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·19 de novembro de 2025

FC Porto reuniu com o CA e detalhou os motivos pelos quais sente estar a ser o mais prejudicado

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André Villas-Boas, acompanhado por Tiago Madureira e Bertino Miranda, reuniu-se com o Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) – um encontro solicitado pelo FC Porto a 1 de novembro. Na Cidade do Futebol, os delegados do clube encontraram-se com Luciano Gonçalves, presidente do CA, e com os outros membros presentes, Rui Licínio, Luís Estrela e Joel Amado, aos quais expuseram reclamações, críticas e considerações sobre o estado atual da arbitragem, abrangendo decisões técnicas e disciplinares e a política de comunicação da FPF nesta área.

André Villas-Boas marcou presença apenas nos primeiros 30 minutos, durante os quais manifestou preocupação e reafirmou as posições já divulgadas pelo clube num comunicado de 4 de novembro. O FC Porto sustenta a existência de problemas graves na arbitragem, desde a dualidade de critérios e a falta de uniformidade nas decisões até a condicionamentos sobre os árbitros – pontos que Villas-Boas enunciou antes de se retirar e de confiar a componente técnica da reunião a Tiago Madureira, vice-presidente, e a Bertino Miranda, ex-árbitro auxiliar e atual assessor e formador do clube em matéria de arbitragem e leis do jogo.


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Na avaliação do primeiro terço do campeonato, Tiago Madureira e Bertino Miranda apresentaram um relatório pormenorizado, jogo a jogo, sustentando que o FC Porto tem sido o clube mais lesado até ao momento – não só por decisões nos seus próprios desafios, como também por erros apontados em jogos dos principais rivais na luta pelo título, Benfica e Sporting. Segundo apurou o Portal dos Dragões, essa argumentação apoiou-se também nas classificações internas do CA às equipas de arbitragem, que o FC Porto considera insuficientes – variando de insatisfatório a muito satisfatório sem explicitar as motivações que justificam cada nota.

Os representantes do FC Porto criticaram igualmente o modelo de comunicação relativo à arbitragem adotado pela FPF nesta época. Duarte Gomes, diretor técnico nacional da arbitragem, tem explicado e comentado semanalmente algumas decisões na televisão; a cada quinze dias são divulgados áudios de comunicações entre árbitros e VAR; e a FPF tem vindo a publicar avaliações públicas a cada dez jornadas, tendo a primeira sido divulgada na semana passada. Para os dragões, esse formato de comunicação não acalma o ambiente em redor da arbitragem e contribui para uma perceção pública distorcida dos erros ocorridos no campeonato.

Critérios – O FC Porto aponta como um dos principais problemas a desigualdade e incoerência dos critérios aplicados pelos árbitros, uma crítica que também abrange as partidas dos seus principais adversários.

Pressão – O clube reiterou as acusações públicas sobre pressões e condicionamentos que afetam as equipas de arbitragem.

Notas – Para o FC Porto, as avaliações públicas aos árbitros são insuficientes.

Comunicação – Na ótica do clube, o modelo de comunicação da FPF relativo à arbitragem é ineficaz e prejudica a perceção pública.

Presidente também conversou com Proença

Conforme avançado por O JOGO na sua edição online, a agenda de André Villas-Boas em Oeiras incluiu também uma reunião com Pedro Proença, presidente da FPF. Nesse encontro matinal, o líder do FC Porto abordou diversos temas de interesse para o futebol nacional – entre os quais custos de contextos, seguros, IVA, IRS, apostas desportivas e a visão estratégica da FPF – e apresentou as preocupações e posições do clube sobre assuntos que marcam a atualidade do futebol em Portugal.

Duas semanas bastante agitadas

A solicitação da reunião com o Conselho de Arbitragem, efetuada a 1 de novembro, antecedeu vários jogos que intensificaram a polémica. O clima em torno da arbitragem tem-se agudizado, atingindo um ponto crítico na última jornada antes da pausa para as seleções, com protestos, comunicados, uma reunião da APAF com a FPF e a Liga, e uma conferência de imprensa do Conselho de Arbitragem para analisar as primeiras dez rondas.

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