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·20 de novembro de 2025

Em refúgio no Atlético-MG, Sampaoli busca segundo título da Sul-Americana

Imagem do artigo:Em refúgio no Atlético-MG, Sampaoli busca segundo título da Sul-Americana

Em uma carreira marcada pelo caos, o treinador argentino Jorge Sampaoli encontrou no Atlético Mineiro um refúgio. Na última década, é o único clube no qual o intrépido técnico, que busca sua redenção na final da Copa Sul-Americana, conseguiu um título.

Fã do rock em espanhol, de braços tatuados e convicto de que o jogo ofensivo é a chave do sucesso, o treinador de 65 anos soma apenas um troféu em 10 anos: o Campeonato Mineiro de 2020.


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Em outros clubes, seu desempenho foi marcado por escândalos dentro e fora dos estádios, principalmente por seu forte temperamento. Com a lembrança viva daquela conquista com o Mineiro, Sampaoli retornou em setembro ao clube de Belo Horizonte, que disputará a Sul-Americana contra o Lanús.

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Foto por LUIS ROBAYO / AFP

“O torcedor do Galo tem um sentir muito semelhante ao meu”, disse em uma mistura de espanhol e português durante sua apresentação.

Inquieto à beira do campo, onde gesticula e caminha de um lado para o outro, o argentino terá no estádio Defensores del Chaco, em Assunção, a oportunidade de tirar de cima o peso de suas recentes decepções na seleção de seu país e em equipes da Espanha, Brasil e França.

Como Nietzsche

Se vencer o duelo contra o rival da província de Buenos Aires, será a segunda Sul-Americana de Sampaoli, após a conquistada com a Universidad de Chile em 2011. Depois daquele título, foi escolhido para comandar a seleção chilena, com a qual venceu a Copa América de 2015.

Mas embora o estilo desse seguidor de Marcelo Bielsa tenha começado a ecoar na região e na Europa graças a esses êxitos, sua sorte diminuiu na última década.

Do Sevilla, sua primeira escala no Velho Continente, partiu repentinamente em 2017 para tentar conquistar a Copa do Mundo de 2018 com a Argentina de Lionel Messi. O clube espanhol considerou uma “falta de respeito” que a Albiceleste o contratasse quando ele ainda tinha vínculo vigente.

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Sampaoli Foto: Roman Kruchinin/AFP

Sua aposta deu errado, pois o sonho mundialista resultou em um fracasso retumbante no qual ele é considerado o principal responsável. Ainda assim, seu estilo teatral de viver os jogos e sua vocação ofensiva convenceram mais clubes. O próprio Sampaoli reconhece que sua forma de atuar é uma demonstração de sua “ansiedade“.

“Preciso estar pensando em movimento porque é um tema já pessoal, analiso melhor caminhando e me movendo”, disse em 2021. “Acho que Nietzsche pensava caminhando também”, soltou em referência ao filósofo alemão.

Após sua passagem pela Argentina, chegou ao Santos e saiu em 2019 brigado com seu chefe; depois renunciou ao Olympique de Marselha em 2022, irritado com a falta de contratações; e voltou ao Sevilla para sair pela porta dos fundos pela segunda vez em 2023.

‘Todo mundo o ama’

No Flamengo, o clube mais popular do Brasil, foi demitido naquele mesmo ano após vários episódios polêmicos, como brigar com o laureado Arturo Vidal. Ao deixar o Mengão, o meio-campista chileno se referiu a Sampaoli como um “perdedor que não valoriza os jogadores“.

Por fim, no Stade Rennes francês, dirigiu apenas 10 partidas entre 2024 e 2025 antes de ser demitido por seu fraco desempenho. Com esse histórico de tempestades, o Mineiro o recebeu novamente. Ao retornar, Sampaoli garantiu que chegava “com mais experiência para lidar com os jogadores”.

“A torcida o queria, ele queria”, “ele gosta muito da equipe”, disse na ocasião Rubens Menin, principal acionista do Galo.

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Foto: Pedro Souza / Atlético

O atacante Hulk, ídolo do Mineiro, reconheceu em entrevista ao Globo Esporte: “Aqui todo mundo o ama como treinador”. Muito populista, Sampaoli confessou seu amor pela torcida do Mineiro, com a qual compartilha um mesmo “sentimento”, e prometeu “protagonizar desde a bola” para alcançar a vitória.

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