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·11 de abril de 2025
Falando de Tática indica maior erro de Filipe Luís e propõe dinâmica

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·11 de abril de 2025
O trabalho de Filipe Luís é bom, mas, ao mesmo tempo, pode melhorar em alguns pontos. Essa é a opinião do analista tático Raphael Rabello, do canal Falando de Tática, que trouxe importante análise para o time evoluir.
Ele aponta alguns erros do Flamengo de Filipe Luís, e é claro que a quantidade de gols perdidos nos últimos jogos chama atenção.
"Conversão baixa de chances criadas: o time perde muito gol. Mas além desse problema, existem alguns pontos que também precisam ser abordados. São erros que o Filipe está cometendo na entrada em último terço", avisa.
Esses gols perdidos são problemáticos, mas não são o único problema, e por vezes, também se tornam frutos de outros problemas.
"Passo longe de ser um 'hater' do cruzamento, mas o cruzamento precisa ter dinâmica. Os adversários colocam muita gente na frente do gol, é uma saída viável. É uma jogada difícil de ser marcada se você cruzar gerando a dinâmica certa. Jogar na área de qualquer jeito, é improdutivo e vai ser sujeito a crítica", comenta.
Raphael destaca que com os atacantes que o Mengão tem, é preciso aproveitar melhor os cruzamentos.
"Se você tem Bruno Henrique em campo, Plata, tem que aproveitar. O Flamengo cruzou demais sem dinâmica contra o Central Córdoba. O Wesley cruzou nove bolas, só acertou uma. Foi mais sorte do que juízo. Qual a chance do jogador cabecear daquela distância e a bola entrar? As dinâmicas são ruins, Filipe precisa melhorar isso. Não é assim que se cruza na área", inicia.
Mas o grande problema, para o analista, é Wesley. Ele gosta do jogador e relata ser fã do seu futebol. A evolução é nítida, mas ele deveria cruzar menos boas.
"Wesley com protagonismo tático muito grande, e eu discordo desse protagonismo que lhe é dado. Normalmente, o cruzamento dele é bloqueado, precisa melhorar nisso", comenta.
Com os atletas que o clube tem, outros nomes com um cruzamento mais apurado deveriam ser protagonistas no quesito.
"Flamengo tem Arrascaeta, Plata, Gerson, BH. Jogadores de qualidade do meio para frente, que são caras que você olha e pensa que vão decidir para você. Finalização, cruzamento, jogada individual. Vou gerar dinâmica para esses caras serem meus protagonistas quando o time entrar em último terço. O Filipe busca, sim, dar protagonismo para eles, mas, ao mesmo tempo, ele dá um protagonismo ao Wesley que ele não tem condições de atender essa demanda", afirma.
Raphael, inclusive, trata os cruzamentos frequentes de Wesley como o principal erro de Filipe Luís.
"Se ele quer melhorar a entrada em último terço, precisa rever esse protagonismo do Wesley. Ele ultrapassa muito, acaba sendo tentador para os companheiros dar esse passe para ele. Mas é preciso repensar isso, porque ele tem dificuldade para cruzar. Talvez esse seja o maior erro do Filipe. O jogador que ele escolhe para ser o protagonista em último terço está longe de ser o ideal", conclui.
A ideia do analista é que, em vez de Wesley cruzar, um companheiro encoste ao lado, mais atrás, quando o jovem for ao fundo do campo, para receber a bola. Assim, outros companheiros com melhor aproveitamento nos cruzamentos podem levantar a bola na área.
"Existem algumas dinâmicas para cruzamento. Bola na profundidade, pode ser no ponta, no lateral, e esse passe é feito para trás, para alguém que cruze melhor do que o Wesley. Arrascaeta, Pulgar... Inclusive, com o Pedro voltando, é importante que o Filipe pense em potencializar essa dinâmica para ser um time mais letal no último terço", aponta.
Raphael explica ainda como essa jogada pode ser letal, não só pelo cruzamento, mas pelo movimento.
"Quando você faz esse movimento de levar a bola ao fundo para o lateral devolver essa bola para trás, você obriga a última linha do adversário a andar para frente. Eles perdem a referência, isso bagunça a linha", finaliza. Confira a análise completa abaixo.