Ex-Barcelona é investigado por fraude | OneFootball

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O Ministério Público do Peru iniciou uma investigação contra Andrés Iniesta por um suposto envolvimento em uma fraude de mais de 600 mil dólares contra empresários do país. A imagem do ex-jogador teria incentivado diversos investidores a financiar eventos que nunca chegaram a ser realizados.

Emilio Lozano, um dos afetados, denuncia ter sido vítima de fraude pela filial da NSN (Never Say Never), empresa cofundada por Iniesta e outros dois sócios. Segundo ele, foram investidos milhares de dólares na realização de várias partidas de futebol e shows.

Lozano declarou que, dos seis eventos que estavam previstos, apenas um foi realizado e terminou com prejuízos milionários. Além disso, após um ano, a empresa se declarou em falência, deixando grandes dívidas e nenhum rastro do dinheiro.

— Nenhuma notificação. Ficamos sabendo que a empresa estava em liquidação. Nunca se responsabilizaram por nada, embora supostamente fossem fazê-lo – declarou Lozano ao programa Y ahora Sonsoles.

A imprensa peruana informa que o Ministério Público investiga o ex-jogador do Barcelona por suposta fraude, “presumindo-se que o dinheiro captado no Peru tenha sido transferido para contas no exterior”. As reportagens indicam ainda que o Iniesta usou sua fama e imagem internacionalmente para atrair investidores.

— Usou-se apenas esse prestígio para captar capital de empresários peruanos sob o engano de que seria investido em grandes eventos, que nunca chegaram a ocorrer – ressaltou Lozano.

Fontes próximas a Iniesta declararam à emissora laSexta que tanto a NSN quanto o ex-jogador são partes prejudicadas pelo ocorrido. Explicam que criaram uma filial no Peru “liderada por pessoas que não eram as adequadas e que prejudicaram a eles e a terceiros”.

Segundo essas fontes, o Ministério Público investiga “os denunciados e tudo o que está relacionado, e é aí que entram a NSN e Iniesta”. As mesmas fontes insistem que “os responsáveis erraram ao escolher as pessoas certas” e que aqueles que lideraram a divisão “prejudicaram a própria empresa”.

Além disso, destacam que essas pessoas não trabalham mais com a NSN há dois anos e que a empresa “está sendo liquidada para poder pagar tudo o que deixaram”.

Em comunicado, a empresa negou “de forma categórica as acusações publicadas” e lamentou “que essas informações tenham sido divulgadas de forma mal-intencionada, com o objetivo de se aproveitar da imagem de uma figura pública”.

As fontes afirmam que confiam na Justiça peruana e indicam que se reservam “o direito de adotar as medidas cabíveis na defesa do nosso trabalho e da nossa honra, pedindo também o máximo rigor em todas as informações que sejam publicadas sobre este caso”.