Ex-auxiliar de Fábio Carille relembra conquista do Paulistão 2018: “nós se sentimos realmente em casa” | OneFootball

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·17 de novembro de 2025

Ex-auxiliar de Fábio Carille relembra conquista do Paulistão 2018: “nós se sentimos realmente em casa”

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  1. Por Fabio Luigi / Redação da Central do Timão

Na semana passada, o ex-jogador e atualmente auxiliar Fabinho Félix, concedeu entrevista exclusiva à Central do Timão e relembrou a conquista do Campeonato Paulista de 2018, diante do Palmeiras, no Allianz Parque. Naquela ocasião, o Alvinegro havia perdido o primeiro jogo por 1 x 0, em Itaquera, e, na semana seguinte, devolveu o placar no Allianz Parque e contou com o goleiro e ídolo Cássio nas penalidades para sair com o título.

Fabinho foi questionado sobre o título, que ficou conhecido como ‘Paulistinha Day’ (8 de abril de 2018), contando bastidores da chegada da equipe no estádio rival para o jogo decisivo. No pré-jogo, o staff do Corinthians envelopou todo o vestiário Alviverde com temas relacionados à história corinthiana. O ex-volante ressaltou que a equipe se “sentiu em casa”.


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Foto: Rodrigo Gazzanel/Agência Corinthians

Nós nos sentimos realmente em casa, porque ali no Palmeiras você sabe que você tem que pegar o carrinho de golfe, pra você poder chegar até a entrada do vestiário. E, cara, tiraram o carrinho de golfe, fizeram a gente andar da entrada do vestiário, uma luz vermelha, com o hino do Palmeiras tocando, assim muito alto, muito alto. Mas, cara, jogador carimbado, sabe, assim, motivação. Aí chegou no vestiário, tava tudo envelopado, os caras falaram: ‘ai tamo em casa‘ e tal’. E a gente sabia, cara, realmente o que nós tínhamos que fazer, vai ser lembrado pra sempre.”

O duelo em questão aconteceu em um domingo. Dois antes, sexta-feira, 6 de abril, o Corinthians promoveu um treino aberto na Neo Química Arena, com entrada gratuita da torcida, onde estiveram presentes 40 mil pessoas. Os jogadores chegaram em Itaquera com um corredor de fogo feito pela torcida corinthiana e desceram no meio deles para sentir o calor da Fiel.

Segundo Fabinho, a atmosfera vivida naquele dia foi a melhor experiência que passou em toda sua carreira. Ele também revelou que recebe mensagens de pessoas de fora do Brasil questionando se aquilo foi em uma partida de futebol.

Eu tenho uma foto desse dia até hoje no meu Instagram, e às vezes os gringos perguntam, que é um vídeo, né?: ‘Que jogo é?, que isso?’. Falei: ‘Não é jogo, não, isso é treino mesmo.’ Uma foto final que a gente vai agradecer a torcida. Que negócio que solta a fumaça, né? Sinalizador de fogo e de fumaça preta. O papel picado. É que eu falei, eu tinha vivenciado isso só uma vez lá na final, antes da final contra o Santos, em 2009. Mas aquele dia (em 2018) aqui foi algo surreal“,

“Aquilo foi sacada de diretor. A gente nunca foi favorito, mas era um grupo que trabalhava bastante. A derrota em casa mexia muito. Ali foi a virada de chave de entender o que essa torcida representava“, continuou.

Fabinho iniciou sua carreira atuando nas categorias de base do São Caetano e foi destaque no time do ABC Paulista no vice-campeonato nacional de 2001. Com apenas 20 anos, o ex-volante chamou a atenção do técnico Vanderlei Luxemburgo em uma partida contra o Corinthians (terminou 1 x 1 ), no Anacleto Campanella, pelo estadual daquele ano.

Naquela época, o Alvinegro tinha um time com diversos craques, como Ricardinho, Luizão e Kléber. O auxiliar relembra com carinho sua relação com Luxemburgo: Me ajudou muito (o Vanderlei). Você chegava no treino e tinha que ficar ligado até o final. O Vanderlei pegava pesado. Quem não tinha a cabeça forte, não rendia com ele. Ele cobrava mesmo.”

Fabinho chegou ao Corinthians logo após o título Paulista de 2001. Na época, o clube do Parque São Jorge passava por grandes mudanças em seu elenco após os títulos do Brasileirão de 1998 e 1999. Após o título estadual, o Alvinegro não teve grandes momentos e não foi bem na competição nacional. Na Copa Mercosul, o Timão se despediu nas semifinais depois de uma derrota dolorida para o São Lorenzo por 4 x 1, em Buenos Aires.

