Falando de Tática detalha por que Flamengo prefere Carrascal a Barco | OneFootball

A preferência do Flamengo por Jorge Carrascal suscita dúvidas em alguns torcedores. O time trata Esequiel Barco como plano B, mas isso tem um motivo claro.

De acordo com o analista tático Raphael Rabello, do canal Falando de Tática, o drible é o ponto principal para a escolha do Mengão.

Barco pode ser melhor que Carrascal em diversos aspectos, mas é o drible que diferencia o colombiano. Por isso, o atleta do Spartak Moscou, apesar de interessar, se tornou plano B, que pode ser acionado, já que as negociações com o Dínamo estão complicadas.

"O indicador de desempenho mais importante no entendimento do Departamento de Futebol do Flamengo é o drible em espaço curto, repertório para drible, capacidade de driblar em diferentes formas. Para furar defesas mais fechadas, é importante ser fera no drible", inicia.

Raphael diz que Barco até consegue driblar, mas é Carrascal quem tira coelhos da cartola no espaço curto.

"O Barco consegue, mas são mais simples. Precisa de mais espaço, usar arranque, dribla mais confortavelmente em espaço de força, ou com mais espaço. Congestionado, não é tanto a dele. O Carrascal já se sente mais a vontade, é um exímio driblador. Tem muito recurso. Esse é o motivo básico. O indicador prioritário é driblar em espaço curto. Por isso, é prioridade", explica.

Movimentos do Flamengo no mercado corroboram com análise

Raphael cita os alvos anteriores para comprovar a tese.

"Primeiro, o Flamengo procurou o Okafor, que era um jogador fera no drible. Depois, Michael Johnston, que também era muito fera no um para um. Está muito claro que a ideia é essa para jogar como dez ou como ponta. Importante para abrir espaços. Por isso, o Barco não foi o atleta procurado primeiro", conclui.

A análise voltada para Esequiel Barco

No vídeo, o analista tático mostra ainda as valências de Barco, que se mostra um bom jogador.

"É um pouco mais dinâmico, e flecha, do que o Arrasca. É um cara que ataca mais o espaço, tem mais facão, desmarque de ruptura. O Carrascal também faz isso, e o Barco faz até melhor. É um jogador muito técnico e muito bom", afirma, antes de continuar:

"Dá muita opção de passe. É muito dinâmico com e sem bola. Nesse indicador de desempenho, o Barco ganha do Carrascal", compara.

Barco pode ser aproveitado em funções diferentes, e é bom tanto para receber as bolas na profundidade quanto para servir os companheiros.

'"Pode jogar aberto, mas mais como meia. É interesse que ele consegue ser arco e flecha, consegue deixar os companheiros na cara do gol, mas também consegue receber esses passes", avalia.

Um diferencial é a velocidade do jogador.

"É muito veloz, vence o zagueiro com muita facilidade. É inteligente para entender o homem livre, entender os espaços e fazer bons passes. Ele é muito leve e tem facilidade para arrancar. Muita explosão", continua.

Ele tem algumas semelhanças com o jogo de Arrascaeta.

"Está de costas, consegue o domínio, entrelinhas. Algo que o Arrasca também faz bem. Domina já tirando do adversário e consegue uma vantagem", diz.

No entanto, também há diferenças, o que faria com que Filipe Luís precisasse mudar o estilo com o argentino em campo.

"Fora do bloco, o Barco se sente confortável nesse contexto. Ele sai mais do bloco do que o Arrasca. Isso chama a atenção porque ele interpreta adiferente do Arrascaeta. O Filipe teria que fazer alguns ajustes", afirma. Veja a análise completa abaixo.