Papo na Colina
·20 de novembro de 2025
Em quatro rodadas, Vasco sai da briga pelo G6 e passa a mirar os 45 pontos

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·20 de novembro de 2025

Há menos de três semanas, o cenário era animador para o Vasco. A equipe estava a cinco pontos do Bahia, então sexto colocado, e se preparava para um confronto direto com o São Paulo em São Januário. A vitória poderia colocar o time de Fernando Diniz na disputa real por uma vaga no G6. Mas a sequência de quatro derrotas seguidas mudou completamente o ambiente. Hoje, a preocupação é outra: chegar logo aos 45 pontos para evitar sustos na reta final do Brasileirão.
Da arrancada ao colapso
Depois de vencer o Bragantino, o Vasco acumulou 18 pontos dos últimos 21 disputados, desempenho de time que briga na parte de cima da tabela. Em jogos duros — Cruzeiro, Bahia, Fluminense, Fortaleza e Bragantino fora — a equipe mostrou força, competitividade e evolução.
Tudo mudou após a derrota para o São Paulo. Apesar de um primeiro tempo promissor, o time saiu atrás em pênalti de Paulo Henrique. Diniz arriscou ao colocar Matheus França no lugar de Barros, e o Vasco acabou se desequilibrando. Sofreu o segundo gol e esteve perto de levar mais.
A derrota custou caro: o São Paulo ultrapassou o Vasco na tabela, e a chance de encostar em Botafogo e Fluminense, sexto e sétimo lugares, se distanciou.

Fernando Diniz em Grêmio x Vasco pelo Brasileirão 2025 — Foto: Maxi Franzoi/AGIF
Clássico traumático e desgaste interno
Na rodada seguinte, o Botafogo dominou o Vasco por 3 a 0, num jogo que abalou a confiança do elenco. Diniz repetiu o plano tático do confronto anterior, apostando novamente em Matheus França como segundo homem de meio — decisão que gerou resistência imediata da torcida. A estratégia havia funcionado contra o Vitória, mas em um contexto totalmente diferente.
O pior ainda viria: a derrota por 3 a 1 para o Juventude, em São Januário, com erros individuais e repetição da mesma proposta tática. A torcida perdeu a paciência. Diniz foi chamado de “burro”, enquanto França e Tchê Tchê foram vaiados.
A Data Fifa parecia o momento ideal para reorganizar a casa. Mas o treinador perdeu Paulo Henrique, Puma Rodríguez, Cuesta e Andrés Gómez, convocados por suas seleções. Com poucas opções, Diniz remontou o time: Hugo voltou à zaga, Vegetti reassumiu a titularidade, Tchê Tchê foi improvisado na lateral e Thiago Mendes ganhou uma chance.
Mesmo com Puma retornando antes do fim da pausa, Diniz manteve Tchê Tchê no meio. Em Porto Alegre, nada funcionou. O Grêmio dominou o Vasco do início ao fim, e apenas Léo Jardim e Rayan tiveram atuação acima da média.
Pressão aumenta e ameaça do Z-4 reaparece
Internamente, antes do jogo contra o Grêmio, o discurso já era claro: alcançar os 45 pontos o quanto antes. A derrota deixou o Vasco a apenas seis pontos do Z-4, justamente num momento em que Vitória e Santos reagiram no Brasileirão. A equipe pode fechar a rodada na 14ª posição, caso Ceará e Corinthians pontuem contra São Paulo e Internacional.

Amuzu comemora gol do Grêmio contra o Vasco — Foto: Maxi Franzoi/AGIF
Sequência decisiva
O próximo duelo será fora de casa: o Vasco enfrenta o Bahia, domingo, na Arena Fonte Nova. O time baiano, sétimo colocado, mira vaga direta na Libertadores. O histórico recente não ajuda: o Vasco não vence o Bahia em Salvador desde 2012.
Na sequência, o Vasco recebe o Internacional, atual 15º colocado, em confronto que pode ganhar contornos dramáticos caso o time não pontue na Fonte Nova.
Antes das semifinais da Copa do Brasil, as últimas duas rodadas do Brasileirão serão contra:
A conclusão é clara: a reação precisa ser imediata. A margem de erro acabou.
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