SPFC 24 Horas
·04 de novembro de 2025
Enfim, perdemos a coroa da Libertadores

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32 anos depois, mais um feito do São Paulo Futebol Clube chega ao fim. Um desastre anunciado nos últimos anos, que coroa as péssimas e vergonhosas gestões que assolam o tricolor neste século. Por tantas vezes escapamos, vimos times grandiosos eliminados de forma inacreditável, sustentando nosso feito de maior campeão da Libertadores em solo brasileiro. Porém, não existe sorte que dure pra sempre se não houver competência. Enquanto o São Paulo acumula eliminações traumáticas no Morumbi, com atuações abaixo da crítica e tomado pelo medo de perder, os rivais se contagiam pelas festas de suas torcidas e acumulam glórias.
A missão do Palmeiras ontem era mais difícil do que a nossa: reverter um 3 x 0 em uma semifinal de Libertadores, algo que nunca havia acontecido na história. Assim como os 54 mil são-paulinos, a torcida palmeirense fez a sua parte e lotou o Allianz Parque, protagonizando uma grande festa. É aí que entra a grande diferença.
No São Paulo, fica a impressão de que as festas da torcida fazem mal para o time. A pressão das arquibancadas deveria abalar os adversários, mas abala os nossos 11 jogadores, que parecem travar em campo com medo de decepcionar. Até 2022, ainda podíamos tentar explicar esses insucessos com o jejum de títulos, a pressão pela falta de um grande título… dois fantasmas que acabaram em 2023, e ainda foram complementados pela Supercopa do Brasil em 2024. Então, o que explica?
As desastrosas gestões de Juvenal Juvêncio, Carlos Miguel Aidar, Carlos Augusto de Barros e Silva (Leco) e Júlio Casares respondem muita coisa, de fato. Porém, não somos o único clube assolado por péssimos presidentes e crises financeiras nos últimos anos, e vemos os outros com mais sucesso. Um Corinthians devendo mundos e fundos faturando um Paulistão em 2025, um Atlético Mineiro que venceu seis estaduais consecutivos e pode vencer a Copa Sul-Americana, mesmo com a dívida estourando a casa do bilhão. Até mesmo o Fluminense, com uma questionada gestão de Mário Bittencourt, e que até 2022 amargava nove anos sem títulos, venceu sua primeira Libertadores.
Vários clubes sofrem com problemas, não somos o patinho feio da história. Outros como Santos, Vasco e Cruzeiro até amargam uma escassez de títulos, em contextos que são ou foram até piores que o nosso. Porém, só o São Paulo não consegue superar seus problemas. Por que?
Talvez o objetivo dos gestores seja rebaixar o São Paulo, trabalhando de forma incessante por isso. Nomes de peso são contratados, como James Rodríguez, Lucas e Oscar, para sugerir que os tempos sombrios acabaram no âmbito esportivo, que o São Paulo voltou a ser o protagonista dos anos 2000, enquanto a dívida sobe cada vez mais. Outros reforços questionáveis chegam a preços exorbitantes, não rendem e saem dando prejuízo, enquanto joias da base são vendidas como na famosa xepa da feira.
E aqui eu pergunto: querem enganar quem? Júlio Casares, a quem você quer fazer de palhaço? Você não engana mais o verdadeiro torcedor do São Paulo.

Márcio Carlomagno, o provável sucessor de Júlio Casares na presidência tricolor. (Reprodução: GE)
Apesar de tudo, nossa paixão não vai morrer. Mesmo que você e seu provável sucessor Márcio Carlomagno tentem de tudo, o torcedor continuará junto do São Paulo Futebol Clube. Mesmo que nossos feitos estejam morrendo ano após ano, e que agora, o nosso posto de maior campeão da Libertadores tenha se perdido. Um feito que por seis anos, chegou a ser unicamente nosso.
Ainda nos resta o posto de incaível, maior campeão internacional e único tricampeão brasileiro. Mas até quando? Será que nos restará algum respeito até nosso centenário? Ou até isso você e sua patota irão manchar, Júlio Casares?









































