Entenda o novo rolo que foi parar na justiça após a compra da Arena
O jornal O Globo divulgou hoje que os credores da OAS entraram na justiça para contestar a venda da gestão da Arena do Grêmio.
Em resumo, a história começa quando a OAS entrou em recuperação judicial. A empresa tem R$ 6 bilhões em dívidas. Deve pra um monte de gente.
No acordo de Recuperação Judicial, os caras conseguiram colocar que o controle da gestão da Arena entraria como ZERO reais (sei lá como conseguiram isso, devem ter falado que o estádio não dava lucro e era só a gestão para pagar as contas da construção do estádio e tudo mais). E o povo todo que tem valor a receber aceitou isso.
Só que, meses depois, o Marcelo Marques foi lá e comprou a gestão da OAS (o nome da empresa virou Metha, mas é a OAS) por R$ 50 milhões. O valor da compra bateu em quase R$ 150 milhões, mas tinha que pagar a dívida com banco/investidores e tudo mais. Pra OAS mesmo foi R$ 50 milhões.
Agora, os muitos clientes lesados da OAS entraram na justiça querendo rever o acordo de recuperação deles. É como se os caras dissessem: como a gestão do estádio entrou sem nada e agora entrou R$ 50 milhões.
Essas pessoas e empresas que a OAS tem dívidas querem que a justiça refaça o acordo, disponibilize os R$ 50 milhões para serem pagas as contas que ficaram para trás.
O Grêmio garante que não tem nada a ver com isso. O Marcelo comprou e repassou ao clube. Tá tudo documentado. O clube não tem rolo algum com as dívidas da OAS. O que tem são pessoas que não receberam e viram a OAS colocar R$ 50 milhões no caixa em um patrimônio que se dizia que não valia nada.
Simplificando, eles querem que a justiça pegue os R$ 50 milhões e distribua pagando as dívidas e não fique na conta da antiga parceira gremista, como foi o caso.
São questões deles, não do Grêmio. Existe a certeza que nada impactará ao clube. E nem ao Marcelo. É OAS e suas dívidas.