FC Porto pondera recorrer ao mercado de jogadores livres para reforçar a defesa | OneFootball

A gravidade da lesão de Nehuén Pérez, sofrida no encontro com o Nacional, acendeu o alerta no Dragão. Com o argentino afastado até ao término da época, o FC Porto fica reduzido a apenas três centrais de raiz no plantel – um número escasso face às várias competições em que os azuis e brancos participam. Por isso, está a ser equacionada a contratação de um jogador sem clube para reforçar o centro da defesa às ordens de Farioli, uma vez que o mercado sem restrições, em janeiro, ainda está a mais de três meses.

A lista de jogadores livres disponível não é animadora, já que muitos dos nomes em destaque acumulam antecedentes de lesões ou problemas disciplinares. Ainda assim, a opção não está excluída pela SAD portista, como o próprio treinador confirmou após o jogo com o Nacional: “É importante ter um plantel alargado, estamos a ver com o presidente e o clube se podemos fazer algo para ajudar o clube no próximo período”. Farioli sabe que o calendário exigente até ao final do ano obriga a ter soluções para rodar o conjunto e mitigar o risco de novas lesões em atletas mais sobrecarregados.

Segundo o site ‘Transfermarkt’, um dos nomes mais apelativos é o de Tomiyasu, antigo colega de Kiwior no Arsenal, mas o japonês tem estado lesionado há vários meses e só poderá ficar apto em dezembro, o que o torna uma opção menos atractiva dada a urgência do FC Porto. Na lista dos centrais livres com maior cotação surgem ainda Dawidowicz, ex-Benfica B e Hellas Verona, e o ganês Amartey, com passagens por Leicester e Besiktas.

No plantel, para além de Bednarek, Kiwior e Prpic, há jogadores com algumas rotinas no eixo defensivo, e também a promoção de elementos da equipa B é uma hipótese a considerar em caso de necessidade. A análise será feita em conjunto pelo treinador e pela restante estrutura de futebol liderada por André Villas-Boas, e espera‑se uma decisão em breve.

Alternativas

Prpic sobe na hierarquia: a chegada de Jakub Kiwior ao FC Porto empurrou Dominik Prpic para o posto de quarto central do plantel. Com a lesão de Nehuén Pérez, o jovem croata passou, contudo, a assumir o estatuto de alternativa imediata à dupla titular formada por Bednarek e Kiwior. Quando ainda estava Zé Pedro – entretanto vendido ao Cagliari – Prpic entrou como suplente em três partidas; o português actuou por duas ocasiões, mas como lateral-direito, o que na altura demonstrou que Prpic, de 21 anos, era a principal alternativa à dupla Nehuén‑Bednarek.

Polivalência abre opções para o eixo: foi o próprio Francesco Farioli quem apontou o médio Pablo Rosario como hipótese para jogar no centro da defesa depois da lesão de Nehuén Pérez com o Nacional: “Entrou como número 8 no jogo com o Sporting, agora jogou como lateral. Jogou comigo no Nice como central. É um jogador muito inteligente e com uma grande mentalidade, que nos ajuda muito”. A versatilidade de Tomás Pérez também pode ser tida em conta caso seja necessário adaptar mais um elemento para o eixo defensivo; em sistemas de três centrais, Anselmi até já colocou o médio nessa posição.

E a formação secundária: Gabriel Brás é a principal alternativa da equipa B para colmatar uma eventual ausência de um central na equipa principal, sobretudo por ter sido o único jogador nessa posição inscrito pelo FC Porto na UEFA para a Liga Europa. Ontem, o jovem internacional português ficou de fora da ficha de jogo do FC Porto B diante da U. Leiria e, no final, o treinador João Brandão revelou a promoção do jogador à equipa principal: “O propósito da equipa B, agora mais do que nunca, é servir a equipa A, seja através das unidades que já lá estão para treinar e jogar, como, por exemplo, aconteceu com o Gabriel Brás, que hoje não pôde jogar para estar disponível para a equipa A.” O treinador acrescentou que Gabriel já vai treinar hoje com a equipa principal. Felipe Silva, Luís Gomes e António Ribeiro são os outros centrais da B com olho posto na A.