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·26 de novembro de 2018
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O Botafogo terá uma segunda-feira (26) de grandes emoções, com a despedida de Jefferson após (458 jogos) defendendo a meta do Glorioso. O duelo, válido pela penúltima rodada do Brasileirão, será contra o Paraná, equipe que já está rebaixada. O clima de homenagens ao camisa 1 é o que promete levar um bom público ao estádio Nilton Santos, uma vez que o Glorioso não disputa grandes coisas neste atual momento. Entretanto, o lateral-esquerdo Moisés não espera moleza dos paranistas.
“Vai ser um jogo difícil. O Zé Ricardo tem nos falado isso, mas com certeza todo mundo vai buscar um gás a mais para ajudar ele a se despedir com um bom resultado. Não pode entrar relaxado, achando que vai vencer”, disse em entrevista exclusiva para a Goal Brasil, na qual também falou sobre a sua temporada de 2018, com destaque para a conquista do título estadual, as dúvidas de seu futuro (já que está emprestado até o final do ano pelo Corinthians) e, claro, a honra de ter dividido o vestiário com Jefferson e de vestir a camisa 6 botafoguense.
“O clima está muito bom, nosso grupo é muito bom. Esta boa sequencia ajuda. O clima fica mais leve, para trabalhar fica mais leve... naquele clima de antes, a pressão no treinamento era maior, mas a confiança do grupo, e do Zé Ricardo e seus auxiliares, era de que a gente iria sair daquela situação. E todo o trabalho foi bem feito e a gente se encontraria nesta posição de maior tranquilidade. Hoje eu durmo tranquilo, sossegado”, disse.
“Em relação ao Jefferson, até brinquei com ele, que disse que tava meio ansioso (para o jogo desta segunda) e tal. Mas perguntei se ele ia parar mesmo, porque para mim e outros muitos torcedores ele tem potencial para jogar mais três ou quatro anos em alto nível, mas é uma decisão dele e da família. Ele está muito feliz pela carreira que construiu”.
“Falar do Jefferson é até difícil. Só tem coisa boa. É um exemplo, um ídolo do clube e um exemplo de pessoa. Eu nunca tinha trabalhado com um jogador, um ser-humano, como o Jefferson. Pelo status e carreira que ele tem, pela estrela que ele é... às vezes pessoas assim são meio ‘malas’, mas não ele. Às vezes ele nem precisa falar, mas na atitude, a postura dele fala por mais de mil palavras”.
Após falar do maior ídolo do Botafogo nos últimos anos, Moisés também explicou a sensação de vestir o número 6 do clube, que foi imortalizado justamente por Nilton Santos - que hoje dá nome ao estádio alvinegro. Quando chegou em General Severiano, o lateral teve uma “aula” sobre as histórias da “Enciclopédia do Futebol” e acabou se interessando para buscar mais informações sobre Nilton.
“Tenho que agradecer a Deus e ao Botafogo pela oportunidade de vestir essa camisa, né? É o maior lateral da história, bicampeão mundial. A minha camisa é a única com assinatura, a dele. Confesso que no meu primeiro jogo achei ela até mais pesada (risos), mas procurei sempre honrar ela, da melhor maneira, mas é claro que eu nunca vou ser um Nilton Santos. Estou muito feliz de vestir este manto. É algo que vou levar pra sempre”, explica, antes de falar sobre a sua atual situação.
Emprestado pelo Corinthians, Moisés disputou um total de 38 jogos em 2018 – um recorde na sua carreira – e teve destaque pelo número de desarmes com o Botafogo neste Brasileirão: segundo estatísticas da Opta Sports, o camisa 6 é o defensor líder em desarmes pela equipe treinada por Zé Ricardo (foram 57). Uma mostra de seu empenho nas 25 vezes que esteve nos gramados durante o Campeonato Brasileiro.
“Ainda não sei se vou renovar. Confesso que ainda não conversei com o meu empresário, estou concentrado apenas nos jogos. Eu sei que estou aqui, à disposição do clube. Sempre entrei em campo para dar o meu melhor. É claro que tive oscilações, como todo o elenco, mas tive muito mais coisas positivas do que negativas. Foi um ano muito bom, fui campeão carioca. Está marcado na minha carreira. Amanhã ou depois, posso vir aqui e ver minha foto lá. Eu tenho muitos momentos bons aqui no Botafogo. Eu me identifiquei e gosto muito do clube”.