mostrou novamente sua insatisfação, como tem sido praxe, a Loba até venceu e subiu na tabela, mas não teve atuação convincente.

Adversário da Roma nesta quinta, 24 de outubro, o Dynamo Kyiv é o líder do Campeonato Ucraniano, mas também chegava pressionado para a partida por conta de sua má situação na Liga Europa. Afinal, somou derrotas para Lazio e Hoffenheim. Além disso, o time treinado pelo ex-goleiro Oleksandr Shovkovskyi tem de lidar com desafios extras trazidos pela guerra em seu país e com a própria juventude de seu elenco, formado principalmente por jogadores da Ucrânia – os únicos estrangeiros são Peikrishvili, da Geórgia, Guerrero do Panamá, e Ceballos, da Colômbia.


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Para a Roma, a crise fora de campo complica ainda mais a temporada. Após uma série de maus resultados na Serie A, o ídolo Daniele De Rossi deixou o comando, o que desencadeou uma sequência de polêmicas. A relação entre torcida e elenco também está desgastada, com acusações de que jogadores como Pellegrini, Cristante e Zalewski contribuíram para a queda do técnico. Ivan Juric, novo treinador, ainda não conseguiu implementar um estilo de jogo claro, e suas escolhas – como a ausência do experiente Hummels na equipe titular – têm aumentado as críticas. Insatisfeitos com tudo isso, incluindo o empate com o Athletic Bilbao e a surpreendente derrota para o Elfsborg, pela Liga Europa, torcedores não pouparam vaias ao trio de atletas e ao professor.

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Num jogo de poucas chances, pênalti sofrido por Baldanzi foi a chave para a vitória da Roma (Getty)

No início do jogo, a Roma apostava suas fichas no artilheiro ucraniano Dovbyk, um dos poucos destaques positivos da temporada até aqui. O time entrou com três zagueiros e alas ofensivos, buscando pressionar, mas sem muita agressividade. O Dynamo Kyiv, por sua vez, se fechava com uma linha de seis defensores, à espera de erros da equipe italiana.

Até os 19 minutos, o jogo foi morno, com a Roma dominando a posse de bola, com 70% dela, mas sem criar chances reais. O Dynamo Kyiv, percebendo a ineficiência ofensiva dos donos da casa, passou a avançar mais. A equipe italiana sofria com a transição lenta, poucas infiltrações e a falta de participação de Pisilli e Baldanzi. Aos 20, a primeira finalização da Roma saiu em um chute fraco do zagueiro Ndicka, facilmente defendido por Neshcheret.

O momento decisivo da partida aconteceu aos 21 minutos, quando Baldanzi foi puxado na área pelo zagueiro Mykhavko, resultando em pênalti. Ex-Dnipro, Dovbyk bateu com força, deslocando o goleiro e abrindo o placar para a Roma contra o time de seu país. Com isso, a equipe mandante melhorou ligeiramente, criando algumas jogadas com o próprio Baldanzi, mas nada de muito efetivo. Do lado ucraniano, Guerrero assustou em um cabeceio, aos 26.

A Roma seguiu com mais volume de jogo, mas com dificuldades de encontrar finalizações. O Dynamo Kyiv, por outro lado, começou a se soltar mais no ataque e teve um gol de Popov corretamente anulado por impedimento, aos 42. O primeiro tempo terminou sob vaias da torcida, frustrada com o desempenho da equipe, que havia criado muito pouco além do pênalti.

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Um dos poucos poupados pela torcida da Roma, o ucraniano Dovbyk decidiu a partida contra o Dynamo Kyiv, de seu país (IPA/Getty)

No segundo tempo, Juric colocou Cristante em campo – um movimento que foi respondido por vaias da torcida. Porém, a entrada do meia melhorou a equipe, permitindo mais passes verticais. Apesar disso, as finalizações seguiam escassas, com Shomurodov, que também saiu do banco, perdendo uma boa chance aos 65 minutos. Pellegrini e Dybala também receberam oportunidades do treinador, mas não mudaram o cenário do jogo. A Roma acumulava poucas conclusões e nenhuma criava real ameaça ao gol ucraniano.

Aos 81, Pellegrini tentou de falta, mas não obteve sucesso. Nos minutos finais, Shomurodov ainda desperdiçou uma oportunidade clara dentro da pequena área, após bela jogada de Dybala.

Ao fim, a Roma saiu de campo com os três pontos, mas a atuação não convenceu. O elenco parece fora de sintonia, a diretoria acumula erros e as perspectivas não são boas. Ficar fora da fase de mata-mata da Liga Europa seria um desastre. No momento, os giallorossi ocupam apenas a 16ª posição, a última dentre os cabeças de chave para a etapa de 16-avos de final, correspondente aos playoffs para as oitavas.

Na próxima rodada da competição, no dia 7 de novembro, a Roma enfrentará o Union Saint-Gilloise fora de casa. Já o Dynamo Kyiv, que ainda não somou pontos e ocupa a penúltima posição da Liga Europa, recebe o Ferencváros. Agora, resta saber se Juric terá o respaldo necessário para continuar no cargo até lá, ou se sua situação ficará insustentável diante da crescente impaciência da torcida.

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