Em 2002, Parreira assumiu a equipe e o Corinthians retomou o protagonismo, conquistando a Copa do Brasil daquele ano e sendo vice-campeão nacional. Fabinho lembra de maneira carinhosa os jogos da equipe no Morumbi (casa do time corinthiano na época) e a relação com Vampeta.

“A princípio, foi um esporro (a mudança técnica). A gente não sabia como cumprimentar um cara campeão do mundo. Primeira coisa, ele (Parreira) falou ‘para, vocês tem que dar bom dia’. Mas a gente não cumprimentou por medo, entendeu? “Sobre os jogos no Morumbi, a adrenalina muito em cima, era muito bom. Eu só pedia para o Vampeta não ficar falando e inflamar o adversário. Mas o São Paulo tinha um time muito bom, nossas vitórias eram muito suadas, muito no detalhes, você ficar correndo atrás de Kaká, de Reinaldo. Minha preocupação era o Vampeta mesmo. Ele (Vampeta) tinha um estilo europeu de dar o carrinho. Era meu professor no Corinthians. Jogava muito.”

Em seguida, Fabinho relembrou sua saída do Corinthians rumo ao Saturn, da Rússia, em 2003, e revelou a presença da torcida corinthiana em peso em solo russo, mesmo do outro lado do mundo. O ex-meio-campista exaltou sua relação com a Fiel, relembrando seu primeiro tento e carrinhos – raça em campo.

“Sou muito identificado com a torcida, com o clube, com a Gaviões… Eu cheguei a encontrar corinthianos na Rússia, cara. Nós fomos jogar contra o Saturn e nos perguntávamos, ‘como que esses caras estavam aqui?’. Então, ele (torcedor) estaria ali para xingar, para colocar o sentimento de decepção, mas sábado estariam no Pacaembu para empurrar o time. Por isso, qualquer cobrança da torcida ela é válida.”

“Meu primeiro gol pelo Corinthians (contra o Paraná), a torcida, assim, comemorou um gol (normalmente). Agora, eu lembro quando eu dei um carrinho no Pacaembu em alguém, sai lá na pista, parecia que (a euforia foi muito maior). Ai eu fiquei pensando nisso e entendi. Foi na hora que mudou a chave. Dificilmente eu perdia duelo. O atleta do Corinthians é um, o atleta que veste a camisa do São Paulo é outro. E no Corinthians eu trouxe essa malandragem da rua, da várzea, e eu vim de uma casa de corinthiano, meu pai era doente (pelo Corinthians)”, complementou

Ele voltou ao Corinthians em 2008 após passagem pelo Toulouse, da França, e participou da conquista da Série B do Campeonato Brasileiro. No ano seguinte, foi campeão estadual e da Copa do Brasil de 2009, contra o Santos e Internacional, respectivamente e relembrou a convivência com Ronaldo Fenômeno. Antes do final de 2009, deixou o Parque São Jorge e se transferiu para o Cruzeiro.

“Craque, craque! Quando eu recebi a notícia, a preocupação da gente (no Corinthians) era elevar o nível. Ele é tudo aquilo que é falado. Humildade 1000%. Comprometimento 2000%. Vestiu a camisa mesmo”, disse.

Em 2017, após um período estagiando nas categorias de base do Corinthians, recebeu um convite de Fábio Carille para ser auxiliar técnico do time principal. Ao lado de Carrille, Fabinho foi tricampeão do Paulistão (2017, 2018 e 2019) e campeão Brasileiro de 2017.

“O Corinthians não te chama, ele te convoca. O clube me abriu as portas. Queria aprender. Fui captador no Corinthians, famoso olheiro, depois ‘estagiei’ com o Osmar Loss, com o Márcio Zanarti. Lembro que o Carille desceu para fazer um jogo no Sub-20 e me faz um convite. Eu tinha feito licença B, licença A… Demorou uns 30 dias e aí eu subo o profissional junto com ele, para ser um dos auxiliares do Corinthians”, finalizou.

Como jogador do Corinthians, em duas passagens (2001-2003 e 2008-2009), foram 17 gols e nove assistências em 247 jogos. Ao todo, foram seis títulos conquistados: Rio-São Paulo (2002), Copa do Brasil (2002 e 2009), Paulistão (2003 e 2009) e Série B (2008).

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