Fariol aponta ao triunfo sobre o Estoril: «Temos de continuar com este ADN do FC Porto» | OneFootball

Viradas as atenções para a Liga Portugal Betclic, depois do triunfo para a Liga Europa diante do Nice, Francesco Farioli lançou a receção do FC Porto ao Estoril Praia, garantindo que a sua equipa estará preparada para os vários cenários que a turma canarinha pode trazer para a partida.

As virtudes do Estoril: «Certamente que será um jogo muito difícil, contra uma equipa que está em muito boa forma. Uma equipa que tem muita rotação, podem defender com muitas formas táticas, atacam com muita mobilidade, muito dinâmica e é um jogo que apresentará muitos cenários.

Deixem-me dizer que estamos preparados para quase todos, embora o curto tempo para preparar o jogo. Temos um grupo muito forte e atento para perceber rápido as dinâmicas e espero que amanhã sejamos capazes de defrontar o Estoril com o espírito certo.»

Condição de Alan Varela: «Depois do jogo com o Nice, tivemos dois ou três jogadores com problemas, e claro que ficámos um pouco curtos em termos de opções. É sempre muito difícil de recuperar, mas o departamento médico está a trabalhar arduamente para os recuperar, portanto vamos avaliá-los esta tarde para saber se podem ir a jogo. Sobre a 100.ª vitória, é sempre bom vencer, e queremos continuar nessa trajetória daqui para a frente e amanhã não é exceção.

Gabri Veiga «deixou» Samu chegar ao hattrick: «É importante partilhar as oportunidades. Queremos que os nossos avançados marquem golos e o Samu é quem marca os penáltis, portanto o Gabri Veiga respeitou essa ordem e deu a bola ao Samu para a pôr no fundo das redes.

Claro que todos querem marcar, mas a prioridade é sermos uma equipa, e o Gabri é um grande exemplo disso, não só pelo gesto nesse jogo, mas pela forma como se está a comportar e a exibir em campo. É muito importante para a nossa manobra ofensiva e defensiva e temos de continuar assim, com essa forma de estar, com o ADN do FC Porto, tal como o Pepê, o Rodrigo Mora.»

Prestações de Gabri Veiga: «Acho que a margem de progressão do Gabri é muito grande, não por não estarmos contentes com o seu rendimento, mas sim porque acredito que ele pode dar mais que isto. As minhas expectativas são muito altas e o jogador que estamos a ver nas últimas três a quatro semanas é um jogador diferente, com um pouco mais de força nas pernas, mais capacidade para decidir. Acho que os jogadores precisam de ser julgados pelo pacote completo e não pela parte tática separada da técnica e da física.

O crescimento do número de golos vem com a melhoria física. A melhoria física vem com a maior capacidade tática ao longo do tempo. E isso vem com a capacidade mental de se conectar com o jogo e o Gabri está a trabalhar muito bem para ser melhor todos os dias, é uma pessoa muito exigente, até mais que eu por vezes. Esse é o segredo deste grande momento que está a passar, e acho que tem tudo para ser ainda melhor, pela idade, pelo perfil e pelo talento que tem.»

Sobre Tomás Pérez: «O Tomás está a trabalhar bem, claro que voltou da seleção sub-20 da Argentina ainda em melhores condições, também pelo facto de ter jogado bastante, pela confiança que o torneio lhe deu. Está a trabalhar com afinco e da forma que está a ajudar a sua equipa e está a puxar por ele mesmo, ainda que um pouco nas sombras neste momento... Ele é um jogador que está na posição 6, onde é mais complicado dar minutos e oportunidades aos jogadores, mas tenho a certeza de que a sua oportunidade está ao virar da esquina, e ele sabe disso e está a trabalhar para estar pronto quando essa oportunidade chegar.

Plantel suficiente para tantos jogos?: «Até agora, já o disse, quando se trabalha num clube grande como o FC Porto, isto é a rotina normal, não há nada que nos queixar, sabemos que vamos jogar, se tudo correr bem, mais de 55 jogos por temporada, por isso é a forma como podemos abordar o tema, é a forma como se pode preparar os jogadores para estarem expostos a estes tipos de cenários e é o que estamos a tentar fazer. Os jogadores estão a responder bem, por agora.

O nível físico que estão a apresentar é impressionante, nos jogos todos até agora corremos mais que o adversário por vários quilómetros. O esforço está lá e a vontade também. Claro que a longo prazo é importante estar frescos mental e fisicamente. Estamos a tentar rodar um pouco mais os jogadores, é normal, também porque este plantel é muito equilibrado, por isso permite-me ter algumas oportunidades e acho que respondemos muito bem às lesões que já tivemos, e isso tem muito a ver com a adaptabilidade dos jogadores.

iram o Deniz Gül a dar um passo em frente, Pablo Rosario como sabem dá-nos cinco ou seis posições… Então acredito que podemos continuar, embora o foco esteja sempre no próximo jogo. Em janeiro vamos ver o que é possível fazer, especialmente na defesa.»

Deniz Gül frente ao Nice: «Para mim esteve bem, a participar e contribuir para algumas ocasiões, uma delas resultou no penálti. Esteve bem com e sem a bola, portanto sim fiquei contente, embora claro ele tenha que continuar a trabalhar. E além disso não excluimos jogar com dois avançados, portanto de acordo com as necessidades vamos tentar encontrar as melhores soluções.»

Como potenciar os campeões do mundo de sub-17: «Só têm 17 anos, são muito jovens, mas a idade não é uma limitação, para eles deve ser uma oportunidade. Na temporada passada dei sempre oportunidades a jogadores jovens, por vezes ainda mais que eles são hoje, para terem a sua estreia profissional.

Para eles, há um plano, estamos sempre em contacto com o clube para que os melhores talentos da formação tenham uma oportunidade de vir à primeira equipa, uma para ser já nos próximos meses uma opção e depois para o próximo verão, onde farão parte da nossa pré-época, terão um tratamento especial para começar connosco e com o staff muito próximo deles em certas áreas fundamentais. Estamos a delinear ideias para conseguir maximizar o valor destes jogadores e para, claro, criar grande valor para o clube.»