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·03 de abril de 2019

Eto'o, Muntari e Matuidi: Cagliari tem longo histórico de racismo no futebol

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A partida desta terça-feira (2) entre Juventus e Cagliari foi marcada por mais um episódio de racismo envolvendo a torcida do Cagliari no Campeonato Italiano. Os insultos foram direcionados desta vez ao jovem atacante Moise Kean e ao volante Blaise Matuidi.

O caso, que gerou muita repercussão entre jogadores de toda a Europa, não é o primeiro envolvendo a torcida da Sardenha. Há um histórico de casos parecidos e punições brandas que, como mostra o caso de Kean e Matuidi, não deram qualquer resultado.


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Em Janeiro de 2018, o mesmo Matuidi já havia sido alvo de racismo. Na ocasião a torcida cantou músicas contra o jogador, que denunciou o caso. O Cagliari chegou a pedir desculpas públicas ao jogador, mas não foi punido.

Em 2017, o meia Sulley Muntari, do Pescara, também foi ofendido pela torcida do Cagliari. Irritado com os insultos, ele pediu para que o árbitro interrompesse a partida. O juiz não só não aceitou o pedido como deu um cartão para Muntari pela reclamação. O jogador decidiu então abandonar o campo e por isso foi suspenso pela Federação Italiana por um jogo, pena que depois foi rescindida.

"O árbitro disse que eu não deveria me direcionar à torcida. Eu perguntei se ele havia escutado os insultos, insisti que ele deveria ter coragem para interromper o jogo", disse Muntari na ocasião. "Tinha uma criança gritando coisas ao lado dos pais, dei minha camisa para ela depois da partida, como lição".

Em 2010, em jogo contra a Inter de Milão, cânticos racistas da torcida do Cagliari contra o camaronês Samuel Eto'o fizeram o árbitro parar a partida por três minutos. Os alto-falantes do estádio pediram para que os gritos parassem e só assim o jogo continuou, com Eto'o marcando o gol da vitória e imitando um macaco em sua comemoração.

Nesse caso a Federação Italiana investigou o caso e multou o Cagliari em €25 mil.