Trivela
·18 de junho de 2021
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·18 de junho de 2021
A Inglaterra é uma seleção melhor que a Escócia, ao menos tecnicamente, mas os escoceses mostraram que não eram favas contadas. Sim, não há mais o equilíbrio que havia até meados dos anos 1970 e os ingleses estão alguns patamares acima, mas quando se trata de um confronto direto, é sempre possível complicar. Em Wembley, pela segunda rodada da Euro 2020, a Escócia esteve à altura da Inglaterra, fez um jogo bastante parelho, em que teve chances de vencer e que também viu os ingleses terem suas oportunidades. O empate por 0 a 0 acabou sendo um resultado justo.
O jogo teve muita expectativa, como todo clássico britânico entre as duas seleções que fizeram o primeiro jogo internacional. O empate por 0 a 0 foi o 17º da Inglaterra considerando todos os grandes torneios, Eurocopa e Copa do Mundo. São dois empates sem gols a mais que qualquer outra seleção no mundo, segundo a Opta Sports.
A Inglaterra está em situação mais tranquila no grupo, considerando que chega a quatro pontos. A Escócia, por sua vez, fez seu primeiro ponto na competição e vai decidir a sua vida contra a Croácia, que está em situação igual, com um ponto. Os ingleses, por sua vez, terão a Tchéquia pela frente, que também tem quatro pontos. Um empate classifica ambos. Quem vencer entre Croácia e Escócia pode entrar como terceiro lugar.
O técnico Gary Southgate mudou o time na defesa para este segundo jogo. Trocou os dois laterais. Na direita, saiu Kyle Walker e entrou Reece James e na esquerda saiu Kieram Trippier, que deu lugar a Luke Shaw. No mais, os mesmos jogadores do primeiro jogo. Os titulares tinham média de idade de 25 anos e 31 dias: a menor de todos os tempos em uma grande competição (Eurocopa ou Copa do Mundo).
Na Escócia, o técnico Steve Clarke colocou em campo um time com quatro mudanças de jogadores, mas com mudanças também de funções. Liam Cooper e Jack Hendry deram lugar a Scott McTominay, recuado para a zaga, e Kieran Tierney, que não jogou a primeira partida por lesão. No meio-campo, além de McTominay, que foi recuado para a defesa, saiu também Stuart Armstrong. Entraram nas duas vagas Callum McGregor e Billy Gilmour. Finalmente, no ataque, Ryan Christie deu lugar a Che Adams.
Logo a três minutos, Che Adams recebeu cruzamento pelo meio, depois de jogada de Stephen O’Donnell, e o chute foi bloqueado por John Stones no meio do caminho. Foi uma boa chance logo no começo. Naqueles primeiros minutos, os escoceses pressionaram e rondaram a área, levando algum perigo, mas sem propriamente criar uma chance clara.
Aos 10 minutos, em uma cobrança de escanteio, John Stones tocou de cabeça no meio da área, sozinho, e tocou na trave. Uma falha da marcação escocesa. Logo depois, Scott McTominay errou a saída de bola, Raheem Sterling fez o desarme, foi à linha de fundo e cruzou rasteiro, mas Mount não consegue tocar bem na bola, que praticamente bateu nele e saiu.
A Inglaterra chegou mais uma vez em uma bola longa com Kalvin Phillips, que fez o lançamento para Phil Foden dominar e finalizar com perigo para fora. O lance, porém, seria anulado: o jogador estava impedido e a bola tocou no seu braço na hora de dominar.
A Inglaterra chegou mais uma vez com perigo aos 28 minutos, em um cruzamento de Reece James para Harry Kane, que o camisa 9 mergulhou para cabecear para fora. Foi marcado impedimento do atacante em seguida.
Os escoceses voltaram a ameaçar aos 30 minutos. Kieran Tierney chegou à linha de fundo, cruzou e O’Donnell, de primeira, chutou rasteiro, cruzado, e fez Jordan Pickford trabalhar com uma boa defesa.
O primeiro tempo acabou com a Escócia tendo conseguido executar a sua estratégia, mas com a Inglaterra ficando mais perto de marcar, com mais posse de bola e mais chances. Os escoceses conseguiram deixar Harry Kane bastante isolado. O atacante e capitão inglês foi o jogador que menos tocou a bola no primeiro tempo, apenas 10 vezes. E só uma delas dentro da área. Além disso, o atacante completou dois dos cinco passes que tentou.
Os times voltaram sem alterações e a Inglaterra pressionou nos minutos iniciais. Sterling colocou na esquerda para Shaw, que cruzou para Kane, mas o atacante não conseguiu finalizar. Logo depois, em um chute de fora da área, Mason Mount chutou bem de fora da área e David Marshall teve trabalho para defender.
A Inglaterra chegou mais uma vez em um ataque pela esquerda, com Harry Kane aparecendo pelo lado esquerdo, tirando o cruzamento e Reece James recebeu com liberdade para dominar e chutar forte, mas por cima do gol.
Os escoceses também ameaçaram. Em uma bola cruzada para Lyndon Dykes, o camisa 9 tentou o chute, foi travado e a bola sobrou para Che Adams, que girou e chutou, mas também foi bloqueado. A Escócia chega com velocidade e um futebol bastante direto, que tem levava perigo aos ingleses.
O jogo ficou aberto, com chances dos dois lados que não eram concretizadas em chutes. Eis que aos 16 minutos, em cobrança de escanteio, a bola sobrou para Dykes finalizar bonito, de voleio no alto, e Reece James tirou de cabeça.
Southgate resolveu mexer. Aos 18 minutos do segundo tempo, sacou Phil Foden, que apareceu pouco no jogo, e colocou Jack Grealish, um dos melhores jogadores ingleses na Premier League pelos últimos dois anos.
Os ingleses ameaçaram em uma nova descida pelo lado esquerdo. Desta vez, Grealish começou a jogada, tocou para Shaw, que acionou de primeira Mason Mount. O meia devolveu a Shaw, e O’Donnell não conseguiu cortar. O lateral, então, tentou o chute, mas errou feio. Ainda assim, uma boa chance para a Inglaterra.
Southgate tomou a controversa decisão de sacar Kane aos 29 minutos para a entrada de Marcus Rashford. Enquanto isso, a Escócia mexeu no seu meio-campo: saiu Billy Gilmour e entrou Stuart Armstrong, que tinha sido titular na primeira partida.
Aos 32 minutos, a Escócia rondou a área inglesa, até que a bola chegou aos pés de Andrew Robertson, que cruzou para a área, a defesa desviou e a bola sobrou na segunda trave para Che Adams. Ele pegou de primeira, mas errou por muito.
O jogo entrou nos minutos finais com uma camada de tensão. Steve Clarke decidiu tirar Che Adams e colocar Kevin Nisbet, atacante de 24 anos do Hibernian, que fez 14 gols em 33 jogos pelo Campeonato Escocês na temporada 2020/21.