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·21 de dezembro de 2025
Farioli e a arbitragem portuguesa: «A situação está a tornar-se insustentável»

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·21 de dezembro de 2025

Depois de confirmar a passagem aos quartos de final da Taça de Portugal, o FC Porto vira as atenções para a Liga Portugal Betclic. Na 15ª jornada, os dragões deslocam-se até ao terreno do Alverca, com a partida agendada para as 18h45 de segunda-feira. Francesco Farioli, treinador portista, realizou a habitual conferência de imprensa de antevisão, este domingo, onde analisou o adversário e as polémicas da arbitragem.
Antevisão: «Esperamos um jogo complicado, fora de casa fica ainda mais difícil. O Alverca é uma equipa que tem coisas interessantes que precisam de estar presentes na nossa mente. São a segunda equipa com mais golos esperados, portanto quando rematam, têm sempre ótimas oportunidades. São muito físicos e ganham muitos duelos aéreos. É bom ter estas ideias contra uma equipa que tem estado bem em casa e no geral. Estamos focados para amanhã.»
Níveis físicos: «Toda a gente está de regresso e está recuperada. O Francisco Moura, que saiu com uma pequena lesão do último jogo, vai treinar hoje connosco e deverá estar no jogo. Estou muito confiante. Os restantes também estão bem.»
Ausência de Bednarek: «Está suspenso. Claro que houve outro jogos onde decidimos gerir a sua condição física, mas quem o substituiu fez um bom trabalho. A importância do Bednarek é clara, é um jogador que toda a gente reconhece como um dos capitães. Traz sempre um grande impacto, energia positiva e uma mentalidade vencedora. Vamos dar o nosso melhor para encontrar uma solução. Prpic e Pablo Rosário são alternativas e acho que será um dos dois.»
João Pinheiro: «Não se trata da exibição de um árbitro. Honestamente, acredito que os erros fazem parte do jogo. Os jogadores falham golos e eu faço substituições erradas. Acho que o problema aqui é algo mais fundo. Quando há a sensação de que o sistema está a falhar constantemente, acho que isso é algo que tem de ser abordado de forma séria. É preciso respeitar o valor desta competição para manter o futebol português como uma das maiores referências na Europa e no mundo. Acho que o comunicado do clube foi muito claro, muito calmo, mas também mostrou a necessidade de lidar com esta situação com uma mente fria e com coragem. A situação está a tornar-se insustentável.»
Confronto do árbitro com Bednarek: «Os árbitros pedem-me para ter calma, para deixar o jogo fluir, mas vejo tantos cartões para os bancos. Digo que a situação também está fora do controlo por isso. Neste momento, o sentimento é que o VAR é uma ferramenta que julga a exibição do árbitro. Nasceu como algo para ajudar, mas está a tornar-se em algo que ou estamos com medo de uma decisão ou de quando o árbitro vai ao monitor... Acredito que é uma situação que precisa de ser avaliada no futebol, talvez até voltar às origens, onde o VAR nasceu para ajudar e não para julgar.»
Preparação física: «Somos obcecados nesse aspeto, porque a cada dia está a tornar-se essencial gerir os recursos que temos, especialmente com tantos jogos. Tentamos encontrar momentos em que podemos dar dias de folga aos jogadores. É muito importante gerir todos os parâmetros e estou muito feliz com o que os outros departamentos estão a fazer. Elogio sempre a ajuda que estou a receber de toda a gente no clube. Aquilo que tem sido feito tem sido extraordinário. Claro que a frescura física depende da maneira como gerimos tudo isto, e aí estamos a tentar colocar muita atenção, calculando todos os elementos que podem ajudar a equipa. E, depois, tem a ver com os protagonistas quando entram em campo, com a mentalidade certa.»
Desafios da arbitragem: «Se for para casa e colocar a televisão em qualquer canal, há dois ou três programas que falam maioritariamente sobre arbitragem. Abrimos um jornal e há várias páginas sobre casos de arbitragem, com comentários questionáveis e análises questionáveis. Enquanto estrangeiro, alguém que acabou de chegar... A quantidade de horas, vídeos e palavras que são escritas sobre esses casos é surreal. Aqui é um nível completamente diferente. Acho importante mostrar aos responsáveis que é preciso acalmar as coisas.»









































