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·05 de dezembro de 2025

Entre jogadores e dirigentes, Justiça turca prende 35 por envolvimento em apostas

Imagem do artigo:Entre jogadores e dirigentes, Justiça turca prende 35 por envolvimento em apostas

A Justiça da Turquia desencadeou, nesta sexta-feira (5), uma ampla operação contra um esquema de apostas ilegais que se espalhou pelo futebol turco. As equipes policiais cumpriram dezenas de mandados e levaram à prisão figuras de destaque. Entre elas os jogadores Mert Hakan Yandas, do Fenerbahçe, e Metehan Baltaci, do Galatasaray, atual campeão nacional.

O caso, inclusive, ganhou dimensão pública em outubro, quando a Federação Turca de Futebol (TFF) revelou ter identificado movimentações suspeitas envolvendo mais de 150 árbitros de competições profissionais. A partir desse ponto, o inquérito avançou de forma acelerada. Passou a atingir outros setores do esporte, como jogadores, dirigentes, analistas de TV e profissionais de bastidores. Como consequência imediata, mais de 100 atletas — incluindo 25 que atuam na elite — foram afastados preventivamente no mês passado.


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Com a investigação já em estágio avançado, a Promotoria de Istambul expediu 46 ordens de prisão. Porém, até o início da manhã desta sexta (5), 35 pessoas haviam sido capturadas, entre elas presidentes e vice-presidentes de clubes importantes, como Ankaraspor, Antalyaspor e Adana Demirspor. Além disso, o ex-árbitro e comentarista Ahmet Cakar e o juiz em atividade Zorbay Kucuk também acabaram detidos, segundo informações divulgadas pela agência de notícias DHA.

Esquema para ocultar a participação

Os promotores afirmam que Baltaci teria participado diretamente de apostas relacionadas às partidas da própria equipe. Já Yandas, contudo, teria recorrido a intermediários para ocultar sua atuação. Os investigadores identificaram operações bancárias incompatíveis com a movimentação usual de sete envolvidos, o que reforçou as suspeitas de participação no esquema.

As prisões, portanto, se baseiam em uma legislação específica destinada a coibir manipulação esportiva e atividades que comprometam a integridade das competições. Essa lei prevê penas de até três anos de reclusão, com agravantes quando há ligação com o mercado de apostas ou envolvimento de dirigentes e árbitros.

Tanto as regras internacionais quanto as normas da TFF proíbem apostas por parte de qualquer agente com influência direta no jogo. Diante da gravidade do episódio, o presidente da federação, Ibrahim Haciosmanoglu, prometeu adotar medidas rígidas para restaurar a credibilidade do futebol turco. Ele afirmou que não tolerará práticas que alimentem “corrupção, decadência ou interesses paralelos”.

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